Após a tempestade da última terça-feira (15/02) que devastou Petrópolis, deixando mais de 30 mortos e dezenas de desabrigados, o prefeito Rubens Bomtempo afirmou que a cidade, localizada na Região Serrana do Rio de Janeiro, ”não vai funcionar” nesta quarta (16/02).
”Basicamente a cidade não vai funcionar. Você não consegue promover a mobilidade na cidade. Temos áreas que não conseguimos acessar e artérias principais da cidade com barreiras. E aí a gente tem dificuldade de ter um diagnóstico mais amplo da situação”, explicou, em entrevista ao programa ”Hora 1”, da ”TV Globo”.
Paralelamente, Bomtempo destacou que já faz parte da ”cultura” de Petrópolis o socorro à população após temporais deste porte. Segundo ele, as pessoas já sabem para onde ir.
”Existe na nossa cidade uma cultura de resiliência a esta questão da chuva. Nós temos um sistema de pluviômetro, um sistema de sirenes, núcleo de defesa Civil, voluntários que atuam diretamente nas comunidades. Existem pontos de apoio, e as pessoas já conhecem. Geralmente são escolas”, citou.
Vale ressaltar que, em meio à fala do prefeito, a famosa Rua Teresa, principal polo comercial de Petrópolis, amanheceu tomada por lama nesta quarta. O cenário é de destruição, com diversos carros destruídos ao longo da via, que teve vários trechos interditados.
”Gabinete de crise” instalado no município
O governador Cláudio Castro encontra-se em Petrópolis para acompanhar de perto o trabalho de resgate das autoridades locais. Por lá, para tentar contornar os estragos causados pela chuva, participaram de uma reunião de emergência, além do chefe do Poder Executivo fluminense, coronel Leandro Monteiro, secretário de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros; Max Lemos, secretário de Infraestrutura e Obras, Max Lemos; e Matheus Quintal, secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.