A administração municipal de Maricá, na região dos lagos do RJ, tem planos para lançar uma licitação em novembro visando a construção de três usinas solares na localidade. A intenção é que essas usinas forneçam energia para edificações governamentais. No futuro próximo, espera-se que outras sete usinas sejam licitadas, tornando o município totalmente independente na geração de energia renovável para suas dependências.
O plano, proposto pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), prevê que o retorno do investimento começará a ser observado a partir do oitavo ano de operação, e estas usinas terão uma durabilidade de mais de 25 anos.
Cristiano Brochier, membro especializado da equipe de Planejamento da Codemar, mencionou que com a efetivação desse projeto, a demanda energética de todas as entidades municipais será suprida, incluindo iluminação das ruas, escolas e centros de saúde, reduzindo grandemente os custos da Prefeitura com contas de luz.
Todas as permissões para as três usinas iniciais já foram concedidas, e estas operarão em um sistema “ongrid”, no qual a energia produzida é integrada à rede elétrica local.
As primeiras usinas terão como endereço o Aeroporto de Maricá, o Parque Tecnológico em Ubatiba e uma área anteriormente ocupada por um aterro sanitário no bairro Caxito. Estas usinas contarão com 7.920 módulos solares, ocupando um espaço de 40.000 m² (similar a cinco campos de futebol) e deverão começar suas operações em junho de 2024.
Uma vez que todas as dez usinas estejam funcionando, espera-se uma produção coletiva de cerca de 5,35GWh mensais, o que seria suficiente para fornecer energia a quase 18.000 residências.
Interessante está iniciativa.
Demorou, mas finalmente uma mente “iluminada” (o trocadilho é de propósito) se manifestou: se é possível gerar energia elétrica a partir da luz solar e do vento, por que as coberturas das casa e prédios (privados e públicos) em todas as cidades do país e do mundo, o topo de todos os postes e torres de iluminação, as pontes e viadutos, os espaços abertos (estacionamentos, linhas férreas, aeroportos, sambódromos da vida, áreas de lazer pavimentadas, etc) não estão repletas de placas de energia solar e de turbinas de energia eólica? Por que não geramos energia elétrica nos espaços que já ocupamos – as cidades – ao invés de torcer pra ter chuva, de queimar carbono ou de desmatar áreas nativas para abrir fazendas geradoras lá no fiofó do mundo? Depois, a energia fica cara, o ambiente fica quente e inóspito, e os adoradores do dinheiro fácil ficam com cara de idiota, reclamando ao vento.
De quebra, ainda descentralizaríamos o segmento elétrico, quebrando as pernas dos grandes oligopólios privados que encarecem e atrapalham a nossa vida.
Dá pra fazer bem feito, mas falta vontade e inteligência da população em geral.