A Prefeitura do Rio, através da Secretaria de Ordem Pública (Seop) e Subprefeitura da Zona Norte, demoliu parcialmente construções erguidas em área pública e sem autorização do poder municipal, nas comunidades da Nova Holanda e do Parque União, na Maré, ao lado da Linha Vermelha, que teve uma das suas faixas parcialmente fechadas para a realização da operação.
A ação, que aconteceu nesta quarta-feira (25), colocou abaixo parte de quatro imóveis de três e quatro andares, sendo dois pavimentos superiores de uma casa de quatro andares, o último andar de uma residência de quatro pavimentos, além do terceiro andar de outras duas construções de três pavimentos.
Segundo as autoridades municipais, os imóveis eram parcialmente habitados. As famílias, que ali residiam, serão encaminhados para a Secretaria de Habitação, para que tenham algum tipo de assistência. As unidades serão totalmente demolidas posteriormente.
O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, explicou que tais ações serão intensificadas em toda a cidade, especialmente nas áreas sabidamente controladas pelo crime organizado. Carnevale destacou que tais construções representam um risco para os seus moradores, por serem construídas sem “nenhum tipo de segurança, de licença e acompanhamento técnico.”
“Essa é mais uma operação da Secretaria de Ordem Pública de combate a construções irregulares, especialmente em áreas que sofrem influência do crime organizado. Infelizmente, a gente vem percebendo esse crescimento na comunidade da Maré. A Seop está atenta para fazer essa demolição protegendo a vida das pessoas, e o nosso foco é sempre a integridade física das pessoas. Sabemos que são construções sem nenhum tipo de segurança, de licença e acompanhamento técnico. Então, é muito importante que a gente faça esse trabalho preventivo, e obviamente de ordenamento da cidade. A gente não vai permitir que o espaço público seja privatizado de forma ilegal”, disse o secretário.
Diego Vaz, subprefeito da Zona Norte, validou a posição de Brenno Carnevale quanto à origem do dinheiro que ergue as construções perigosas e clandestinas nas favelas do Rio. Ele destacou que a busca de melhoria e conforto, por parte do população, é legítima, mas dentro dos padrões de segurança e legalidade preconizados.
“A gente sabe o momento em que a gente vive, e comprar um metro de terra é caro. Subir uma construção desse modo não é barato. Realmente tem dinheiro investido aqui e a gente suspeita que não seja dinheiro de morador. Não tem problema nenhum em construir dentro da comunidade, em ter conforto… A pessoa mais pobre, quando ganha salário, quer botar reboco na casa, comprar geladeira… Isso faz parte do processo humano, é muito bom e a gente quer ver isso dentro da comunidade. O que não pode é o crescimento fora do comum, irregular e que a gente vê que tem intuito criminoso. Isso a gente vai combater,” afirmou Diego Vaz.
Agentes da Coordenadoria Técnica de Operações Especiais (COOPE), Guarda Municipal, Secretaria de Conservação, Subprefeitura da Zona Norte, Comlurb, Rioluz, Light, Águas do Rio e CET-Rio, também participaram da operação.
Isso daí não tem nada a ver com direita ou esquerda, é meramente uma questão humanitária.
De vez em quando, a esquerda tem de abandonar a hipocrisia e administrar. Normalmente é logo após uma eleição.
Apesar de tudo, hoje estão de parabéns pela demolição. Só espero que fiscalizem, para que ilegais não construam de novo.