O fechamento do bar Manga Rosa Café, na Vila da Penha, Zona Norte da cidade, vem trazendo indignação a seus frequentadores e proprietários. No último dia 12 de novembro, os donos receberam uma ordem de interdição imediata do estabelecimento. Contudo, eles dizem que o ordenamento que veio da Secretaria Municipal de Fazenda não teve notificação anterior e nem justificativa.
Os proprietários informaram que já entraram em contato oficialmente com a Secretaria para saber os motivos e o fundamento da decisão de interdição e da cassação do alvará de licença, mas não receberam resposta até o momento. Eles também não conseguem ter acesso ao processo administrativo que os impediu de funcionar.
Caso descumpra a ordem da Prefeitura, o estabelecimento deve pagar R$1.138 de multa diária.
A Secretaria Municipal de Fazenda foi procurada pela reportagem do DIÁRIO DO RIO e informou que é uma demanda da pasta responsável pela ordem pública. A Seop – Secretaria de Ordem Pública – foi comunicada e declarou que cassou o alvará de funcionamento do Manga Rosa “devido ao reiterado descumprimento da perturbação do sossego, na utilização ilegal mesas e cadeiras nas calçadas e na realização de shows sem a devida autorização. O estabelecimento contava com dezenas de reclamações no 1746 e já havia sido autuado diversas vezes por essas irregularidades“.
No último dia 6, a vereadora Luciana Boiteux (Psol) solicitou uma reunião com gerente regional de licenciamento e fiscalização, Eliane Medeiros, para conhecer o fundamento da decisão, mas o encontro ainda não aconteceu.
Em 2023, a casa foi alvo de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público sob a acusação de dano ambiental. No entanto, a Justiça julgou o caso como improcedente por falta de provas, decidindo em favor do bar.
Desde que o bar foi fechado, há carros de polícia parados em frente ao estabelecimento. Nas redes sociais, a a última postagem do Manga Rosa mantém o aviso “Estamos temporariamente fechados”.
Aberto em 2020, o Manga Rosa Café se consolidou como um ponto de encontro de amantes da música em diversos gêneros, como rock, samba, forró e black music. Atualmente, são 17 funcionários na casa. Todos estão com suas atividades interrompidas.