O hospital da campanha do Riocentro, na Zona Oeste do Rio, recebeu nesta segunda-feira (20/04) as primeiras 164 camas elétricas com controle remoto para o tratamento de pacientes com a Covid-19. Outras 100 camas devem chegar nos próximos dias para serem instaladas no CTI do centro médico. A prefeitura entregou a unidade de saúde neste domingo (19/04), porém, ela só deve estar pronta para receber pacientes daqui a um mês.
As camas foram doadas pelas empresas Belo Monte Transmissora de Energia e Xingu Rio Transmissora de Energia. Ambas usaram uma linha de investimento social oferecida pelo BNDES.
“É uma doação, no valor total de R$ 2,5 milhões, de duas empresas que dão um exemplo para todos nós do Brasil. Agradecemos muito. Todas essas modernas camas depois vão ser usadas na nossa rede municipal – disse Crivella que, em seguida, completou: – Esse hospital de campanha, na verdade, é o maior da rede. Ele é maior que o Albert Schweitzer. Tem 500 leitos, sendo 100 de UTI e 400 de clínica médica. Certamente, quando terminar essa pandemia, tudo isso vai ser montado num novo grande hospital , afirmou o prefeito Marcelo Crivella, que esteve presente no momento da chegada dos equipamentos
Maior unidade de saúde da rede pública de todo o estado, com 16,5 mil metros quadrados de pavilhão e 13 mil metros quadrados de área construída, o hospital de campanha teve sua obra concluída neste domingo (19/04). São 500 leitos destinados a pacientes com o novo coronavírus, sendo 400 de clínica médica e 100 de UTI, entre os quais, 15 com recursos para hemodiálise. A expectativa do prefeito, no entanto, é que não seja necessário usar toda a capacidade da nova unidade de saúde.
“Claro que espero que nunca chegue a uma lotação total. Todos nós estamos esperando que as medidas tomadas de afastamento social, uso de máscara, lavar as mãos e evitar aglomeração diminuam essa curva de infecção, assim como o número de pessoas internadas em leitos clínicos e leitos de emergência“, ressaltou.
Foram montados também um centro cirúrgico em uma área de 500 metros quadrados, com aparelhos de autoclave e termodesinfectador, e três salas para procedimentos, além de um centro de imagens com tomógrafo e raio X digital. O CTI, o centro de imagens e o centro cirúrgico têm instalações de ar-condicionado independentes.
Com a entrada em operação do hospital de campanha, que ocorrerá quando a capacidade total do Hospital Ronaldo Gazolla chegar a 70% de ocupação (dos 381 leitos), a rede municipal de saúde do Rio terá mais de mil leitos para atendimento de pessoas infectadas com a Covid-19. Desde no início da pandemia, a Secretaria Municipal de Saúde já abriu 313 novos leitos exclusivos em unidades da rede.