Presidente da comissão de cultura da Alerj, deputada Verônica Lima visita a Escola Martins Pena, que foi interditada com risco de desabamento

Diretores, docentes e discentes se reuniram com a deputada estadual para dialogar sobre o que precisa ser feito para que as reformas na escola sejam executadas e as aulas possam ser retomadas com segurança o mais breve possível

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A Escola Técnica  Estadual de Teatro Martins Pena – ETETMP/FAETEC, a mais antiga instituição de ensino de teatro da América Latina, vem sofrendo há anos com o abandono e o descaso do poder público estadual. A maior parte da sede está interditada, apresentando rachaduras, infiltrações,  infestação de cupins e até risco de desabamento, colocando em risco os profissionais e alunos da instituição. O cenário é tão crítico, que as aulas foram suspensas.

Diretores, docentes e discentes se reuniram com a deputada estadual Verônica Lima para dialogar sobre o que precisa ser feito para que as reformas na escola sejam executadas e as aulas possam ser retomadas com segurança o mais breve possível.

“É inadmissível que uma instituição de excelência como a Escola Martins Pena, que possui uma trajetória e um legado fundamentais para nossa história, esteja passando por essa situação. Uma instituição que formou profissionais de cultura como Claudia Jimenez, Denise Fraga, Joana Fomm, Procópio Ferreira, dentre outros.   É meu dever, como parlamentar e presidenta da Comissão de Cultura, lutar para reverter essa situação”, declarou a deputada estadual.

DSC06820 Presidente da comissão de cultura da Alerj, deputada Verônica Lima visita a Escola Martins Pena, que foi interditada com risco de desabamento

O casarão que abriga a escola é tombado pelo IPHAN como patrimônio cultural desde 1930 e, por isso, sua restauração deve obedecer critérios rigorosos de qualidade. O mandado da deputada Veronica Lima busca articular uma ação conjunta da FAETEC com o IPHAN para que as obras se iniciem no menor prazo possível.

Entre as demandas principais da comunidade escolar estão: a construção do terceiro andar do casarão, de acordo com a aprovação do IPHAN; a realização da obra no Teatro Luiz Peixoto e providenciar a locação para quatro turmas, com cerca de 200 alunos da escola enquanto as obras são providenciadas e efetivamente realizadas.

Como presidenta da Comissão Permanente de Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a deputada Verônica Lima pretende lutar por mais investimentos e incremento do orçamento da escola, pela restauração da estrutura e pela valorização do corpo docente.

“Não dá pra ficar tanto tempo esperando essa obra, ela tem que começar e tem que ser concluída esse ano. A gente não pode ficar fora desse espaço porque a Martins Penna, além de ser esse espaço de um curso de formação profissional, é um espaço de atuação política e social”, comenta a professora de Interpretação, Jacqueline Lobo, que foi diretora da escola no período de 2009 a 2011.

No âmbito do parlamento fluminense, será realizada uma audiência pública na próxima sexta, 24 de março, às 14h, na ALERJ, com o intuito de reunir todos os órgãos envolvidos – FAETEC, IPHAN, Governo do Estado, Comunidade escolar e acadêmica – e encaminhar medidas que levem à solução do problema.

“Os professores, alunos e funcionários da Escola Martins Pena podem contar comigo. Sou uma lutadora incansável em defesa da cultura, das artes e da educação. Estou inclusive acionando o Governo Federal, através do Ministério da Cultura, para que possamos chegar a uma solução rápida e definitiva. Como representante do povo do Rio de Janeiro, vou fazer o que estiver ao meu alcance para que esse cenário de descaso e desmonte seja revertido”, afirmou a deputada  estadual Verônica Lima

Histórico

A escola foi criada pelo artigo 19 da Lei nº 1167, de 13 de fevereiro de 1908, ratificado pelo DOC. Nº 832, de 8 de junho de 1911, e instalada no dia 5 do mês seguinte.

Nasceu sem endereço fixo e sua instalação definitiva se deu finalmente no prédio da rua Vinte de Abril, número 14, tombado no Patrimônio Histórico Nacional, em terrenos desapropriados em benefício da então Escola Dramática, passando a funcionar neste endereço a partir do dia 18 de dezembro de 1950.

A partir de 2006, a escola passou por uma grande mudança a fim de resolver uma crise profunda com a falta de funcionários, professores, salas e material escolar necessário para as aulas. Como tentativa de solucionar o problema, o Governo do Estado resolveu retirar a instituição da Secretaria Estadual de Cultura e colocá-la na Secretaria de Ciência e Tecnologia, através do Decreto nº 39.718 de 15 de agosto de 2006. A partir daí a Fundação de Apoio a Escola Técnica (FAETEC) tornou-se responsável pela escola.

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