O Jan já deu sua opinião sobre o Uber e o Marcos também mas esse editor nunca falou claramente a dele. Pois vou deixar logo claro, depois do Uber e de serviços executivos, não vou pegar mais táxi no Rio de Janeiro.
Você confia na fiscalização do governo?
Vejam bem, uma das defesas que os taxistas usam contra o Uber é que este não é fiscalizado pelo governo. Meu caro leitor, você realmente acredita na fiscalização feita pela Prefeitura? E seria a fiscalização feita pelo Estado (com E maiúsculo mesmo, o Governo) é suficiente? Eles percebem além da qualidade do veículo, a simpatia do taxistas, a qualidade na direção, etc? Claro que não! Um ´vídeo mostra a diferença com bom humor:
Confio muito mais em outra fiscalização, a do usuário! Vamos comparar com um restaurante, se a comida é ruim, o atendimento é ruim e ainda é caro, pode até passar pelo ProCon, porque respeita a legislação. Mas certamente vai fechar, afinal, pode respeitar todas as regrinhas que o Estado criou, mas o usuário, o consumidor, não irá e o lugar fechará. Infelizmente isso não acontece com o Táxi, ao pegar um amarelinho você não recebe na hora a nota dele, não tem como deixar de pegar ou não pela qualidade do serviço, você simplesmente entrega ao Estado essa capacidade e o resultado está aí.
No Uber, uma empresa privada, e que quer lucrar eles precisam entregar um serviço excelente. Se um dos motoristas que estão cadastrados em seu sistema receber notas baixas do usuário, ele será simplesmente expulso do serviço, e pronto. Posso passar a confiar então em todos.
E não é só no Uber, a maioria dos serviços de carro executivo são assim. Esta semana precisei que minha esposa fosse me encontrar no Jardim Botânico, antes seria uma preocupação, antes mesmo de existir o tal de Uber, afinal ela desconfiava de taxistas por uma série de problemas que teve com eles (carros sujos, motoristas mal encarados, direção perigosa, por aí vai, todo o carioca sabe como é). O que fiz, pedi um carro executivo e por apenas R$ 60 da Freguesia até o JB! E por um pouco mais ainda poderia ter escolhido um carro blindado! (Quem quiser usei o serviço do Arcanjo Blindados).
Outra vez, assim como no Uber, já esperávamos um motorista profissional, de qualidade, inclusive ligou para dizer se podia chegar meia hora antes já que o trânsito até a Zona Sul estava especialmente engarrafado e poderia atrasar o cliente! MEU DEUS, um taxista faria isso? Talvez, um em mil!
Mas e os impostos?
Bem, então já terminamos com uma das defesas, de que é a fiscalização. Então e sobre os impostos? Bem, uma matéria de Veja mostra que no fim o motorista do Uber paga até mais tributo
Mas do que tanto reclamam os taxistas? A maior queixa é que os motoristas do Uber não pagariam impostos nem (principalmente) a licença de táxi, o chamado alvará, no Brasil. O que não quer dizer que não sejam tributados. Diferentemente do que ocorre com taxistas, os profissionais brasileiros do Uber arcam com o IPVA do carro e não têm desconto na compra de automóvel. Além disso, pagam taxas por corrida efetuada, sendo que sempre é gerada uma nota fiscal digital, enviada ao cliente por e-mail, a cada trajeto realizado. Pela licença, não se paga, e é assim em quase todo o mundo, por não haver lei para tal. Isso porque a maioria das legislações de transporte urbano foi criada nos anos 60, antes do advento da internet.
E se perguntar ao consumidor, na comparação entre os serviços, dificilmente terá alguém que diga que o serviço de táxi é melhor que do Uber ou do carro executivo. Pelo menos não encontrei ninguém que o dissesse.
Então, se o interesse do Estado é no consumidor, que proíba os taxistas e libere o Uber. Afinal, está na cara que os amarelinhos já fracassaram. Ah, e claro, o taxista sempre poderá entrar no Uber, mas se acostumar com o fato de que agora o usuário dará uma nota e precisará entregar um serviço digno.
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