O Porto Maravalley dá mais um passo para se tornar um dos hubs de inovação tecnológica mais importantes do Brasil. No local, o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) terá como responsabilidade formar profissionais capacitados na área de ciências exatas. O diretor-geral da instituição, Marcelo Viana, adiantou que o IMPA será um “solucionador de problemas do mercado”, através de atração e formação de profissionais. O Maravalley é um projeto da Prefeitura do Rio destinado a transformar a região em um Vale do Silício carioca, através da união entre educação e inovação tecnológica.
“Gostaria de expressar o orgulho e a satisfação do IMPA de fazer parte desse grande projeto voltado para o desenvolvimento e a geração de empresas. O IMPA é um instituto de referência no mundo todo e queremos que ele vá muito além. Nesse sentido, o Porto Maravalley é uma oportunidade que não poderíamos deixar passar. Queremos trazer os melhores dos melhores para formar recursos humanos extremamente qualificados como um diferencial para a cidade”, afirmou Marcelo Viana durante um café da manhã realizado, na manhã desta quarta-feira (24), com investidores para a apresentação das potencialidades do distrito. O diretor-adjunto do IMPA, Claudio Landim, e do pesquisador, Paulo Orenstein, também compareceram ao evento.
O IMPA já desempenha parcerias técnicas com o setor produtivo por meio do Centro de Pesquisa e Inovação IMPA, voltado para o desenvolvimento de soluções para problemas de empresas em projetos com aplicação das ciências matemáticas. Com a atuação no Porto Maravalley, a Prefeitura pretende que o instituto foque nas ciências aplicadas, a partir da ação articulada entre os setores de educação e produtivo, viabilizando soluções por meio da tecnologia e inovação. A iniciativa visa a resolução dos muitos desafios enfrentados pelo Estado. Entre eles está o fato de o Rio ser o segundo Estado, no Brasil, com o maior número de publicações acadêmicas internacionais. Mesmo assim, o Rio ocupa somente o 11º em número de empreendimentos, especialmente de startups. A capital também não conta um hub de inovação, como São Paulo e Belo Horizonte.
“O Rio tem um problema de narrativa, de percepção que precisa ser enfrentado. Claro que nós temos problemas reais, mas temos também muitos problemas de narrativa. Queremos nos inspirar em outras cidades e mudar essa narrativa. De todos os esforços que estamos fazendo para reinventar o Rio, esse é o mais importante e deve se tornar um catalisador para que outras inovações aconteçam”, explicou Eduardo Paes.
O modelo adotado no Porto Maravalley é muito bem-sucedido em outras capitais consideradas referências em empreendedorismo e tecnologia. O professor Shawn Amsler, especialista em mercado imobiliário na Universidade de Columbia, em Nova York, destacou, durante a sua apresentação, que a Zona Portuária do Rio tem um grande potencial. A avaliação do especialista é embasada nos cases de sucesso da cidade nova-iorquina, que desenvolveu hubs de educação conectados à inovação e à tecnologia voltados para o mercado.