Na última quinta-feira (31/08), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) realizou o IV Seminário InfraCidades, com a presença de 350 pessoas, entre engenheiros, arquitetos, servidores e autoridades.
O evento foi palco de trocas de experiências sobre a implementação da metodologia BIM (Modelagem de Informação da Construção) no RJ e em outros estados brasileiros como Pernambuco, Paraná, Brasília e Minas Gerais.
O que chamou a atenção dos presentes foi o estágio avançado do projeto em território fluminense, que, além do sucesso da transferência de conhecimento que está sendo feita, ainda deixa um legado inesperado: uma série de projetos pilotos já disponíveis para a Administração Pública replicar nas obras estaduais.
O InfraCidades surgiu de uma parceria entre o Instituto Estadual de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (IEEA/RJ) com a PUC-Rio. Como resultado do trabalho, ainda em andamento, o coordenador do projeto, Renan Areias Menezes, apresentou o desenvolvimento das pesquisas.
O que chamou mais atenção da plateia foi a capacidade de celeridade, economia e precisão que a implementação da metodologia BIM vai trazer para o estado do RJ:
”A elaboração de projetos dentro da metodologia BIM contribui diretamente para a eficiência dos órgãos públicos. Isso porque Projetar dentro de um ambiente e programa compatível com a metodologia, possibilita que o processo de confecção de orçamento seja abreviado em até metade do tempo”, afirmou Areias.
Profissionais que são referências nacionais no uso da metodologia BIM apresentaram diversos aspectos da metodologia e as experiências adquiridas em suas regiões de atuação. Os seminários promovidos pelo InfraCidades – PUC-Rio são resultados do principal motor do projeto: a pesquisa e o conhecimento adquiridos dia após dia com a atuação dos engenheiros e arquitetos por todo o estado.
O coordenador da iniciativa explica que o uso da metodologia altera profundamente a cultura, o processo e o fluxo de trabalho, pois os projetos são produzidos de maneira modular e ficam armazenados em uma nuvem. Desta forma, podem ser replicados com as adaptações necessárias a qualquer tempo e em qualquer lugar.
O secretário de Estado de Infraestrutura e Cidades, Uruan Andrade, afirmou que o projeto é um investimento indispensável para o RJ. A previsão é que este processo, iniciado em território fluminense pelo IEEA, viabilize a transparência obrigatória no setor de obras públicas, inclusive para a população, até 2028, atendendo, assim, o Decreto 9.983/2019.
”A aplicação da metologia BIM nas obras públicas vai garantir agilidade, transparência e economicidade nos projetos. Economia de tempo e dinheiro para o poder público. As construções serão executadas com mais precisão. O estado do RJ se prepara para dar esse passo importante e se adequar à legislação”, destacou o secretário.
O presidente do IEEA, Renato Bussiere, apontou o IV Seminário InfraCidadescomo um ambiente para apresentação do conhecimento adquirido não só pelos profissionais do estado do Rio de Janeiro, mas também permitiu a troca de informações com os principais nomes da implementação da nova metodologia de todo o Brasil:
”Estamos trabalhando para atender aos anseios do Governo do Estado e da SEIC em agilizar a implantação da metodologia e ver nossas obras saindo do papel com eficiência, celeridade e precisão nos custos e na execução”, disse.
Também participaram do IV Seminário InfraCidades, a Coordenadora acadêmica do InfraCidades, Deane Roehl; o engenheiro da Fiocruz, professor do curso de engenharia civil do Cefet/RJ, Miguel Alvarenga Fernández; a diretora do Departamento de Gestão da Inovação para Planos, Projetos e Obras da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística do Paraná, Lorreine Váccari; o coordenador de projetos da Seinfra do município pernambucano de Ipojuca, Ítalo Guedes; o consultor e fundador da Câmara Brasileira de BIM, Alexander Justi; o coordenador BIM na Empresa Brasileira de Infraestrutura, Guilherme Guignone; o consultor e pesquisador independente em Open BIM, Carlos Dias e o especialista em engenharia de custos CRK, gerenciamento de projetos e obras públicas, conselheiro do PMI-RS, Rogério Severo.
Os especialistas foram mediados por Cristiane Magalhães, especialista técnica da Firjan/Senai; Ana Cristina Carvalho, professora de Engenharia Civil da PUC-Rio; e Lélio Varella, autor e palestrante em gestão de projetos.
Uma vergonha fazer a contratação por dispensa à PUC, enquanto várias outras universidades e instituições tem notório saber sobre BIM