No próximo sábado, 23 de novembro, o Museu do Samba, na Mangueira, receberá jovens de comunidades do Rio de Janeiro para a última etapa da 4ª edição do projeto “Olhares Cariocas”. A visita marca o encerramento das oficinas audiovisuais realizadas ao longo de oito sábados e acontece durante o Mês da Consciência Negra, com o objetivo de fomentar debates sobre a cultura afro-brasileira e a importância do samba como símbolo de resistência e identidade cultural.
Formação audiovisual e arte digital
O projeto, desenvolvido pela Aloha Consultoria & Eventos, tem como objetivo capacitar jovens a partir de 14 anos para o mercado audiovisual e das artes digitais. As oficinas gratuitas abordaram oito temáticas:
- Olhar Fotográfico
- Olhar Cinematográfico
- Olhar Periférico
- Olhar Artificial
- Olhar Artístico
- Olhar Digital
- Olhar Tridimensional
- Olhar Empreendedor
Essas perspectivas permitiram aos participantes explorar o uso de tecnologia aplicada às artes digitais e ao metaverso, além de incentivar a produção cultural nas comunidades periféricas.
“O projeto visa potencializar o aprendizado cultural e tecnológico, promovendo uma visão global sobre o audiovisual e sua aplicação prática no mercado de trabalho”, explica a curadora Ana Brites, que lidera o projeto ao lado da coordenadora pedagógica Claudiene Esteves.
Visita ao Museu do Samba
A visita ao Museu do Samba ocorrerá pela manhã e será precedida pela entrega de certificados no auditório da quadra da Estação Primeira de Mangueira, onde as oficinas foram realizadas.
O espaço, que abriga exposições como “Força Feminina do Samba”, destaca a contribuição de mulheres como Dona Zica, uma figura central na história do samba e da Mangueira. “Uma manhã é pouco para absorver a riqueza cultural do Museu do Samba e dos sambistas, por isso retornaremos para aprofundar essa conexão com a cultura afro-brasileira”, comenta Ana Brites.
Impacto e continuidade
A 4ª edição do “Olhares Cariocas” reforça o potencial transformador da arte digital nas periferias, ao unir formação técnica e imersão cultural. Em 2025, o projeto retorna com novas turmas e temas no auditório da Estação Primeira de Mangueira, ampliando seu alcance e reafirmando o compromisso com a democratização da cultura e da tecnologia.
“É um privilégio poder conectar os jovens com a rica história do samba e prepará-los para o mercado de produção audiovisual, criando impacto positivo em suas comunidades”, ressalta Claudiene Esteves.