Proposta de tombamento do mural de grafite “Todos Somos Um” apresentado na Alerj

Projeto de lei busca preservar mural icônico do artista Eduardo Kobra, localizado na Zona Portuária, como patrimônio cultural e turístico do Rio de Janeiro.

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Mural “Etnias” na Orla Conde - Foto: Alexandre Macieira | Riotur

O mural de grafite “Todos Somos Um (Etnias)”, criado pelo renomado artista Eduardo Kobra, pode se tornar um patrimônio tombado por seu valor histórico, cultural e turístico. O projeto de lei apresentado pelo deputado Gustavo Tutuca (PP) prevê o tombamento do mural, que ocupa 3 mil metros quadrados de um antigo armazém no Boulevard Olímpico, na Orla Prefeito Luiz Paulo Conde, Zona Portuária do Rio de Janeiro. Segundo o deputado, a proposta visa a preservação do mural para futuras gerações e a valorização da diversidade cultural representada pela obra.

“Esta é uma peça de arte pública que vai além da estética; simboliza a união dos povos e a celebração da diversidade,” destacou Gustavo Tutuca em sua justificativa para o projeto. “Além disso, trata-se de um marco do Rio de Janeiro que atrai milhares de turistas e merece ser resguardado como um bem cultural de todos os brasileiros.”

Preservação e Proibições de Modificação

O texto do projeto de lei estabelece que, com o tombamento, qualquer descaracterização ou modificação do mural será proibida, preservando-se todas as suas características originais. O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) será responsável por implementar as ações necessárias para garantir a proteção e o registro do mural no competente Ofício de Registro de Imóveis. Esta proteção legal, segundo o deputado, reforçará o valor cultural do mural, assegurando que a obra permaneça como foi idealizada pelo artista.

“A preservação do mural é uma forma de reconhecer o grafite não apenas como uma expressão de arte urbana, mas como um meio de transmitir valores e promover o respeito entre diferentes culturas,” complementou Tutuca.

Histórico e Importância Cultural do Mural

O mural “Todos Somos Um” foi criado em 2016 como parte das celebrações das Olimpíadas do Rio de Janeiro e rapidamente se tornou um dos principais pontos turísticos da cidade. A obra representa rostos indígenas de cinco continentes, ressaltando a ideia de união global e respeito à diversidade cultural. “Este é um mural que nos lembra de deixar de lado as diferenças religiosas e políticas e promover uma verdadeira união entre os povos,” explicou o artista Eduardo Kobra na época de sua criação.

Reconhecido pelo “Guinness World Records” como o maior grafite do mundo em 2016, o mural também é um dos locais mais fotografados na cidade, atraindo turistas e apreciadores de arte urbana de todo o mundo. Sua técnica de grafite e a mensagem inclusiva fizeram do mural um ícone da paisagem urbana carioca e um símbolo da diversidade cultural do Rio de Janeiro.

Próximos Passos e Expectativas para a Aprovação

O deputado Gustavo Tutuca solicitou o apoio dos demais parlamentares na aprovação do projeto, enfatizando que o tombamento não apenas protege o patrimônio, mas também valoriza o turismo e a cultura local. “Precisamos garantir que monumentos como este, que representam o espírito do nosso tempo e a diversidade da nossa sociedade, sejam preservados. O mural ‘Todos Somos Um’ é uma expressão viva da nossa identidade e merece ser protegido para as gerações futuras,” declarou o deputado ao concluir sua justificativa.

Se aprovado, o projeto de lei entrará em vigor imediatamente após a publicação, conferindo ao mural de Eduardo Kobra o status de patrimônio tombado pelo Estado do Rio de Janeiro.

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1 COMENTÁRIO

  1. Não sei se o deputado se deu o trabalho de ir até o mural. O qual ja desgastando e totalmente desbotado, beeem diferente da foto acima. Não foi prohetado para durar muito e restaurá-lo vai custar tanto q e capaz de entrar novamente no Guiness Book.

    Além do mais, plantaram arvores logo na frente dele (sou 100% a favor de mais árvores, mas não na cara do mural, eqto o resto é só cimento) e logo não haverá mais como admirar de longe, so beem perto. Que impossivilita ver a arte em sua totalidade.

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