É inegável que o Brasil é um país amplamente apaixonado pelo futebol. Com 78% da população acompanhando a modalidade de perto, segundo dados de uma pesquisa do Resenha Digital Clube por meio da Opinion Box em 2024, o esporte da bola praticamente se confunde com a identidade nacional.
No entanto, a diversidade cultural faz com que o amor pelo esporte no Brasil vá além das quatro linhas. Em um território com dimensões continentais e uma população tão plural, é natural que diferentes atividades encontrem seu espaço e seguidores fiéis.
Essas modalidades, apesar de não rivalizarem com o futebol em popularidade, têm seu próprio apelo e contribuem para o rico mosaico esportivo brasileiro. Ao explorar essas outras paixões, pode-se entender como o esporte, em suas diversas formas, continua a unir e inspirar milhões de pessoas, sendo cada vez mais vital quanto à própria cultura.
Fórmula 1
Desde os tempos em que Nelson Piquet e principalmente Ayrton Senna faziam das manhãs de domingo um momento de encontro familiar e orgulho pela bandeira nacional, os brasileiros passaram a acompanhar a Fórmula 1 com afinco, tornando esse um dos esportes mais assistidos no país.
Mesmo sem nenhum representante guiando um carro na categoria desde 2017, a audiência vem subindo nos últimos anos globalmente graças aos esforços da Liberty Media, a dona da F1, em promover sua marca em diversas plataformas, incluindo a série documental ‘Drive To Survive’, que vem trazendo milhões de novos espectadores todos os anos. Com isso, hoje 28% da população nacional acompanha as corridas mesmo sem que um brasileiro esteja envolvido.
Basquete
Nos últimos anos, o público que acompanha o basquete no Brasil só aumenta e isso muito tem a ver com o apelo da NBA, a liga-norte americana, onde estão concentrados os melhores jogadores do mundo. A temporada regular de 2023/24 registrou recorde de audiência nas plataformas de streaming no país, além de um aumento de 51% nas vendas de produtos oficiais. Desde 2017, o público nacional mais do que dobrou, de 21 milhões de fãs para 46,1 milhões.
Além disso, outra medição que confirma esse fenômeno é a presença maciça da modalidade em diversos sites de apostas no Brasil, que oferecem cotações para os principais eventos relacionados ao esporte da bola laranja. Basta dar uma olhada na página de apostas de basquete na Oddschecker para perceber isso.
Tênis
Embora seja visto como um esporte de elite e a transmissão de jogos aconteça exclusivamente na TV fechada ou por streaming, o tênis também tem seu espaço no coração dos brasileiros. Muito desse sucesso tem a ver também com a ascensão da paulista Beatriz Haddad Maia, que tem alavancado os números de audiência com suas vitórias nos principais torneios do mundo.
Porém, esse crescimento não se resume apenas à idolatria de tenistas do país. Em 2024, a final masculina de Roland Garros entre o espanhol Carlos Alcaraz e o alemão Alexander Zverev gerou recorde de audiência para a ESPN Brasil, com aumento de 95% em relação ao ano passado. Um estudo recente do IBOPE Repucom diz que os fãs de tênis chegam a 43% da população conectada no país, representando 51 milhões de pessoas.
Vôlei
Também com um lugar cativo nessa lista, o vôlei é um dos esportes mais acompanhados no Brasil. Principal competição do país, a Superliga vem tendo uma média de 11 milhões de pessoas acompanhando os jogos por edição nos últimos quatro anos.
Já quando o assunto é Seleção Brasileira, a Liga das Nações femininas registrou em 2024 um aumento de 67% de audiência na primeira fase em relação ao ano anterior, com 4 milhões de espectadores no SporTV.
Atletismo
Pode não parecer, mas o atletismo também ocupa um importante pedaço do mercado no Brasil. Em julho deste ano, o 43º Troféu Brasil Interclubes Loterias Caixa de Atletismo foi um sucesso de audiência em território nacional, superando a marca de 411 mil visualizações nos canais do YouTube da TV Atletismo Brasil, CBAT, Time Brasil e Canal Olímpico do Brasil. Esse número representou um aumento de 86% em relação aos 220 mil de 2023.
Parte desse interesse se deve ao fato de que era a última chance de alguns atletas conseguirem estabelecer marcas suficientes para se classificarem para os Jogos de Paris.