Levantamento recente elaborado pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) aponta que o Rio de Janeiro tem a pior cobertura de Atenção Primária à Saúde (APS) entre todos os estados do Brasil, alcançando somente 57,2% da população fluminense. O líder do ranking é o Piauí, com 99,9% de abrangência da APS aos seus habitantes.
”A APS é a porta de entrada da população no sistema de saúde. É muito importante para identificar doenças em estágios iniciais, permitir o acompanhamento de doenças crônicas, resolver problemas para que não cheguem à média e alta complexidade. Diversas internações podem ser evitadas com uma boa atenção primária”, explica Helena Arruda, pesquisadora do IEPS e uma das profissionais responsáveis pelo boletim.
Vale ressaltar que o estudo considerou três indicadores relacionados à atenção básica tendo como base dados estáveis de 2021: cobertura da população pelos serviços da APS; cobertura vacinal contra a poliomielite; e percentual de pré-natal apropriado.
Considerando a população alcançada pela APS por regiões, as melhores coberturas foram, respectivamente, no Nordeste e no Sul, com médias de 88,8% e 84,6%. Já o Sudeste tem o pior acompanhamento do país, alcançando apenas 72,7% da população.
”O Sudeste como um todo tem um dos piores indicadores de atenção básica, mas o RJ teve também resultados muito ruins nos outros dois indicadores, então ele se destaca ainda mais”, diz Helena.
Confira o ranking
- Piauí – 99,9%
- Paraíba – 97,5%
- Tocantins – 96,9%
- Santa Catarina – 93%
- Sergipe – 90,8%
- Minas Gerais – 90,1%
- Maranhão – 89,6%
- Rio Grande do Norte – 86,7%
- Ceará – 86,7%
- Acre – 85,4%
- Bahia – 85,1%
- Amapá – 82,6%
- Mato Grosso – 82,4%
- Alagoas – 82,2%
- Mato Grosso do Sul – 82%
- Pernambuco – 81,3%
- Rio Grande do Sul – 81%
- Espírito Santo – 80,4%
- Paraná – 80%
- Amazonas – 78%
- Rondônia – 77,5%
- Goiás – 75%
- Roraima – 74,7%
- Pará – 68,6%
- Distrito Federal – 63,2%
- São Paulo – 63,2%
- Rio de Janeiro – 57,2%