A atual direção do Flamengo vem se mostrando muito boa em contas, em títulos, mas sem nenhuma empatia. Seja com o incêndio e a morte dos meninos do Ninho do Urubu, ou agora insistindo para o retorno do Campeonato Carioca no meio de uma pandemia, que vem vitimando milhares de cariocas, e destroçando corações e famílias.
E o pior, o Campeonato voltará no Maracanã, palco principal do futebol do nosso Rio de Janeiro, não poderia ser em outro lugar. Mas como jogar bola literalmente do lado de um hospital de campanha onde pessoas morrem diariamente da maior pandemia da nossa geração?
O jogo não terá público, talvez apenas o presidente Bolsonaro, que não visitou nenhum hospital no seu domicílio eleitoral, mas que consegue espaço na agenda para um jogo, que nem é um clássico. Bem, talvez não venha após a prisão de seu amigo Queiroz.
Mas imagine uma situação hipotética, o carioca vai ao Maracanã e acontece o seguinte diálogo:
A: Moço, é aqui a entrada de pacientes corona de Emergência?
B: Não. Aqui é a entrada da cadeira especial, Setor Azul. A emergência de Covid é na próxima entrada.
A: Obrigado!
Além disso, financeiramente, o Flamengo não tem nada a ganhar com essa partida. Pois, não terá público nem transmissão de TV, dinheiro não vai entrar. Sem contar o risco de lesão dos atletas. Não jogam há 3 meses e tiveram pouco tempo de treino, algum dos craques pode se machucar. Seria muito mulher se preparar por mais algumas semanas para uma eventual volta do Campeonato Brasileiro.
A economia precisa voltar a andar, os números da infecção estão caindo e os amantes do futebol estão sentindo falta dos jogos. Mas a imagem que ilustra esta matéria, mostra claramente que não é o momento, é como se o jogo fossem os músicos no Titanic, tocando a música enquanto o navio afunda.
[…] querendo um espaço, mas está tudo paralisado. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, já pensam em retornar com os jogos de futebol. Complicado e […]
[…] DIÁRIO DO RIO, através da opinião de Quintino Gomes Freire, se posicionou sobre o jogo desta quinta. Opinião com a qual eu […]
Trazer o presidente para o texto – que devia ser uma notícia redigida por jornalista – é repugnante!
Esse negócio de futebol ao lado de um hospital que está recebendo doentes justo da pandemia que levou ao estabelecimento de medidas de isolamento ou distanciamento social é uma afronta.
Em SP todos os clubes estão indo numa linha.
No RJ, ficam Flamengo, especialmente, e Vasco, nessa palhaçada…