Por mais amalucada que seja a pesquisa do Instituto Paraná divulgada nesta quinta-feira, 3/6, ela traz algumas surpresas. Entre elas está o nome do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que aparece com 12, 8% empatado tecnicamente em 2o lugar com o governador Claudio Castro (PL) que tem 15,6%.
Apesar de assumir que lhe falta carisma, a briga atual de Maia com o Bolsonarismo, e o fato de ter sido oposição ao PT por quase 14 anos, pode o colocar como terceira via no estado. Seria o exemplo do nem nem, nem Bolsonaro, nem Lula (PT). Em uma eleição em que Castro tenta se colocar a Bolsonaro, e Marcelo Freixo (PSol) ao PT, isso seria benéfico a uma, ainda improvável, candidatura do atual deputado federal.
No momento, apesar de Freixo aparecer em primeiro, o governador Claudio Castro é o favorito. Mas ele depende de uma frágil aliança, especialmente de prefeitos e de deputados que não são conhecidos por sua fidelidade eleitoral. Uma queda de popularidade, seria puxar a carta do castelo.
Quanto a falta de carisma, o Rio elegeu em 2018 o juiz Wilson Witzel (PSC), que tinha a personalidade de uma batata, e a profundidade de uma poça. Foi um momento diferente, em que qualquer proximidade com Bolsonaro era garantia de vitória. 2022 não será assim.
Maia deve ir para o PSD, partido que tenta ocupar o vácuo deixado pelo MDB no país e, principalmente, no estado do Rio. A candidatura de Santa Cruz, presidente da OAB, mostra dificuldades em decolar, podendo sobrar para Rodrigo Maia. Mas será que ele vai querer?
E se querer, será que realmente tem chance?
Realmente, falta carisma a Rodrigo Maia, porém na minha opinião a sua dedicação há muitos anos às
atividades parlamentares e a sua consequente ausência em eventos e projetos pelo Estado e a Cidade do Rio são o principal ‘calcanhar de Aquiles’ do filho de César Maia numa eventual candidatura a Governador. Mas os eleitores que, como eu, não querem nem Freixo, nem Cláudio Castro (irgh!) precisam e procuram desesperadamente uma opção viável! Que ela venha, meu Deus!!!