Prática que se tornou comum durante o ápice da pandemia de Covid-19 nos restaurantes do Rio de Janeiro, os cardápios acessados via QR Code estão com os dias contados. Isso porque a Alerj aprovou nesta quinta-feira (27/02) em primeira discussão, o projeto de lei 6392/2022, que proíbe estabelecimentos comerciais do estado de ter o menu exclusivamente no formato digital.
Autor da proposta, o deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB) comemorou a aprovação inicial e os pareceres positivos dos deputados Luiz Paulo (PSD) e Dani Balbi (PC do B). A expectaiva é de que bares e restaurantes que ainda não tenham retornado com o uso do cardápio de papel, o façam o quanto antes.
- “A maioria dos infectologistas admitiu posteriormente que não havia carga viral para contágio, a COVID-19 se pegava pelo ar mesmo – comentou antes de completar “A tecnologia é sempre bem-vinda, e acredito em um futuro no qual só serão usados cardápios digitais. Mas precisamos usar o bom senso e entender que há milhões de pessoas, inclusive idosos, que ainda têm dificuldade em lidar com essa novidade. E de resto, há quem não queira ficar usando telas num momento de refeição com a família”, disse Amorim.
O projeto deve ir para segunda discussão e ser aprovado, acredita o deputado, ainda este semestre. Para Amorim, a aprovação tem um simbolismo, uma vez que na véspera, pela Comissão de Constituição e Justiça, foram prejudicados 42 projetos relacionados à pandemia no Rio.
- “Precisamos virar essa página. A vida normal voltou, e precisamos seguir em frente, com todos os cuidados normais, mas sem a neurose e a disseminação do medo” , conclui Amorim.
Rejeição dos cardápios via QR Code
- Uma pesquisa recente da Technomic identificou que cerca de 88% dos entrevistados disseram preferir cardápios físicos a QR Codes. Cerca de 66% dos entrevistados responderam que concordam ou concordam fortemente que não gostam de QR Codes porque isso implica em pegar o telefone assim que você se senta à mesa.
- Outros 57% concordaram que o uso de QR Codes parecia uma obrigação, e 55% afirmaram que os cardápios digitais eram difíceis de ler e de se navegar.