O número de eleitores que deixou de ir votar na cidade do Rio de Janeiro nesse primeiro turno das Eleições 2020 ficou em 32,8%, bem acima da média geral do país, que ficou em pouco mais de 23%. Entre as capitais, o Rio teve a 2ª maior abstenção, atrás apenas de Porto Alegre (33,1%).
No total, 1.590.876 não foram às urnas. O número é maior do que os que votaram em Eduardo Paes (974.804) e Crivella (576.825) somados.
Já o número de votos brancos (213.138) e nulos (413.962) também foi maior do que as Eleições 2016 e, somados, dão mais do que os votos de Martha Rocha (297.751) e Benedita da Silva (296.847).
Histórico de Abstenção no município do Rio desde 1996
- 1996 – 16%
- 2000 – 19%
- 2004 – 16%
- 2008 – 18%
- 2012 – 20%
- 2016 – 24%
- 2020 – 32,8%
Eleições bem-sucedidas, segundo o TRE-RJ
Apesar de reclamações sobre as filas nas zonas eleitorais e das abstenções, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), desembargador Cláudio Brandão de Oliveira, disse que as eleições municipais no Rio de Janeiro foram bem-sucedidas.
”A ausência de eleitores está acima do percentual, era esperado no ambiente de pandemia, mas eu acho que o mais importante foi ter feito a eleição”, disse.
“O sentimento não é de frustração não, porque a nossa missão maior era realizar as eleições. Então, acho que o tempo é um detalhe diante do que foi entregue à população do estado do Rio de Janeiro. Então, eu particularmente como presidente do Tribunal, não tenho essa sensação de frustração porque o nosso objetivo maior nós estamos entregando, que é uma eleição feita de acordo com a Constituição. E as pessoas puderam se deslocar para o local de votação e exercer o seu direito”, completou.
No balanço divulgado pelo TRE, 22 pessoas foram presas, sendo 7 candidatos. Houve ainda 1,7% (563) de urnas substituídas, número maior que o da eleição de 2016.
Esse percentual é revelador…
Indica que aqueles possíveis votos da Martha poderia, na realidade, ser de quem não compareceu para votar.
Os institutos de pesquisas não foram capazes de ver esse (não) movimento em direção da urna (que ficou apenas como manifestação do desejo de voto).
Assim também os institutos falharam na boca de urna pois indicou Benedita em terceiro com larga margem para Martha – o que não se confirmou na urna, enquanto, na realidade, esta última venceu com pequeníssima margem.
[…] Fonte: Diário do Rio de Janeiro […]