Rio de Janeiro e Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas firmam acordo para monitorar e mitigar impactos climáticos na costa

Prefeitura do Rio e INPO firmam parceria para monitorar e reduzir impactos climáticos na costa e baixada, com tecnologias que podem se tornar referência para outros municípios brasileiros

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Passeio de Saveiro pela Baía de Guanabara - Foto: Alexandre Macieira | Riotur

O Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO) e a Prefeitura do Rio de Janeiro assinarão um acordo de cooperação no dia 13 de novembro para o monitoramento da temperatura, agitação marítima e elevação do nível do mar ao longo da costa carioca. A assinatura do acordo ocorrerá às 10 horas, durante o evento “Navigating the Oceans towards the G20 Agenda”, no 12º andar da Fundação Getúlio Vargas, na Praia de Botafogo.

O diretor-geral do INPO, Segen Estefen, e o chefe executivo do Centro de Operações do Rio de Janeiro, Marcus Belchior, lideram a iniciativa, que responde à crescente vulnerabilidade do Rio de Janeiro frente às mudanças climáticas. A cidade é um dos municípios brasileiros com maior risco de impactos climáticos, segundo alertas da Organização das Nações Unidas (ONU).

Monitoramento e soluções para a orla e baixada fluminense

O acordo prevê um extenso estudo para a implementação de um sistema de monitoramento costeiro que fornecerá dados em tempo real sobre temperatura, correntes, ondas e elevação do nível do mar. Esses dados permitirão a tomada de decisões rápidas para minimizar os danos de eventos climáticos severos, como ressacas, erosão e inundações que afetam tanto a orla quanto a baixada fluminense. Esse sistema também poderá servir de modelo para outras cidades brasileiras que enfrentam desafios similares devido às mudanças climáticas.

“Os oceanos funcionam como um verdadeiro ar-condicionado para o planeta. Desde a Revolução Industrial, absorveram cerca de 90% do excesso de calor atmosférico gerado por emissões de CO?”, explica Estefen. Segundo ele, a parceria entre a Prefeitura do Rio e o INPO é um passo crucial para unir competência científica, inovação tecnológica e políticas públicas voltadas para a mitigação dos impactos climáticos e a conservação marinha.

Oceano como regulador climático e a necessidade de políticas públicas

O oceano desempenha um papel vital na regulação climática, absorvendo calor e CO?, o que contribui para evitar uma elevação mais severa da temperatura global. No entanto, o excesso de CO? tem levado ao aquecimento e acidificação das águas, além de reduzir os níveis de oxigênio e elevar o nível do mar anualmente. Segundo especialistas, é urgente a criação de políticas públicas que incentivem o desenvolvimento de tecnologias de monitoramento e a conservação dos ecossistemas marinhos.

“As cidades precisam se adaptar e tornar-se resilientes às mudanças do clima, e também perceber o potencial socioeconômico dos oceanos,” reforça Estefen. A iniciativa em Maricá visa inspirar outras cidades a adotarem soluções tecnológicas de monitoramento climático.

Evento internacional “Navigating the Oceans towards the G20 Agenda”

O evento “Navigating the Oceans towards the G20 Agenda”, promovido pela Oceans 20, integra pela primeira vez a programação oficial do G20 e reunirá cientistas, autoridades governamentais e empresários de diversos países para discutir a sustentabilidade dos oceanos. O objetivo é fortalecer a cooperação internacional e buscar alternativas viáveis para enfrentar a crise climática, com ênfase no papel dos oceanos.

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