Nesta segunda-feira (27/11), a Prefeitura do Rio anunciou um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo que irá adotar para minimizar os impactos para a população das ondas de calor previstas para os próximos meses, com a aproximação do verão, e para preparar o Rio para a ocorrência de temperaturas extremas. O plano de contingência prevê que as altas temperaturas e a medição da sensação térmica passem a ser levadas em conta para a mudança dos estágios operacionais da cidade, disparados pelo Centro de Operações Rio (COR).
A partir de agora, o município do Rio poderá trocar de estágio operacional em dias de maior vulnerabilidade da população ao estresse térmico. A mudança do estágio operacional da cidade leva em consideração variáveis como mobilidade, previsão do tempo, eventos e outros. A decisão acontece num momento em que os cinco maiores registros de temperatura, de toda a série histórica do Sistema Alerta Rio, iniciada em 2014, aconteceram este ano, sendo a maior sensação térmica, de 59,7ºC , foi registrada em Guaratiba no dia 18 de novembro às 8h10.
“O calor é mais uma variável monitorada pelo Centro de Operações na mudança dos estágios operacionais. Além disso, a cidade do Rio de Janeiro vem investindo em tecnologia de monitoramento. Acabamos de anunciar um novo radar meteorológico, que será implantado até o final do ano. Compramos também um software de raios que consegue identificar a intensidade das chuvas e o município vem buscando parcerias tecnológicas com grandes empresas nesse monitoramento“, afirmou o chefe-executivo do COR, Marcus Belchior.
Durante a coletiva, também foi apresentado o mapa do calor do Rio, que reafirmou uma percepção histórica, registrada pelo senso comum: as principais ilhas de calor da cidade ficam na Zona Norte, em bairros como Complexo do Alemão, Complexo da Maré, Ramos e Pavuna, além de Bangu, na Zona Oeste. Áreas que historicamente possuem menor cobertura vegetal.