De acordo com dados da Associação de Hospitais do Rio de Janeiro (Aherj), os leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) na capital fluminense reservados ao atendimento de pacientes infectados pela Covid-19 estão com taxa de ocupação de 78% nesta terça-feira (09/03).
O cenário, vale ressaltar, mostra-se melhor do que na rede pública de saúde, onde a mesma taxa chegou a 96% no último domingo (07/03), segundo o Painel Coronavírus, do Governo do Estado.
Médico e diretor da Aherj, Graccho Alvim diz que o momento é de alerta. Ele, no entanto, afirma que as unidades privadas da cidade estão preparadas para o caso de precisarem abrir novos leitos. Como ressalva, o especialista diz que, em uma semana, houve um aumento de 4% nos hospitais particulares do Rio.
”A gente está com 78% de ocupação dos leitos Covid de UTI na cidade do Rio. Nenhuma rede pediu para abrir novos leitos ainda. Ninguém está fazendo isso porque ainda não é necessário. Mas a gente sabe que a nova onda vai chegar porque tá acontecendo em vários estados do Brasil”, explicou o médico.
Ainda segundo Graccho Alvim, a grande preocupação paira sobre a rapidez da ampliação na quantidade de internações. A nível comparativo, em maio de 2020, um dos períodos mais complicados da pandemia até o momento, os hospitais da rede particular do Rio tinham 90% de taxa de ocupação dos leitos de UTI.
”Essa semana a gente teve um pequeno aumento de internações, mas nada que beire o colapso. O Rio de Janeiro não se resguardou, teve festa durante o Carnaval inteiro, mas ainda não teve impacto. A gente sabe que vai acontecer, mas ainda não aconteceu”, garantiu o especialista.
Já em relação ao estado do RJ, de acordo com a Aherj, a taxa de ocupação de leitos de UTI na rede privada fluminense está em 53%, o que é considerado uma situação de tranquilidade.