Após atirar em policiais federais na porta de sua casa, em Comendador Levy Gasparian, no Centro-Sul Fluminense, reagindo a um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) se entregou e chegou ao Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no início da madrugada desta segunda-feira (24/10).
Vale ressaltar que há previsão de que o ex-parlamentar seja transferido para Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, Zona Oeste carioca, no decorrer do dia.
O ataque, com tiros de fuzil e granadas, aos agentes da Polícia Federal (PF) aconteceu por volta das 11h de domingo. Logo após o ocorrido, Roberto divulgou vídeos falando sobre o assunto, afirmando que a presença de policiais em sua casa se tratava de uma ”humilhação” e que não se entregaria. Disso até o momento da rendição, às 19h, se passaram oito horas, chegando em Benfica às 1h15.
Inicialmente, o mandado expedido pelo STF era devido a Jefferson ter violado medidas de prisão domiciliar, como a utilização de redes sociais, recebimento de visitas e compartilhamento de fake news. Após o ataque aos policiais, porém, a ordem de prisão passou a ser por tentativa de homicídio.
Bolsonaro e Moraes comemoram
Aliado de Roberto Jefferson, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que já havia criticado a postura do ex-deputado tanto em relação à conduta com os policiais quanto por ataques e xingamentos anteriores à ministra do STF Cármen Lúcia, celebrou a prisão.
”Como determinei ao ministro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio”, disse.
Já Alexandre de Moraes, o verdadeiro autor do mandado de prisão, exaltou o trabalho da PF, a quem se referiou como ”orgulho dos brasileiros”.
”Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos”, publicou Moraes.
com a intermediacao do ministro da justiça, por telefone, para não “pegar mal”, além da “doce recepção” do policial federal “o que o senhor quiser a ge te faz”.
moral da história: para os filhos e chegados do presidente, a lei. aos demais, os rigores da lei.