Rotina de furtos e arrombamentos noturnos atormenta Centro Histórico

Estabelecimento de venda de açaí amanheceu com a porta arrombada após invasão de ladrões, a enésima num Centro que luta contra a ação de cracudos durante a noite

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Enquanto a cidade se prepara para receber chanceleres do G-20, na Marina da Glória, a poucos quilômetros dali, comerciantes do Centro Antigo são novamente vítimas de invasores noturnos: Ladrões que saqueiam lojas durante a madrugada. E, novamente, o cenário se repete, agora em uma loja de açaí da Rua Gonçalves Dias, que amanheceu com o porta levantada por bandidos. Entre os itens levados, estão cerca de R$ 800 do caixa e um celular da loja. “É a segunda vez que entram só aqui. A rua toda já sofreu com isso e nada é feito“, reclama um funcionário da loja, que não quis se identificar.

O estabelecimento fica ao lado de outro, mais tradicional, que também teve a porta arrebentada por ladrões. “Levaram TV e fora o conserto, que também foi caro“, completa o comerciante.

Na rua, o comentário é de que a sede do Programa Seguir em Frente, da Secretaria Municipal de Saúde que funciona aos fundos do Inca, poderia ter contribuído para o aumento dos ataques. “Eles vêm para o Centro atrás dos benefícios e acabam transformando o Centro em uma prateleira de usuários de crack. Mesmo que o programa não aceite drogados, eles veem e perturbam a vizinhança do Bairro de Fátima. Fora isso, não faz sentido usar um espaço do Inca, que deveria servir para os pacientes e familiares, que chegam de longe. O ambiente está horrível e ainda fico pensando nos enfermos, além de toda luta, sofrendo também abordagens hostis dos que assaltam. Falta de empatia“, ressalta F.M, de 40 anos, moradora da Rua do Riachuelo.

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Saqueadores danificam porta para invadir estabelecimento na Rua Gonçalves Dias e levar pertences de valor, além de dinheiro

Defensor da valorização do Rio Antigo e autor da Lei que cria uma Zona Franca nas ruas da região, o ex-deputado estadual Alexandre Freitas, a iniciativa da Prefeitura de acolhimento a moradores de rua não pode ser feita de forma isolada. “É amplamente sabido pelos órgãos de segurança pública que furtos, roubos e invasões aumentam e são mais recorrentes nos arredores de abrigos e projetos sociais que beneficiam pessoas em situação de rua (distribuição de quentinhas por exemplo), tendo em vista que parcela significativa dessa população pratica esses tipos de crimes. Nesse sentido é óbvio que a ação da prefeitura está sendo mal executada pois não há um planejamento adequado de reforço no policiamento, que poderia ser feito facilmente pelo GOE da Guarda Municipal. O que vemos é mais uma atrapalhada execução do Prefeito Eduardo Paes“, salienta, Freitas, que já foi vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

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Além da Gonçalves Dias, ruas como a do Ouvidor e Sete de Setembro são alvos dos saqueadores noturnos, que arrombam portas não só de lojas como também de prédios. Recentemente uma loja na Rua da Quitanda 23 foi invadida por cracudos que levaram todas suas instalações elétricas. Também é comum a invasão de sobrados históricos por bandidos que roubam suas calhas de telhado, normalmente feitas de cobre: ao arrancar as calhas, os bandidos quebram e inutilizam os telhados, e isto acaba com o tempo ocasionando desabamentos como o que ocorreu no Arco do Teles, há alguns meses atrás. Até mesmo comércios muito ativos e lotados todos os dias como o restaurante Parada Ouvidor, ex-antigamente, têm sofrido com invasões noturnas.

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VIAAmanda Raiter
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Formada em Comunicação Social desde 2004, com bacharelado em jornalismo, tem extensão de Jornalismo e Políticas Públicas pela UFRJ. É apaixonada por política e economia, coleciona experiências que vão desde jornais populares às editorias de mercado. Além de gastar sola de sapato também com muita carioquice.
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1 COMENTÁRIO

  1. Eu sinceramente acho não tenho certeza que vai melhorar muito a cidade,mas tem que passar pelo crivo da Câmara dos deputados, o que tem que ser feito ,acolher todos eles independentemente de idade,e fazer uma triagem,e quem for do rio ,que tem parentes,aqui no Rio de Janeiro, que sejam acolhidos e apreenderem o tudo de cada um deles os que não forem, tem que voltar para a terra de Natal,ao de veio

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