Por André Delacerda
Domingo é um daqueles dias ótimas para se descobrir a cidade, e o Rio em especial, possibilita aos cariocas e visitantes muitos lugares e recantos para se visitar, contemplar e reunir a família.
Há cerca de duas semanas, fui ao Jardim Botânico. Era domingo, e meu objetivo era fazer uma filmagem para o Diário do Rio, sobre o local. Por teimosia, das máquinas, sempre as máquinas, que na hora que você mais precisa, arrumam um jeitinho de emperrar, não conseguimos filmar a matéria. Mas prometo em breve realizá-la.
Como já estava ali, resolvi dar uma volta no jardim, que é uma das preciosidades deixada como legado por D. João VI ao Rio. E olha que magnífico legado, que completou neste segundo semestre 200 anos, proporcionando beleza, lazer, estudo e pesquisa a Cidade Maravilhosa. Em nosso passeio pude observar o grande número de pessoas que estavam chegando ao local, percorrendo os caminhos e jardins. Em sua maioria eram famílias, muitos idosos, grupos de turistas, em especial, europeus. Que com suas máquinas fotográficas, não paravam de registrar as surpresas da flora, fauna e o patrimônio histórico que o bosque tão bem sabe guardar.
Naquele domingo, próximo a estufa das bromélias, estava acontecendo uma excelente feira desta jóia da nossa flora. E tinham espécies para todos os espaços, preços e cores. Havia também uma exposição ao ar livre com gravuras de plantas, e também a venda de livros sobre flora e sobre o notável jardim.
Confesso a vocês, que é sempre um prazer redescobrir o Jardim Botânico do Rio, a cada estação tem uma árvore, uma flor com uma coloração nova; um pássaro e um novo cantar, a brindar nossos ouvidos. É uma constante novidade.
Sem falar no raro prazer de contemplar a paz e a tranqüilidade tempo a proteção do Cristo Redentor sobre o cume do Corcovado, bem próximo dos nossos olhos. Não podemos esquecer do passeio clássico entre as centenárias palmeiras imperiais e uma parada junto uma das várias fontes d´água que nascem na floresta e de onde se pode beber uma água límpida e refrescante.
Como havia alguns meses que não adentrava os recantos do bosque, descobri mais uma tendência do carioca, e olha que se essa moda pega, vai ter uma fila quilométrica na portaria do Jardim Botânico.
Pois bem, muitas famílias, turistas e pessoas mesmo solitárias, estão fazendo seu café da manhã dominical no aconchegante Café Botânico.
Fomos conferir de perto os sabores do local. E para surpresa, enquanto tomava uma água, pude ver a variedade de opções de cafés, sucos, pães, doces e salgados. Um banquete que daria inveja ao nobre D. João.
Tomar café junto a todo aquele verde e tranqüilidade é uma rara oportunidade. Recomendo aos leitores uma mesa estilizada feita com madeira morta, junto a uma grande árvore.
Ao sairmos, pude observar uma longa fila de carro, se formava na rua Jardim Botânico e que dar acesso principal ao bosque centenário. Que certamente é uma demonstração que o carioca gosta de compartilhar com sua família e amigos, estes recantos únicos que só o Rio, tem a nos proporcionar.
Então, não tem desculpa, seja a pé, carro ou de ônibus, todos os caminhos aos domingos em especial lhe conduzem ao Jardim Botânico do Rio, esse oásis guardião da flora, fauna e história da querida Cidade Maravilhosa.
Fotos do onipresente Rodrigo Soldon