Por Bernardo Moura
O tema desta semana eu descobri por acaso. Até ao final do mês de junho, estava envolto num projeto acadêmico sobre o carnaval carioca e fazendo uma pesquisa nas comunidades do Orkut, descobri esta novidade. O carnaval agora também é feito em miniatura.
A ideia surgiu como mais uma opção para a folia. Até porque, já existem os carnavais reais de SP e RJ e o carnaval virtual, o Virtuafolia.
Em 2005, dois amigos apaixonados pelo carnaval, resolveram montar um carro alegórico feito de isopor. A façanha era puro desafio e acabou dando certo. Então, fizeram algumas alas e chamaram mais quatro amigos para assistir ao mini espetáculo. Foi sucesso total. Daí, surgiram duas escolas: Unidos da Gávea e Acadêmicos de Vila Imperial.
Para o carnaval de 2006, o grupo decidiu fazer apenas o desfile com uma escola e seis carros alegóricos. A brincadeira continuou dando certo e se espalhou pelo condomínio em Alcântara, bairro de São Gonçalo. O local do desfile ficou lotado. De acordo com Clayton Gomes, presidente da Associação, já virou tradição:
– Todo carnaval bomba os desfiles de maquete e todos perguntam se vai haver para o proximo ano. Ou seja, de 2006 pra cá, estamos realizando o carnaval daqui com um número bem grande de pessoas querendo vir assistir!
Como todo carnaval que se preze, há regulamento. Por isso, a ADESM, Associação das Escolas de Samba de Maquete, estabeleceu regras como tempo mínimo de desfile (50 minutos), número mínimo de personagens na comissão de frente (entre 10 a 15) e escola que estourar o tempo (60 minutos), perde um décimo na apuração.
Nos dias atuais, são oito escolas que fazem parte: G.R.E.S.M União da Gávea, G.R.E.S.M Encantado de Pilares, G.R.E.S.M Unidos de Paraty, G.R.E.S.M Acadêmicos de Vila Imperial, G.R.E.S.M Unidos do Boa Vista e G.R.E.S.M Águia Dourada, G.R.E.S.M União Metropolitana e G.R.E.S.M Unidos das Acácias.
No mês passado, ocorreu o sorteio do desfile. Agora, as escolas têm seis meses para produzir até fevereiro, quando acontece o grande dia. A Associação também estabeleceu que as escolas não podem utilizar movimentos eletrônicos. Somente manuais e, ainda, materias baratos.
Atualmente, a ADESM conta com apoio das escolas reais também, como por exemplo a Unidos do Viradouro e a Liga das Escolas de Samba de São Gonçalo. E o projeto nao para de crescer. Ainda de acordo com o presidente da Associação, outras pessoas se agregam à causa:
– Pessoas interessadas que se afiliaram a gente e fundaram ou adotaram suas proprias escolas de samba!
No mês passado, houve o sorteio da ordem do desfile. E ficou assim: No primeiro dia: União Metropolitana, Encantado de Pilares, Unidos do Boa Vista e União da Gávea. Já no segundo, desfilam: Águia Dourada, Unidos do Paraty, Vila Imperial e Unidos das Acácias.
Portanto, carnaval tem para todos os gostos. Basta querer se divertir.
Ainda quanto ao post da semana passada, um amigo me esclareceu uma coisa. No Festival de Parintins, o boi é julgado em 21 ítens. Sendo um deles, a torcida. Por isso, que esta participa do espetáculo. As pessoas que vão para a arquibancada no Sambódromo, devem obedecer a todos os movimentos que os animadores fazem. E ainda: se um torcedor ofender ou xingar o adversário, o boi em questão, perde ponto na apuração. Contudo, meu amigo me garantiu que no lado de fora do Sambódromo (ou seria Bumbódromo?) não ocorrem brigas entre os bois. Tudo na paz. Então, tá!