Samba do Rio: Sapucaí, nós não temos um problema

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Por Bernardo Moura

Mocidade 1985 _ Samba Rio Passada a semana em que foi comemorado 40 anos da chegada do Homem à Lua, lembremos aqui fatos importantes que rolaram nos carnavais passados. Naquela época, muitas pessoas não acreditavam no que estava sendo noticiado nos jornais e transmitido na tevê. No Brasil e no mundo, as pessoas ficaram perplexas. Por isso, como seria o nosso carnaval daqui a 40 anos? Em 2049, o que mudaria?

 

Copiando o carnaval da Bahia, a folia carioca começaria na quarta feira antes da quarta de cinzas. A partir do meio dia, daquele dia, a cidade já parava oficialmente. O prefeito entregaria a chave da cidade ao Rei Momo. Quem é de viajar, viaja, quem é de ficar, fica. Os escritórios e indústrias liberariam seus funcionários sem pestanejar. A Rio Branco e a Presidente de Vargas vistas de cima pareceriam aquele movimento de outrora, Diretas Já, de tantas gentes nas ruas. Nelas, o Cacique de Ramos, o Bola Preta, o Simpatia é Quase Amor e a Banda de Ipanema já aguardavam a multidão. Claro que, não havia nada de trio elétrico. O som vinha de um tataraneto do Ipod com potência máxima de se fazer presente num estádio três vezes maior que o Maracanã.

As escolas de samba já colocariam seus carros na rua. Carros estes, que seriam holográficos, mais perfeitos dos que os carros da primeira década de 2000. Logo, os carnavalescos aplicavam-se mais ainda num intenso estudo com muitos detalhes, para que com a ajuda de programadores visuais de computador e agências de publicidade, as escolas cativassem os foliões e faturassem o campeonato.

 

A Sapucaí ou Passarela Professor Darcy Ribeiro, duplicada de tamanho dez anos antes, com o apertar de um toque, trajaria toda a vestimenta possível, pronta para a folia. Projetando também imagens holográficas nas publicidades. Com arquibancadas maiores, porém com óculos 3D, dando a percepção a cada folião uma emoção única. A Brahma, acabaria naquele espaço, atravancando o processo e cederia lugar à mais camarotes e arquibancadas. Telões de LED eram espalhados pela concentração e dispersão. Estas últimas com ambulantes credenciados vendendo apenas produtos naturais e saudáveis. nada de frituras e gorduras. A população naquele tempo seria mil vezes mais saudável que o Brasil de 2009. Nenhum lixo era visto pelo chão e, mesmo assim, montantes de lixeiras recicláveis eram vistas por todo o perímetro urbano.

 

Voo Grande Rio Uma criança de 10 anos olharia aquilo tudo com os olhos atentos. Para ele, seria pura magia. Pois, aprendera toda a história do carnaval na escola. Aprenderia que os carnavais antigos eram feitos com muito suor e muito esforço por parte das comunidades. Aprenderia que os principais conceitos foram desenvolvidos nesta época e muitos artistas destes tempos estavam à frente do seu tempo. Aliás, estes virariam nomes de praças e ruas em honrosa homenagem como Avenida Joãosinho Trinta, Praça Paulo Barros e por aí vai. O menino lembraria que ali naquele mesmo local um homem já havia voado na Grande Rio; a Mocidade projetaria uma vida no espaço sideral, 30 anos antes; e um certo beija flor voaria por ali pensando no futuro que se aproximava.

 

Finalmente, o menino perceberia que a essência vital do carnaval, a alegria, o amor, a paixão, não mudaria. Apenas ficava maior e maior. E assim, se dava conta, sorrindo, que aquilo ali, se perduraria por muitas e muitas décadas.

 

E falando em samba, fique atento, no site do meu coleguinha Sidney Rezende, Carnavalesco, estão sendo dispostos ao internauta, os sambas concorrentes das escolas. Começou pela Mangueira. Até o final da disputa, mais escolas estarão disponíveis. Aproveite!

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