Falta muito pouco para Carnaval 2012, pouco mais de 2 meses. Então é bom a gente ir treinando os sambas que tocarão em qualquer festa que formos e, quem sabe, podem virar um daqueles clássicos que passa anos e anos e todo mundo ainda canta.
Abaixo tem a letra e vídeo com todos 13 sambas enredos de 2012. Já tem o seu predileto?
São Luís – O Poema Encantado do MARANHÃO – Beija-Flor de Nilópolis
Tem magia em cada palmeira que brota em seu chão
O homem nativo da terra
Resiste em bravura
A dor da invasão
Do mar vêm três coroas
Irmão seu olhar mareja
No balanço da maré
A maldade não tem fé sangrando os mares
Mensageiro da dor
Liberdade roubou dos meus lugares
Rompendo grilhões, em busca da paz
Na força dos meus ancestrais
Na Casa Nagô a luz de Xangô axé
Mina Jêje em ritual de fé
Chegou de Daomé, chegou de Abeokutá
Toda magia do Vodun e do Orixá
Ê rainha o bumba-meu-boi vem de lá
Eu quero ver o Cazumbá, sem a serpente acordar
Hoje a minha lágrima transborda todo mar
Fonte que a saudade não secou
Ó Ana assombração na carruagem
Os casarões são a imagem
Da história que o tempo guardou
No rádio o reggae do bom
Marrom é o tom da canção
Na terra da encantaria a arte do gênio João
Meu São Luís do Maranhão
Poema Encantado de Amor
Onde canta o sabiá
Hoje canta a Beija-Flor
Eu Acredito em Você! E Você – Unidos do Grande Rio
A luz que vem do céu
Brilhou no meu olhar
Trazendo a esperança
Que os anjos vêm anunciar
Lutar sem desistir
Das cinzas renascer
Eu encontrei na fé
A força pra vencer
A felicidade mandou avisar
É preciso superar
Derrubar o "gigante" eu vou
É lição de coragem e amor
Eu sou "guerreiro do bem" vou caminhar
A minha história vai te emocionar
A arte de viver…
É aprender no dia a dia
Usando a imaginação
Ao som da melodia
Posso enxergar…
Sei que meu coração vai me guiar
Eu sigo em frente sem desanimar
Faço da vida um grande "festival"
Acreditar que pra sonhar não há limitações
A "roda gira" e traz a solução
Me dê a sua mão por liberdade
Sou brasileiro mandei a tristeza embora
Eu "tô" sentindo que chegou a nossa hora
Quem me viu chorar… Vai me ver sorrir
Eu acredito em você… Pro desafio
E abro meu coração, cantando a minha emoção
Superação é o carnaval da Grande Rio
Jorge, Amado Jorge – Imperatriz Leopoldinense
Ave, Bahia sagrada!
Abençoada por Oxalá!
O mar, beijando a esperança,
Descansa nos braços de Iemanjá.
Menino Amado…
Destino bordado de inspiração.
Iluminado…
Vestiu palavras de fascinação.
Olha o acarajé! Quem vai querer?
Temperado no axé e dendê
Quem tem fé vai a pé… Vai, sim!
Abrir caminhos na lavagem do Bonfim
O vento soprou
As letras em liberdade.
Joga a rede, pescador!
O povo tem sede de felicidade.
A brisa a embalar
Histórias que falam de amor.
Memórias sob o lume do luar.
O doce perfume da flor.
Ê Bahia! Ê Bahia!
Dos santos, encantos, magia.
Kaô kabesilê! Ora iê iê Oxum!
Tem festa no Pelô.
Na ladeira, capoeira mata um.
Sou Imperatriz! Sou emoção!
Meu coração quer festejar!
Ao mestre escritor, um canto de amor
Jorge Amado, saravá!
Vou festejar, sou Cacique, sou Mangueira – Estação Primeira de Mangueira
Salve… A tribo dos bambas
Um "Doce refúgio" de inspiração
Salve… O palácio do samba
Onde um simples verso se torna canção
Debaixo da tamarineira
Um índio guerreiro me fez recordar
Um lugar… O meu berço, num novo lar
Seguindo com os "pés no chão""Raiz", que se tornou religião
Da boêmia dos antigos carnavais
Não esquecerei jamais
Firma o batuque que eu quero sambar… ME LEVA!
Já começou… A FESTA!
Esqueça a dor da vida, Caciquiando na avenida
"Sim"… Vi o bloco passando
O nobre rezando, e o povo a cantar
"Sim"… Era um nó na garganta
Ver o Bafo da Onça, a desfilar
"Chora… Chegou à hora eu não vou ligar"
Minha cultura é arte popular
Nasceu em Fundo de Quintal
Sou Imortal e vou dizer agonizar não é morrer
Mangueira… Fez o meu sonho acontecer (hei, hei, hei…)
"O povo não perde o prazer de cantar"
Por todo universo minha voz ecoou
"Respeite quem pôde chegar"
"Onde a agente chegou"
Vêm festejar… Na palma da mão
Eu sou o samba… A voz do morro
Não dá pra conter, tamanha emoção
Cacique e Mangueira num só coração
Por ti, Portinari: Rompendo a tela, à Realidade – Mocidade Independente de Padre Miguel
Eu guardei em mim
A mais linda inspiração
Pra exaltar em tua arte
A brasilidade de sua expressão
Desperta gênio pintor
Mostra teu talento, revela o dom
Deixa a estrela guiar
Faz do firmamento, seu eterno lar
Solto no céu feito pipa a voar
Quero te ver qual menino feliz
Planta a semente do sonho em verde matiz
Emoção, me leva…
Livre pincel a deslizar
Vou navegar, desbravador
Um errante sonhador
Voar pelas asas de um anjo
Num céu de azulejos pedir proteção
Vida de um retirante
No sol escaldante que queima o sertão
Moinhos vencer… Histórias de amor
Riscar poesias em lápis de cor
Você, que do morro fez vida real
Pintou nossos lares num lindo mural
Você, retratando a alma, se fez ideal
Meu samba canta mensagens de "guerra e paz"
Seu nome será imortal em nosso carnaval
É por ti que a mocidade canta
Portinari, minha aquarela
Rompendo a tela, a realidade
Na voz da minha Mocidade
…E o povo na rua cantando é feito uma reza, um ritual… – Portela
Meu Rei
Senhor do Bonfim alumia
Os caminhos da Portela
Que eu guardo no meu patuá
Eu vim com a proteção dos meus guias
Com Clara Guerreira à Bahia
Cheguei, eu cheguei pra festejar
Deixa lavar, nos altares e terreiros
Tem jarro com água de cheiro
Vou jogar flores no mar
No mar
Procissão dos Navegantes
Eu também sou almirante
De Nossa Senhora Iemanjá
Vou no gongá
Bater tambor
Tezo no altar
Levo o andor
Vem chegando os batuqueiros
Desce a ladeira, meu amor
Que a patuscada começou
Eu vim pra rua
Que o samba de roda chegou
Iaiá
De saia rendada em cetim
Bota o tempero na festa
Oi, tem abará e quindim
Portela cheia de encantos
Acolhe a Bahia em seu canto
De festas, rezas, rituais
Vestido de azul e branco
Eu venho estender o nosso manto
Aos meus santos do samba que são orixás
Madureira sobe o Pelô…tem capoeira
Na batida do tambor…samba Ioiô
Rola o toque de Olodum…lá na Ribeira
A Bahia me chamou
Da seiva materna ao equilíbrio da vida – Porto da Pedra
Poema à vida e ao seio jorrando amor
A seiva materna,
Meu Porto da Pedra alimentou
Hera tece o caminho das estrelas
A loba mãe amamentou o Grande Império
Mistério no deserto da solidão
O mercador viu a transformação
Do leite em primeira iguaria
A fé se envolveu e foi saborear
Na História, a humanidade vive a cultuar
Na dádiva que fez o animal sagrado
Fermentou fartura e saber
Fonte rica de prazer
No calor dessa receita, deixa coalhar
A combinação perfeita ao paladar
A essência é derivada à mistura dos sabores
É no mel que se adoça a magia dessas cores
Seguiu o alimento vencendo batalhas
Esse doce sabor pelo mundo
Com o tempo rompendo muralhas
Brilhou à luz da civilização
Pelos mares navegou
Embalando a evolução
Está em cada mesa, é gosto singular
Dá nome à sobremesa popular
E ativa as funções vitais
Leveza, o equilíbrio se traduz em beleza
Do dia-a-dia me refaz
Yogurte é leite, tem saúde e muito mais
Vem no ritmo do Tigre de São Gonçalo
Alimenta seu povo apaixonado
Cada porção traz um cuidado especial
Para o deleite e a emoção no Carnaval
O Artista da Alegria dá o Tom da Folia – Renascer de Jacarepaguá
Esse dom que faz o artista imortal
É luz do céu para pintar
É Renascer no carnaval
O faz buscar em cada cor o infinito
Acreditar romero brito
Que deus mora na inspiração
Em páginas arte que viu
O inverso se abriu, presente de irmão
Contraste que se refletiu
Universo do artista, outra direção
Nas cores de sua aquarela
Valores brincando na tela (bis)
Aquele abraço desenhar
Gira o compasso eu quero outra vez sambar
Sensibilidade, pop arte ao mundo espalhou
Sorrir é brilhar,
Dar ao papel a emoção que seduz
Eu sei que arte vai reinar
Tal qual as telas na cidade luz
Do alto do morro o redentor abraça o gênio
Que hoje repinta esta cidade
Moleque recife é saudade
Há tantos meninos assim
Querendo um sonho,
Na liberdade das cores sem fim
Pintor da alegria, calor da emoção
Pintou Renascer no meu coração (refrão)
No tom da folia vou me apresentar
Na galeria Jacarepaguá
Cordel Branco e Encarnado – Acadêmicos do Salgueiro
Sou "cabra da peste"
Oh minha "fia", eu vim de longe pro salgueiro
Em trovas, errante, guardei
Rainhas e reis e até heróico bandoleiro
Na feira vi o meu reinado que surgia
Qual folhetim, mais um "cadim, vixe maria!"
Os doze do imperador
Que conquistou o romanceiro popular
Viagem na barca, a ave encantada
Amor que vence na lenda
Mistério pairando no ar
Cabra macho justiceiro
Virgulino, é lampião!
Salve, antônio conselheiro
O profeta do sertão
Vá de retro, sai assombração
Volta pra ilusão do além
No repente do verso
O "bicho" perverso não pega ninguém
Oh meu "padinho", venha me abençoar
Meu santo é forte, desse "cão" vai me apartar
Quero chegar ao céu num sonho divinal…
É carnaval! é carnaval!
Salgueiro, teus trovadores são poetas da canção
Traz sua côrte, é dia de coroação
Não se "avexe" não
Salgueiro é amor que mora no peito
Com todo respeito, o rei da folia
Eu sou o cordel branco e encarnado
"danado" pra versar na academia
Uma aventura musical na Sapucaí – São Clemente
Prepare o seu coração
É pura emoção
A sirene acabou de tocar (u-lá-lá)
A orquestra começou
E entoou o meu cantar
Vem viajar na magia
Do meu cabaré, com samba no pé
Vem exibir, pode aplaudir
Será que é sonho meu?
"Sucesso, aqui vou eu"
Põe a máscara pra mim
Vem comigo a hora é esta
Não sei viver sem você
És o artista, faz a nossa festa
De tudo aconteceu
Puxa! Aqui Paris é Avenida
Hoje o malandro sou eu
Vi a tristeza feliz da vida
Dei um susto o fantasma sumiu (búuu)
Sou irreverente
Se o samba empolgou, virou Carnaval
Nossa aventura musical
Noviça dançou, ao som da canção
E conquistou meu coração…
Tem Bububu no Bobobó
Sem Sassarico é o "ó"
Bumbum de fora, pernas pro ar
Bravo !!! A São Clemente vai passar
De Londres ao Rio: Era Uma Vez, Uma Ilha – União da Ilha do Governador
Uma história vou contar
Tem lendas,mitos e magias
Era uma ilha onda um povo valente vivia
Que um grande império conquistou
Virou cidade das realezas
O reino unido e seus heróis
Peguem as armas diz a voz
De um santo guerreiro
Os bravos vão lutar cruzar fronteiras
Com sua fé estampada na bandeira
Tudo me parece ser real
Vou dar um cheque – mate nesse carnaval
Ser ou não ser es a questão
Tem choro e riso nesse palco de ilusão
Vão dominar o mar e grandes tesouros
Guiado pelos olhos da ciência
Lindos contos vão brotar …
Tem luzes na tela , tem paz e amor
A bola no pé o inglês inventou … é gol
Virou nossa paixão
Eu brindo com chá a nossa união
Na minha terra tem o reino da folia
Onde mora a alegria , pode aterrizar
É a vitória um momento divinal
Tá acesa a chama pela paz universal
A minha ilha e ouro é prata
Tem o bronze da mulata
Canta meu rio em verso e prosa
Com a cidade ainda mais maravilhosa
O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão – Unidos da Tijuca
Nessa viagem arretada
"Lua" clareia a inspiração
Vejo a realeza encantada
Com as belezas do Sertão!
"Chuva, sol" meu olhar
Brilhou em terra distante
Ai que visão deslumbrante, se avexe não!
Muié rendá é rendeira
E no tempero da feira
O barro, o mestre, a criação!
Mandacaru a flor do cerrado…
Tem "xote menina" nesse arrasta pé
Oh! Meu Padim, santo abençoado
É promessa eu pago, me guia na fé
Em cada estação, a "triste partida"
Eu vi no cangaço vida severina
Á margem do Chico espantei o mal
Bordando o folclore raiz cultural…
Simbora que a noite já vem, "saudades do meu São João"
"Respeita Véio Januário, seus oito baixo tinhoso que só"
"Numa serenata" feliz vou cantar
No meu pé de serra festejo ao luar…
Tijuca a luz do arauto anuncia
Na carruagem da folia, hoje tem coroação!
A minha emoção vai te convidar
Canta Tijuca vem comemorar
"Inté asa branca" encontra o pavão
Pra coroar o "Rei do Baião"
Você Samba Lá …. Que Eu Sambo Cá! O Canto Livre de Angola – Unidos de Vila isabel
Vibra, oh minha Vila
A sua alma tem negra vocação
Somos a pura raiz do samba
Bate meu peito à sua pulsação
Incorpora outra vez Kizomba e segue na missão
Tambor africano ecoando, solo feiticeiro
Na cor da pele, o negro
Fogo aos olhos que invadem,
Pra quem é de lá
Forja o orgulho, chama pra lutar
Reina Ginga, ê matamba
Vem ver a lua de Luanda nos guiar
Reina Ginga, ê matamba
Negra de Zâmbi, sua terra é seu altar
Somos cultura que embarca
Navio negreiro, correntes da escravidão
Temos o sangue de Angola
Correndo na veia, luta e libertação
A saga de ancestrais
Que por aqui perpetuou
A fé, os rituais, um elo de amor
Pelos terreiros (dança, jongo, capoeira)
Nasce o samba (ao sabor de um chorinho)
Tia Ciata embalou
Com braços de violões e cavaquinhos a tocar
Nesse cortejo (a herança verdadeira)
A nossa Vila (agradece com carinho)
Viva o povo de Angola e o negro Rei Martinho
Semba de lá, que eu sambo de cá
Já clareou o dia de paz
Vai ressoar o canto livre
Nos meus tambores, o sonho vive