Foi-se o tempo em que assistir a um filme só era possível após a compra de um ingresso na bilheteria do cinema. Foi-se o tempo também em que esperávamos ansiosamente a exibição de um filme na tevê aberta ou nos canais pagos para assistir algo novo. E ainda foi-se o tempo da época em que entrávamos em uma loja e podíamos escolher dentre inúmeros filmes qual seria o entretenimento do dia.
Desde que a Netflix chegou, a plataforma se tornou protagonista não só na exibição de filmes e séries, como também na produção e na divulgação. O formato funciona tão bem que nós passamos a ver constantemente a chegada de uma nova plataforma no mercado, tenha ela sucesso ou não.
Na última quinta-feira (22), a Netflix se confirmou novamente como protagonista do debate de streaming no Brasil, com o anúncio do reajuste no valor das assinaturas. O aumento dos preços, que será nos três planos da plataforma, claramente dividiu opiniões nas redes sociais.
Há quem diga que não há mais chances para o relacionamento entre o consumidor e a Netflix, afinal enquanto a plataforma aumenta suas exigências e expectativas, a Prime Video e a recém-chegada HBO Max se colocam à disposição para uma relação mais acessível e tranquila.
Dizer que é um absurdo uma plataforma cobrar entre R$ 25,90 e R$ 55,90 pode ser um pouco demais para a classe média brasileira, dizer se eu posso ou quero pagar esse valor mensalmente é outra história, e a reflexão que começo a fazer aqui pode até parecer uma #publi da Netflix, mas estamos bem longe disso.
Um assinante da plataforma tem disponível cerca de 4 mil títulos, dentre séries e filmes, para assistir livremente, e toda semana chegam novidades no catálogo. Já é muito mais do que se continuássemos pagando ingressos de cinema, ou alugando filmes todos os dias a R$ 5 nas locadoras.
Quando comparada também com os outros streamings, a Netflix oferece muito mais qualidade na acessibilidade para escolher os filmes, nos banners de divulgação, nos trailers e na forma de se comunicar com o público nas redes sociais.
Se tem uma coisa que a Netflix precisa saber é que a conta sempre chega. Agora, chegou para os assinantes, e em algum momento chegará para ela. Pode ser que não seja de uma hora para outra, graças a toda a qualidade que o serviço oferece, mas com o tempo para quê o consumidor se prenderá a apenas uma plataforma que cobra em um único valor o que está somado em outras três?
Enquanto a Netflix faz o reajuste, as outras plataformas também se desenvolvem para oferecer o melhor serviço de streaming pelo melhor preço, e conquistar mais espaços no mercado. A verdade é que, neste debate, quem ganha somos sempre nós. Viva a concorrência!
Eu tenho essas e a Mubi.
A Belas Artes eu quero ter.
Que linda história