Segundo plano de expansão, Rio terá 1.000 km de ciclovias até 2033

A meta da cidade é conectar 100% das estações de transporte de média e alta capacidade, como BRT, VLT, trem, metrô e barcas, à rede cicloviária até o fim de 2024

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Ciclista passeando na ciclovia da Praia do Leblon
Ciclista passeando na orla do Leblon - Foto: Rafa Pereira/Diário do Rio

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e da CET-Rio, lançou, nesta quinta-feira (09/3), no Palácio da Cidade, em Botafogo, o Plano de Expansão Cicloviária – CicloRio. Em 10 anos, a cidade ganhará 600 km de faixas exclusivas para bikes. Somadas aos 400 km de ciclovias já existentes, serão mil quilômetros para as bicicletas até 2033.

O objetivo é estimular cada vez mais o uso da bicicleta como modo de transporte, interligar toda a cidade e facilitar a conexão aos centros de bairros, a grandes equipamentos urbanos e, sobretudo, à rede de transportes de média e alta capacidade.

Esse plano tem o objetivo de dar um norte. Ao mesmo tempo, estamos atentos às demandas e pressões estabelecidas pela sociedade, e isso é muito importante. Na Zona Oeste, vemos muitas pessoas usando bicicletas nas estações do BRT Transoeste. Nas novas estações, sejam as que estamos construindo ou reformando, teremos bicicletários. Isso vai permitir que a pessoa utilize a bicicleta e pegue o BRT. Também trouxemos de volta o trabalho de manutenção das ciclovias, várias estão sendo recuperadas. O uso das bicicletas, além do impacto no trânsito, traz saúde e ajuda o meio ambiente“, afirmou o prefeito Eduardo Paes.

Para atingir os objetivos do plano, foi feita revisão da Rede de Mobilidade por Bicicleta (RMB), prevista nos estudos desenvolvidos para o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável do Município do Rio de Janeiro (PMUS-Rio). O CicloRio está alinhado com a campanha global Cidades Pedaláveis, do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), da qual o município do Rio participa como uma das cidades líderes.

O objetivo da campanha é ampliar e unificar importantes iniciativas ligadas à mobilidade por bicicleta, para garantir que este modo de transporte se consolide como opção segura, acessível e com emissão zero. Para isto, as cidades líderes devem se empenhar em projetar e instalar infraestrutura, adotar políticas e destinar recursos para que as pessoas vivam perto de estruturas cicloviárias.

Essa é uma demanda histórica dos ciclistas, que pediam um plano estrutural para a expansão cicloviária no Rio. Além disso, tivemos um aumento do uso das ciclovias por conta da pandemia e com os novos hábitos de entrega, em que temos mais trabalhadores usando as ciclovias. O que queremos é a qualificação da rede existente, propor uma rede e, por meio da participação popular, qualificar o que é prioridade para a população“, disse a secretária de Transportes, Maína Celidonio.

A meta da cidade é conectar 100% das estações de transporte de média e alta capacidade (BRT, VLT, trem, metrô e barcas) à rede cicloviária até o fim de 2024.

Participação popular

Entre os meses de abril e maio de 2022, a SMTR e a CET-Rio realizaram oficinas para discutir o CicloRio com moradores de todas as regiões da cidade. Numa enquete virtual, os participantes foram ouvidos sobre as principais necessidades das infraestruturas cicloviárias existentes nessas regiões e sobre os novos trechos propostos para cada área, a serem executados nos próximos anos. As contribuições recebidas da população foram fundamentais para a consolidação do trabalho.

Cerca de 150 pessoas compareceram às oficinas e encontros presenciais. Também foi realizada oficina com entregadores que utilizam a bicicleta como instrumento de trabalho para coleta de percepções e sugestões de melhoria na rede cicloviária. A pesquisa virtual, realizada por meio da plataforma municipal Participa.Rio, contou com a contribuição de 2.782 pessoas.

A elaboração do plano contou com a colaboração das seguintes instituições parceiras: Bike na Pista, ITDP Brasil, Transporte Ativo e Tembici.

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2 COMENTÁRIOS

  1. A expansão é bem vinda desde que as atuais ciclovias estejam em bom estado.
    Ando de bicicleta, não elétrica, pela zona Sul, todos os dias. Está totalmente sem manutenção.
    Os carros não respeitam.
    Os taxões estão quebrados pelos carros que invadem a ciclovia.
    Na Figueiredo Magalhães os carros param sobre a mesma todo santo dia.
    Nesse sentido a população tem culpa assim como a prefeitura.
    Em alguns trechos em Botafogo as raízes de árvores destruíram totalmente a ciclovia.
    A secretária de transporte deveria pedalar e ver a realidade da ciclovia. Sair do gabinete.
    Outra questão é a bagunça de motos elétricas sem emplacamento, dividindo a ciclovia com os ciclistas.
    Cadê a legislação de motos e bicicletas elétricas? Prefeitura e vereadores, onde está o projeto de lei?
    Sempre é válida a ampliação mas desde que as existentes funcionem.
    Conheço vários amigos que tem medo de andar de bike diariamente por medo.
    Uma pena. Mas ainda há esperança.

  2. Sempre enviei mensagens para o Prefeito do Rio pedindo um plano de Expansão e estruturação das ciclovias na Cidade , pois, como cidadão vejo a vocação natural do Rio para a utilização da bicicleta e de forma escalada e não apenas para passeios em pequenos trechos. O Rio também poderá ser a Cidade do Ciclismo.
    Ciclovias bem construídas, iluminadas e com segurança vai proporcionar uma explosão de novos usuários, não tenham dúvidas.

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