Segurança Pública e o jogo de não responsabilidade entre Governantes

O jogo de empurrar a culpa na Segurança Públcia precisa acabar para a crise chegar a uma solução

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp

Em uma análise sobre segurança pública e o cenário de violência no Rio de Janeiro, a crítica recai sobre a constante troca de responsabilidades entre lideranças políticas e falta de ações concretas para combater o problema. Em tom direto, a opinião expressa reflete a frustração com as justificativas que, segundo o especialista, pouco avançam em termos de resultados práticos.

Quando se trata de segurança pública, o que não falta no governo são desculpas. Sempre há uma justificativa, e a culpa é jogada no outro. Essa postura não é nova, pois há décadas as autoridades prometem resolver a violência nas áreas dominadas pelo tráfico e pela milícia, enquanto a população se sente desprotegida.

Relembrando a postura de antigos governantes, como Cesar Maia, ex-prefeito do Rio, o então prefeito assumiu a responsabilidade pelos problemas das chuvas na cidade logo ao tomar posse em seu primeiro mandato. “A culpa é do prefeito, mesmo que ele tenha acabado de assumir,” disse Cesar Maia na época, um exemplo de comprometimento que falta hoje.

Os atuais governantes, frequentemente justificam a ineficiência no combate ao crime, atribuindo a situação à falta de controle nas fronteiras, por onde entram armas e drogas. É verdade que o Rio não produz armas nem drogas, mas a Polícia Militar pode monitorar pontos de entrada rodoviários, além de cooperar no patrulhamento marítimo e aéreo. A atuação estadual poderia contribuir de forma mais significativa se direcionada adequadamente.

Delegar a segurança pública exclusivamente à Polícia Militar não resolverá o problema. Os homens de azul são pessoas comuns, com equipamentos inferiores para confrontar facções armadas. Isso cabe à União, que precisa agir de forma coordenada.

Recentemente, o sequestro de um ônibus no Rio reacendeu as discussões sobre segurança e a responsabilidade do estado em garantir a ordem pública. O secretário de segurança, talvez o pior da história do estado, classificou o caso como “desordem urbana” – uma declaração que diminui a gravidade da situação e joga no município uma responsabilidade que não é dele. Embora o prefeito também tenha sua parcela de responsabilidade, atribuir-lhe estes problemas de segurança pública é improdutivo.

É extremamente necessário que cada autoridade assuma sua parte na solução do problema. Não dá para jogar a culpa no presidente, no governador ou no prefeito. Cada um tem uma parcela de responsabilidade. Precisamos parar de desculpas e agir.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Segurança Pública e o jogo de não responsabilidade entre Governantes

7 COMENTÁRIOS

  1. Um governador paraquedista político, incompetente, dissimulado e vaidoso nunca será capaz de apresentar soluções objetivas com resultados práticos para a questão da violência e outras deficiências do RJ. Uma faxina na segurança pública com a implementação de uma corregedoria independente, a troca de todos os comandos de batalhões da PM e a substituição de todos os delegados titulares da polícia civil é um começo muito mais necessário do que a aquisição de equipamentos e tecnologia. Mas Castro é frouxo, sem princípio político, sem compromisso com a população e só sabe administrar no varejo da distribuição de cargos para angariar apoio.

  2. São várias frentes a serem combatidas em curta, média e longa duração.

    Entre esses fronts está o crescimento descontrolado demograficamente de comunidades que são prato cheio para a criação do poder paralelo.

    Até pouco tempo atrás comunidades pequenas não tinham poder paralelo mas ao crescerem se tornam financeiramente rentáveis para milícia e tráfico.

    Em breve algumas comunidades como a Canoas e a do Horto também terão este pessoas com arma ? controlando a região.

    Temos que ser firmes talvez criando até a lei de no máximo 1 filho para todos os moradores do Rio na tentativa de coibir este crescimento desproporcional.

    Também retirar a renda do tráfico e não prender usuários de drogas que estão se tornando profissionais do crime após a prisão.

    • A política de um único filho pode causar um efeito colateral gravíssimo: o abandono de bebês, especialmente nas famílias pobres, por medo da punição. Haveria uma enxurrada de crianças abandonadas.

      Eu só apoiaria tal política, ainda que draconiana, se viesse acompanhada da universalização do aborto e da esterilização de homens e mulheres na rede pública, caso contrário, seria apenas mais uma modalidade de punição aos pobres.

      Eu sou a favor da redução da população mundial, porém através de políticas públicas que INCENTIVEM – ao invés de impor – a queda da taxa de natalidade, especialmente, mas não apenas, nas classes mais baixas. Isso poderia começar anteontem, se tornássemos o aborto e a esterilização universais na rede pública, dentre outras políticas, tais como programas de habitação e de transferência direta de renda condicionadas à baixa taxa de natalidade.

  3. Cláudio Castro e seu secretariado ainda tem alguma importância ou poder de decisão real no RJ?

    Quem manda e desmanda no RJ não despacha lá do Palácio em Laranjeiras. Um governo fraquissimo assim é um prato cheio para todo tipo de oportunistas.

    O crime organizado vê nesse governo um jeito de acelerar seus negócios. Vai que o “Deus, patria e família” da vez em 2026 não garanta que os negócios vá bem…

  4. Discordo. Quem tem a RESPONSABILIDADE pela segurança é quem tem orçamento, equipe e força de trabalho pra isso.

    Quem tem responsabilidade pela polícia militar é o governo do Estado na figura do governador eleito em primeiro turno e seu secretário de segurança desconhecido.

    Há 21 anos o carioca escolhe as mesmas pessoas do mesmo grupo político para ser governador do Estado. Uma hora o fim do poço chega. Por enquanto vemos a gravidade da segurança aumentar vertinosamente sob a gestão dos incompetentes atuais.

    O Diário do Cláudio Castro, apesar do seu esforço de sempre em fazer relações públicas do governador, dessa vez não tem como passar pano.

    Tá insustentável. Cláudio Castro e seu secretário de segurança deveriam estar preso. Motivos não faltam.

    • Presos não, MORTOS. De preferência linchados pela população. Se eu encontrar o governador na rua, eu enfio a faca nele. Ele tem que sentir a dor das vítimas da violência no Rio.

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui