Antes de me julgarem dizendo que sou contra ou a favor, aviso de antemão: viva a liberdade de escolha! E viva o desconto de 20% dos aplicativos de táxis!
Na última terça feira, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro regulamentou o serviço de táxis na cidade, com a aprovação quase unânime dos vereadores. Regulamentação esta que acaba por proibir o serviço do Uber, o famoso aplicativo que une passageiros com motoristas em seus carros particulares.
Mas fica no ar a pergunta: se o serviço de táxis é tão ruim, se a população quer mais opções de escolha, se o Uber é só elogio… Por que ganhou o táxi?! Essa é uma pergunta simples de ser respondida, caro leitor.
Todos nós esperamos que os parlamentares votem e defendam causas que a população defende, principalmente quando a sociedade comparece às galerias da Câmara Municipal. Foi com essa lógica que os taxistas conseguiram o que queriam: a regulamentação dos táxis e a proibição do Uber.
Quem estava presente, como eu, na hora da votação, presenciou centenas de taxistas nas galerias, no Salão Nobre da Câmara e do lado de fora, no meio da Cinelândia (era tanto taxista que não coube mais gente dentro do Palácio) pressionando e gritando palavras de ordem aos vereadores.
Ou seja, no final das contas, nossos representantes votaram de acordo com o que foi pedido pela população ali presente. E o erro foi de todos os que reclamam dos táxis, mas não fazem valer os seus direitos. Foi daqueles que não pressionaram seus representantes e tampouco foram à Câmara Municipal protestar.
Ok, mas aí você dirá “a votação foi no meio da tarde e eu trabalho, é impossível comparecer!”. Concordo, mas não é impossível ligar para os gabinetes, mandar e-mails e se organizar para pressões virtuais, se este for o caso.
Enquanto a sociedade civil “desorganizada” não se “organizar”, continuarão prevalecendo os interesses dos que se organizam para pressionar. E continuará a briga entre Uber e taxistas…