O Novo Plano Diretor do Rio, que irá completar um ano em vigor em janeiro, é um marco urbanístico para a cidade, que tem a oportunidade de repaginar o futuro, crescendo de forma planejada e promovendo um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável. Mudar a lógica do crescimento da cidade das áreas mais distantes, com menos infraestrutura, para as zonas centrais, foi a tônica desse Novo Plano Diretor.
O planejamento urbano é mesmo algo que parece imperceptível, apesar do paradoxo de sua importância por interferir diretamente no dia a dia e na paisagem das cidades. São as diretrizes urbanísticas que definem o que e onde se pode construir, com que tamanho e perfil de uso – escolas, hospitais, comércio, residências etc.
A cidade do Rio de Janeiro ainda enfrenta muitos desafios em termos de urbanização, mobilidade e sustentabilidade. Com o crescimento do município acontecendo, historicamente, de maneira desordenada e a pressão sobre os recursos naturais, a necessidade de um planejamento urbano eficaz tornou-se ainda mais urgente, o que foi feito com o Novo Plano Diretor.
Em vigor desde o início de 2024, a lei traz diretrizes que visam a promoção de uma cidade mais inclusiva, com foco na integração entre os diferentes bairros e na valorização das áreas públicas. Um ponto crucial do Novo Plano Diretor é a questão da habitação e a ocupação ou reocupação de espaços que já contam com serviços essenciais. Por meio de incentivos urbanísticos, fiscais e ao comércio e à economia local, a Prefeitura do Rio pretende atrair moradores para as regiões do Centro e Zona Norte, diminuindo a pressão sobre a Zona Oeste.
A implementação do Novo Plano Diretor funciona como uma bússola. É fundamental que haja um engajamento efetivo do mercado imobiliário e da população, que vem respondendo de forma bastante positiva. As incorporadoras, por exemplo, têm investido na cidade, anunciando diversos lançamentos, parte dos quais pelo Reviver Centro e no Porto Maravilha. A população, por sua vez, tem esgotado com facilidade as unidades residenciais colocadas à venda, seja para moradia ou para investimento. Além de ter colaborado para a diminuição da vacância de imóveis no Centro.
O Novo Plano Diretor do Rio representa, assim, uma oportunidade de transformar a cidade em um lugar mais justo, sustentável e economicamente desenvolvido. E isso só foi possível pela soma dos esforços da Prefeitura do Rio e pela resposta dos cidadãos e da sociedade civil às políticas públicas implementadas, por acreditarem em uma cidade melhor para se viver.
Eu ando no centro da cidade e continua tudo às moscas, o problema maior é o transporte, não tem mais paradas de ônibus no centro como havia antigamente, as pessoas de mais idade não conseguem andar 2 ou 3 km até chegarem ao destino, o metrô é lotado e sem condições de receber o povão mais humilde pois a passagem é cara demais para quem ganha pouco, e vai ao Saara prefere o ônibus, mas como carregar bolsas dentro dos ônibus que foram feitos para gado, sem ar-condicionado no verão? Infelizmente assassinaram o comércio do centro, agora é tarde.