O deputado estadual Max Lemos (PSDB) pode perder seu mandato por infidelidade partidária, é o que decidiu a sessão plenária desta quinta-feira (13/5) do colegiado do TRE-RJ. Para a corte o político se desfiliou do MDB sem justa causa.
Por maioria de votos, os membros entenderam que não houve grave discriminação ou quebra de conteúdo partidário, mas sim o interesse de o político trocar de partido para concorrer à Prefeitura de Nova Iguaçu, segundo o relator do processo, desembargador eleitoral Guilherme Couto.
Em julho de 2020, a Corte Eleitoral fluminense já havia julgado a infidelidade partidária do parlamentar, com o mesmo resultado de perda do mandato eletivo. No entanto, houve recurso ao Tribunal Superior Eleitoral que determinou o retorno do processo ao TRE-RJ para novo julgamento, tendo em vista a exigência de quórum qualificado.
Max Lemos entrará com os recursos legais cabíveis, e isso é capaz de se arrastar tanto que quando for decidido já será 2023 e terá tido outra eleição.
Essa não foi a única derrota que Lemos sofreu nos últimos meses. Além de ver Rogério Lisboa (PP) ser reeleito no primeiro turno em Nova Iguaçu, ficando em segundo lugar com uma diferença considerável de votos, seu irmão, Leline Lemos (PSDB), ficou em terceiro lugar na disputa pela prefeitura de Queimados, onde Max Lemos já foi prefeito.
Quem assumirá a cadeira de Max, caso ele perca a cadeira de deputado, é Átila Nunes, que está como suplente da cadeira deixada vaga por Gustavo Tutuca (MDB), atual secretário de Turismo. Neste caso o futuro deputado pode ser Ronaldo Anquita, de Itaboraí.