Vereadores de Niterói Paulo Eduardo Gomes e Professor Túlio (PSOL) foram flagrados pegos como que “colando” na Oficina Pública da Região Oceânica de Niterói que discute uma nova Lei de Uso do Solo, neste sábado (12/8). Segundo a Prefeitura de Niterói, as oficinas tratam de temas como segurança, mobilidade, meio ambiente, habitações sociais, entre outras. A legislação urbanística tem como finalidade a regulação das atividades, construções, e parcelamentos do solo nas áreas urbanas, além de suprir as necessidades e definir os limites das ocupações em todo território.
O evento ocorreu, neste sábado, em Piratininga. Uma testemunha que não quis se identificar comentou que os psolistas e seus assessores “voltaram aos tempos da Escola”. “Como as opiniões deles não retratam a voz da maioria da vontade da população, eles partiram para o Milagre da Multiplicação e sequer se deram ao trabalho de escrever nas fichas contributivas da Oficina”, diz a testemunha, que fotografou os vereadores arregimentando pessoas para copiar seguidamente a mesma coisa e preencher fichas em série. (Foto da matéria)
Em nota o vereador Paulo Gomes informou “por mais que esse não seja ainda o formato ideal, temos que aproveitar ao máximo cada espaço que foi conquistado. Não foi fácil construir essas novas etapas de participação popular, a Prefeitura se negava a reabrir a discussão com a população. Denunciamos diversas vezes ao Ministério Público e graças à uma atuação exemplar dos Promotores essa demanda foi parar no Judiciário. É por isso que o projeto voltou ao Poder Executivo e as etapas de participação popular estão sendo realizadas com o acompanhamento do MP e da Justiça Estadual. As Oficinas são espaços iniciais para obter esclarecimentos e apresentar propostas. É fundamental que cada um da cidade saiba o que está sendo proposto para a sua rua, seu bairro, seu ambiente de trabalho ou local de lazer preferido. Essa lei pode mudar completamente a configuração da cidade que conhecemos hoje. Além disso é preciso atuar pensando nas futuras gerações, afinal, o que nossos netos vão receber? Como ficarão nossas praias e lagoas, haverá água suficiente para abastecer tantos novos prédios, há previsão de área para habitação popular, para novas unidades públicas de ensino e saúde? (…) Vamos comparecer também nas próximas Oficinas, nos somando à população na luta pelo ambiente preservado e por qualidade de vida para os trabalhadores da cidade”, justificou ele, que também é presidente da Frente Parlamentar de Defesa da Orla de Niterói.
A equipe do vereador Paulo Eduardo Gomes enviou a seguinte nota: “Diante do formato de Oficinas Participativas que dificultam a efetiva participação da população, bem como diante da enormidade de assuntos a serem abordados nas regiões, os cidadãos e entidades que constroem o Movimento Lagoa Para Sempre se organizaram para buscar, dentro do tempo limitado (08h30 às 12h) cobrir todas as demandas que precisavam constar das fichas de propostas. As questões foram previamente discutidas, coletivamente, envolvendo os diversos assuntos de interesse da população. Todas as propostas foram apresentadas nos grupos das Oficinas e todos os presentes foram convidados a apoiá-las. Aqueles que apoiaram as propostas foram então convidados a colar nas fichas os papéis levados por nós, com as propostas do Lagoa Para Sempre. Chamar essa organização coletiva pejorativamente de “cola” é um desrespeito, já que distorce o que de fato aconteceu. A adesão às propostas construídas ao longo de meses de debate coletivo é algo que muito nos orgulha. Aproveitamos a oportunidade para agradecer a todos, não apenas os vereadores que apoiam o movimento Lagoa para Sempre, mas toda a população que confia nessa construção coletiva que busca a proteção do meio ambiente e da qualidade de vida de toda a cidade!”.
O que esperar desse tipo de gente? É como a matéria diz: eles não fazem a menor ideia do que realmente deseja o povo de sua própria cidade. Estão completamente descolados da realidade carioca, promovendo uma própria, para o seu próprio benefício. Eles votariam contra a gravidade, caso fosse aberto um processo de votação sobre o tema.