Victer: o imbróglio do aeroporto Galeão virou caso de brigadeiro de hospício

Wagner Victer fala sobre o imbróglio entre Galeão e Santos Dumont

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Foto/Reprodução

Conheço há mais de 20 anos o atual Ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, desde quando era Prefeito da Cidade de São Vicente, quando pude conviver com ele durante um período para discutir questões voltadas aos royalties e depois em uma série de passagens na vida política.

Sou um admirador do seu estilo direto, da sua forma séria de trabalhar e principalmente da sua grande capacidade de convergência. Por isso, quando foi anunciado que ele assumiria o Ministério de Portos e Aeroportos do Brasil, foi um grande alento, que acredito que não tenha sido só para mim, mas para todos que estavam atônitos diante do que vinha acontecendo nos últimos anos nessa área com o imbróglio daa gestão do espaço aéreo brasileiro e do conjunto de aeroportos que o suportam, virando uma “bateção de cabeças” em questões óbvias, agravadas pela crise das companhias aéreas e pela redução do número de passageiros em função da Pandemia.

Uma das consequências mais aparentes do ponto de vista desastroso, e com impacto brutal na economia Fluminense, foi a questão do ordenamento de voos para os Aeroportos do Rio de Janeiro, criando uma confusa competição entre o Aeroporto Santos Dumont , gerenciado pela INFRAERO, e o Aeroporto Internacional do Galeão, que fez com que a empresa de Singapura, que o administra e que também tem sob sua gestão o aeroporto considerado o melhor do mundo, culminasse com o comunicado de devolução daquela concessão ao Governo Federal.

Neste processo, até por uma tremenda indignação, os principais agentes políticos do Estado do Rio de Janeiro, como Governo do Estado, Prefeitura do Rio, ALERJ, em conjunto com as principais entidades empresariais, como Firjan, Fecomercio, Associação Comercial e Rio Indústria, se reuniram e conseguiram de alguma maneira barrar a estapafúrdia concessão do Aeroporto Santos Dumont, que ainda teria a surreal obrigação de subsidiar 3 aeroportos regionais do interior de Minas Gerais.

A inesperada devolução pela Changi da concessão do Galeão, que logicamente traria ônus absurdo ao próprio governo federal, diante de um eventual ressarcimento de valores previstos no contrato, traria um grande problema na descontinuidade do processo de retomada da atividade econômica do Rio de Janeiro, não só pelo impacto no Turismo, já que o Galeão deixou de ser um hub a partir da captação de voos regionais, perdendo a capacidade de trazer voos internacionais, mas fundamentalmente perdendo um potencial na captação da carga aérea, o que sempre trouxe uma logística favorável às indústrias aqui localizadas, já que 90% da carga aérea movimentada vem da chamada “barriga do avião”, utilizada nas conexões áreas, o que praticamente iniciou a canibalização de todo aquele complexo logístico existente no passado junto ao Aeroporto do Galeão da antiga Varig Log e que certamente é um dos centros de logística mais modernos do mundo.

Depois dessa loucura completa, a ponto de até assustar até “brigadeiro de hospício”, parecia que tínhamos entrado finalmente em “céu de brigadeiro”, já que se conseguiu no novo governo um entendimento claro de que sem a limitação de voos e passageiros no Aeroporto Santos Dumont, não seria possível resgatar o Aeroporto Internacional do Galeão, quer seja através de um reequilíbrio econômico financeiro contratual com o atual operador, ou até através de uma nova licitação. Sempre é bom lembrar nessa jornada de psicopatia que até pensaram como solução, pasmem, em fazer uma nova licitação incorporando os dois Aeroportos numa contramão ao que foi adotado em Minas Gerais, com os Aeroportos da Pampulha e Confins.

Ao longo do ano passado, como cidadão e ex Secretário que atuou nessa área de logística, estive participando de diversas Audiências Públicas, algumas no Senado, onde fui convidado a expressar minha opinião e sugerir soluções. Participei também de outras audiências promovidas por Agências Reguladoras e ficou bastante claro que uma solução estaria a caminho, apesar de uma grande resistência não só do então Ministério de Infraestrutura, mas principalmente da Secretaria de Aviação Civil (SAC), e da Agência de Aviação Civil (ANAC).

Com a chegada do novo Ministro, tudo parecia finalmente caminhar para uma solução e ele promoveu, aliás com uma participação bastante ativa da Prefeitura do Rio e do Governo do Estado e parlamentares, reuniões de conciliação, o que apontava até a grande possibilidade de que o atual operador, Changi , pudesse rever a sua decisão de sair e equacionar o equilíbrio que era esperado, podendo fazer com que o Galeão voltasse a se fortalecer como um Hub de forma rápida.

É de se destacar que conseguimos, durante o processo, construir uma série de propostas que favoreciam a retomada do próprio Aeroporto do Galeão, como a redução da alíquota de ICMS em uma ação conjunta da Alerj com o Governo do Estado, fazendo com que essa alíquota se transformasse numa das menores do Brasil, “quebrando” o discurso de que isso seria um grande obstáculo para fortalecer o Galeão, que então passou a ter uma alíquota diferenciada não só em relação a outros Aeroportos do país, mas em relação ao próprio Santos Dumont.

Nessa jornada totalmente louca, com atores mudando de posição ao longo do tempo, em uma disputa muitas vezes incoerente com o que se defendia anteriormente, se apontava uma boa nova solução, que começou a ser costurada no início desse ano.

Para minha total falta de compreensão, depois de tudo apontado para uma solução que convergia para a limitação de voos no Aeroporto Santos Dumont, independentemente se ele futuramente for concedido ou não, o que não é uma obrigação, que poderia se chegar a um ponto comum e manter o atual operador e com isso dar um freio nesse processo de descontinuidade e desorganização nessa área, essa semana surge uma novidade, acredito que para confundir aqueles que têm interesses contrários… levam uma nova proposta ao Ministro de maneira que o Aeroporto do Galeão pudesse ser de novo licitado e, como diziam as matérias, com grande potencial para que o atual operador ganhasse a licitação e com isso ainda subsidiando o Aeroporto de Resende, o que faz que o tilintar de medalhas do brigadeiro do hospício entre em ressonância sonora.

O assunto tem tantos capítulos e mudanças de posição que para quem não acompanha de perto fica uma situação bastante confusa e buscarei em 8 pontos elencar a situação como se coloca e como se poderia obter tal solução:

1- Não dá para desconsiderar que a solução do Galeão de maneira que ele venha a se fortalecer tem inimigos claros em aeroportos que competem, destacando o de Guarulhos, Viracopos em SP, o de Brasília e até o de Confins em Minas Gerais, e portanto aqueles que buscam confundir, muitas vezes podem ter interesses em relação ao tema, portanto, sempre devemos ter atenção quando se busca uma solução em relação ao tema, já que, pasmem, até durante a formação de um grupo de trabalho no ano de 2022 para a integração do Aeroportos do Galeão e Santos Dumont, alguns aeroportos de fora do Rio tiveram a cara de pau de pedir para participar, o que logicamente foi de forma veemente afastada.

2- Não há solução para o Galeão, com o atual operador ou sem ele, se não houver um limite de passageiros no Aeroporto Santos Dumont. Esse limite estará da ordem de 7 a 8 milhões de passageiros/ano, sendo que os voos ali alocados deveriam estar limitados as rotas da ponte aérea Rio/São Paulo (extremamente rentável). A Aviação executiva tem também voos regionais para os aeroportos dentro do Estado do Rio de Janeiro. Sem essa limitação não haverá a transferência de voos regionais para o Aeroporto do Galeão e, com isso, retirará sua capacidade de captação de outros passageiros no país e deixará de ser de fato um hub e deixando de trazer um número efetivo de voos internacionais saindo e partindo do Rio de Janeiro.

3- Na solução do Santos Dumont com a limitação esperada, é falsa a afirmativa de que ele precisa ser concessionado ou privatizado, como muitos sabem. As rotas, especialmente Rio/São Paulo, mesmo com a limitação, são extremamente rentáveis e não há qualquer impedimento que a Infraero continue administrando o Aeroporto Santos Dumont, até porque tem competência para isso. A decisão de conceder é administrativa e politica, que pode até ser adotada no futuro, mas não deve em nenhum momento ser colocada como parte da atual solução para o ordenamento dos aeroportos fluminenses .

4- É falsa a afirmação de que para resolver o problema do Galeão tenha que se fazer uma nova licitação de concessão e até, como dito na matéria, com grande possibilidade da própria Changi vencer. Há normalmente nesses contratos de concessão cláusulas de reequilíbrio financeiro, especialmente em relação à redução de outorgas e ampliacao de prazos, sempre lembrando que essa licitação foi vencida com grande valor de diferença para o segundo lugar, sem considerar que uma nova licitação geraria um elevado prazo de descontinuidade e com forte impacto negativo na economia do Rio de Janeiro. Portanto, chamar a atual operadora, Changi, e pedir que se faça um estudo sério, ancorado em alguma instituição de terceira parte e se reunindo com a ANAC e a SAC, certamente se chegará a um ponto de reequilíbrio financeiro, logicamente legitimado pelo não atendimento do número de passageiros previstos no dimensionamento do edital original, até porque de maneira clara a Covid teve um desequilíbrio brutal nessa redução e esse fato diferenciado já se justifica dentro do direito contratual como o gancho para buscar essa saída.

5- Não dá pra ficar com essa conversa de que o Galeão tem o problema da segurança como principal causa de esvaziamento. As intervenções de segurança e de melhoria de acesso de curto prazo com um conjunto de investimentos da ordem de 300 a 400 milhões de reais na Linha Vermelha, o que é uma bagatela diante desse potencial, e que pode ser pago até diretamente com outorga, permitiria fazer novas alças e melhorias, e retirada de gargalo dentro dessa via com ações da própria Prefeitura, como, por exemplo, ações de recapeamento, reposição de anteparas e a colocação de motos da PM 24 horas e câmeras, o que possivelmente trariam essa melhoria esperada.

6- É claro que no futuro podem ser feitas melhorias logísticas e até são esperadas, como a questão de um acesso por trilho ao Galeão, porém vincular isso neste momento é a famosa “conversa para boi dormir” e parte de quem tem interesse em desenvolver esses projetos. Portanto, apesar de desejável, não será uma ação de curto prazo e não é necessária nesse momento.

7- O realinhamento para manter a Changi deve ser acompanhado logicamente de exigências, investimentos concretos, melhoria operacional e articulação com alguns Poderes Públicos no sentido de resolver alguns gargalos históricos, que apesar de terem melhorado, como a questão do embarque e desembarque em carros de aplicativos, que não cabem a esvaziada Guarda Municipal, possam definitivamente ter uma saída que torne o Aeroporto Tom Jobin cada vez mais agradável ao passageiro.

8- Afastar de vez essa história de licitação conjunta do Galeão e do Santos Dumont, pois é algo totalmente sem lógica, até porque os seus objetivos podem ser atendidos com a limitação do Santos Dumont e não somente por meio de licitação, o que acaba parecendo que essa proposição é mais uma manobra procrastinatória para não prosperar a solução definitiva do Galeão.

Desta forma, tenho a certeza de que as notícias desta semana, com todo carinho que merece novas soluções, devem ser de alguma maneira superadas e voltar ao caminho original que começou a ser muito bem conduzido desde o início desse ano pelo Ministro Márcio França, até porque se precisar revitalizar o Aeroporto de Resende, o que é muito importante por se tratar de um Município de característica industrial, não se faz necessário de forma alguma associá-lo a qualquer nova concessão… pode ser feito imediatamente dentro dos recursos ordinários do tesouro ou derivados de alguma outorga, e com isso só se licitaria o processo da operação futura da unidade, o que tornaria muito mais adequado para capitação de operadores e investidores de qualidade.

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38 COMENTÁRIOS

  1. Irmão, na boa, pra vc voo internacional é Argentina? Tá explicado…

    Volte a falar de venda de terreno pra miliciano. De aviação vc não manja nada.

    • Qual é o estrangeiro que mais utiliza este aeroporto , qual é o destino mais utilizado???? Temos cinco cias aereas que vão para argentina em vôo direto Pasmem. Se o argentino parar de utilizar este aeroporto , este aeroporto fecha por baixa arrecadação de tarifa aeroportuária kkkkkk

      Ahhh , esqueci de dizer que a atual administradora do aeroporto já deu piti quando soube do interesse de Santos Dumont virar um aeroporto mercosul ,. recebendo vôos da América do Sul.

  2. Ei ,vou voltar a lembrar . Argentino liberou aeroparque no centro de Buenos Aires para pousos internacionais e agora a demanda Argentina aguarda ansiosamente os pousos internacionais no Santos Dumont.. o que manda é a demanda e não o mimimi dos progaleao. Chega de mimimi

    • Aeroparque tem uma pista só, mas esta tem 2100 m de comprimento. Santos Dumont tem duas pistas, mas o comprimento da mais longa é de apenas 1323 m. A outra tem 1260 m. O tamanho dessas pistas de SDU cria uma série de restrições.

    • Mas galeao com apenas 60 voos em 24 horas já está dentro do fim mêsmo. Só não vê aqueles da defesa progaleao com textos mimimi kkkk

  3. Ahhh . Outra; os políticos milicianos estão vendo as pistas di galeao como máquina de fazer dinheiro. Imagina a grana se investir em condomínios , comércio, clube , transporte e outras economias se as pistas do galeao virar condomínio minha casa , minha

  4. Ei , gigante … vou falar bem baixinho no teu ouvido para ninguém ouvir .

    Se Santos Dumont receber os argentinos , chilenos e voos da copa Airlines (americanos com conexão panama) aí galeao fecha tá. Aeronave kkkk lógico que pousam no Santos Dumont.

    Outra ; Europeus adoram conexão, vcs sabia disso. Muitos pegam conexão em CDG e AMS e LIS por passagem mais barata.

    • “Outra ; Europeus (…), vcs sabia (sic) disso”. Autoexplicativo.

      Cidadão acha que voo internacional é argentino e chileno, com americano voando… COPA! Esse pensa grande… Em breve, o Papo de boteco com ‘especialistas’ em aviação ganhará mais um personagem.

  5. Papo de boteco com ‘especialistas’ em aviação e desenvolvimento econômico
    (contém ironia)

    – Então… Vamos transferir os voos Rio-Dubai, do Galeão para o S. Dumont?

    – Claro, o Galeão é longe. E só a zona sul do Rio usa aeroporto mesmo! O resto da região metropolitana, do estado e do sul de Minas não precisam de aeroporto!

    Ao levarem suas ideias ‘criativas’ aos gestores, vem a realidade:

    – Ih, não dá… Falaram que o aeródromo do centro tem sua maior pista com 1.320 metrinhos! E não pode nem instalar ILS devido às suas condições geográficas.

    – Ah, mas é fácil: só derrubar a ponte Rio-Niterói de um lado, ou o Pão de Açúcar do outro.

    – Isso aí. E essa turistada rica que vier de Dubai, EUA e Europa, que pegue voo pra São Paulo.

    – Verdade. Aí se o gringo quiser mesmo conhecer o Rio após 14 longas horas de voo, é só pegar mais uma conexão pro Santos-Dumont…

    Fim

  6. O que da mais dinhero e emprego ? Um aeroporto decadente que ninguém quer embarcar ou uma área para construir centenas de prédios minha casa , minha vida?? A segunda opção oferece 50 vezes mais chance de dinheiro e emprego que um aeroporto que diariamente apenas tem 60 voos.

  7. Victer, o Márcio França é PAULISTA e foi governador de SP. Jamais fará qualquer coisa pelo Galeão, porque isso prejudicaria aeroportos paulistas.

    Vamos ver agora o que os ilustríssimos Daniela do Waguinho e Marcelo Freixo farão pelo Galeão. Falaram que iam fazer e acontecer, mas até agora NADA.

    • Quem tem de pressionar o governo federal é o governador e o prefeito do Rio, além de órgãos ligados à economia do estado, como FIRJAN, etc.. A bancada do estado do Rio pode e deve pressionar também.

  8. Parabéns Wagner Victer! Brilhante comentário sobre o assunto, demonstrando que conhece desse imbróglio, que não é simplesmente um imbróglio, mas uma tentativa de minar a capacidade de tornar não só o Galeão, mas o próprio Estado do Rio de Janeiro próspero. Elas sabem dessa capacidade e por isso fazem de tudo para inviabilizar. Por isso temos que continuar lutando e brigando, talvez precisando, tanto o governador quanto o Prefeito do Rio falar um pouco mais grosso.

    • Minha casa , minha vida aonde tem as pistas da muito mais oportunidade maior de emprego, comércio, desenvolvimento e moradia que sustentar um aeroporto decadente

    • Sempre houve espaço para dois aeroportos no Rio de Janeiro, desde que se respeitem as características de cada aeroporto. SDU, por todas as limitações que tem e restrições que essas limitações impõem, tem seu lugar para voos Santos Dumont-Congonhas (ponte aérea), Santos Dumont-BH, Santos Dumont-Vitória, Santos Dumont-cidades do estado do Rio (Macaé, Campos, Cabo Frio), ou seja, voos para aeroportos a, no máximo, 500 km de distância. E sempre foi assim. O erro lá no passado foi a ANAC ter aberto a porteira para a Azul centralizar seus voos do Rio em SDU. Resultado: teve que manter a porteira aberta para as demais cias aéreas (Gol, LATAM). O erro também foi dos governos estadual e municipal, que nunca procuraram melhorar o acesso a GIG.

  9. Wagner falou muita besteira, mas no fundo e como sempre, está querendo puxar o saco para ter uma oportunidade de estar na panela e fazer o que os governantes anteriores fizeram.

  10. Esse mimimi ja deu….se os cariocas reclamam o Galeao ter mais movimento, é um direito deles, o aeroporto pertence a cidade deles, agora a COMPARAÇÃO é irritante….o maior número de voos e internacionais tem que estar onde está que é SP onde tem a maior população e movimento, e tem um ai nos comentários chamando de “malandragem paulista” que prejudica os cariocas…..ridiculo kkkk

    • Perdão, mas ninguém está dizendo que o aeroporto do Galeão deveria ter mais movimento do que Guarulhos. Acho que todos têm a consciência de que São Paulo, por ser a maior cidade do país e seu principal polo econômico, terá o maior aeroporto. A reclamação é com o deslocamento considerável de voos domésticos pelo Galeão para o Santos Dumont, o que provoca, no Galeão, uma diminuição considerável das conexões, afugentando voos internacionais, e, no Santos Dumont, um crescimento exponencial de voos, que o aeroporto Santos Dumont, com todas as suas limitações, não tem condições de suportar. É muito mais uma reflexão sobre a relação GIG x SDU do que a relação GIG e demais aeroportos de outros estados. É muito mais uma discussão sobre o que deve ser feito para reequilibrar essa relação do que outra coisa. No entanto, a relação de GIG com aeroportos de outros estados não pode ser deixada de lado. É bem provável que exista pressão de outros governadores sobre o governo federal para que se dificulte a recuperação de GIG, visando lucrar com esse encolhimento. É só lembrar que o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, enquanto foi ministro de portos e aeroportos do governo Bolsonaro, defendia a absurda proposta de trazer voos internacionais mais curtos (América do Sul) para o Santos Dumont, o que, dadas as enormes limitações de SDU, era inconcebível. Mesmo assim, ele defendia isso. Só não foi adiante porque houve uma reação forte de vários setores da política e economia fluminenses.

  11. Apaguem todos os comentários ditos acima, pois está tudo resumido no último comentário do anônimo, não contando os outros malandros, quê arrebentam com o Rio dê janeiro, mais o malandro principal, quê quê faz ás concorrências mais desleais e covardes não tenha dúvidas, quê é o estado dê são Paulo, quê ajuda até outros estados em detrimento do Rio dê janeiro, é um conluios dê estados sempre prejudicando o Rio dê janeiro, quê exporta políticos magníficos e importa políticos descompromissados com o nosso estado do Rio dê janeiro, quê além dos políticos cariocas nativos corruptos e ladrões, tivemos os maus intencionados quê levou o Rio dê janeiro ao quê é hoje,o paraíso dá criminalidade, como o Juscelino Kubitschek, quê ao transferir a capital pára Brasília,foi o iniciador dê toda a derrocada do Rio dê janeiro, quê veio no lastro o Brizola quê foi quem mais contribuiu pára a desorganização do estado do Rio dê janeiro, quê em seus governos com certeza tivemos ás maiores concentração dê favelas no Rio dê janeiro,sem contar ás posses, ás invasões o êxodo dê vários comércio e indústria, colaborando e muito com o já riquíssimo e super desenvolvido estado dê são Paulo, quê ao meu ver já poderia caminhar com total independência, como um país dentro do Brasil, ás malandragens e quê esse estado sufoca todos os outros estados brasileiros, até porquê pelo menos nos últimos quarenta anos todos os comandos quê dirigem e e dão ás cartas no Brasil em suas maiorias brotam todas em são Paulo, gostaria de deixar uma sujestão,ao governador Cláudio castro, não sei quê fim levou, mais tivemos um representante do governo do Rio dê janeiro, pára assuntos cariocas, quê era um deputado federal eleito pôr Sergipe, quê trabalhava pelo seu estado, e recebia seus proventos do estado do Rio dê janeiro, porquê não colocar um Wagner victer como responsável pelos assuntos do Rio dê janeiro em Brasília, talvez não fossemos tão vilipendiado, esculacho, e sendo tratado como o último dos estado brasileiro em importância pára Brasília e principalmente são Paulo, e talvez com a fama quê temos dê estado violento, fizéssemos um censo dê quantos bandidos chefes dê facções criminosas dê alta periculosidade, são exportadas pára o nosso estado, vindos dos quatros quantos do território nacional,tirem suas conclusões,

  12. O mais engraçado é os que vivem falando progaleão vivem embarcando no Santos Dumont. Ninguém quer embarcar no galeão. Galeao virou uma ilha cercada por favela e longe de tudo.

  13. Vamos parar com a palhaçada e mimimi de sempre com os mesmos textos : a verdade é que passageiro quer embarcar por Santos Dumont e cia aérea quer ficar no Santos Dumont. Vamos acabar com essa hipocrisia de dizer que galeao é bom pra economia fluminense . A verdade é que galeao já foi e nunca mais será o mêsmo . Hoje galeao é uma ilha cercada por favela e violência é tiroteio.. ninguém mais quer embarcar no galeão.

  14. Concordo com uma parte da sua análise, mas discordo de outra. Realmente, foi irresponsabilidade da ANAC, da SAC permitirem a expansão indiscriminada de um aeroporto como SDU, que tem várias limitações. É pequeno, tem pistas curtíssimas, não tem como ser expandido, nem seus terminais, nem suas pistas, tem poucos fingers, as aeronaves só podem ser operadas pelo piloto, não funciona de madrugada, fecha frequentemente quando o teto está baixo. Transformou-se numa rodoviária de 5ª categoria. Mas discordo quando você diz que os investimentos que foram feitos na linha Vermelha diminuíram a insegurança. Aquela região ainda é dominada pelo tráfico. Igualmente, a linha Amarela é um problema. Além disso, essas duas vias e mais a Av. Brasil vivem constantemente congestionadas, principalmente de 2ª a 6ª feira. Chamo a sua atenção para o fato de você achar que, limitando o movimento de SDU, vamos estimular o Galeão. Isso pode ser enganador. SDU pode ter diversos voos para Guarulhos, Viracopos, Confins, aeroportos internacionais concorrentes, já que esses aeroportos ficam a menos de 500 km do Rio de Janeiro e bem podem se tornar aeroportos internacionais do Rio (notadamente, o primeiro) como voos ligando SDU a eles. Ou seja, o carioca embarcaria em SDU rumo a esses aeroportos e lá pegaria o voo internaciona. Também desceria de voos internacionais nesses aeroportos e viria para SDU. A solução, no meu entendimento, estaria na construção de metrô aéreo para o Galeão. Meio de transporte rápido, eficiente, seguro, que deveria existir há muito tempo. Quando a linha Amarela foi construída, na década de 1990, deveríamos ter privilegiado o transporte sobre trilhos, criando um metrô suspenso do Galeão para a Barra. Preferimos uma via para carros e ônibus. Quando ganhamos o direito de sediar as Olimpíadas, a mesma coisa. Preferimos a bomba do BRT. E assim vamos perdendo oportunidades com a cegueira e corrupção de nossa classe política. Em São Paulo, um trem sai da estação da Luz, no centro de São Paulo, e vai até o terminal 1 de Guarulhos, com uma única estação no meio. Pelo que sei um aeromóvel está sendo construído (ou já existe projeto para sua construção) ligando o terminal 1 aos demais terminais. Lá se tem visão. Aqui, não.

  15. O que matou o Galeão foi a expansão desnecessária do terminal 2 o tal píer Sul que não serve para nada e a desativação do terminal 1 e mais os preços absurdos de combustíveis e aluguel de balcões que afugentaram as companhias aéreas do aeroporto junto a falcatruas onde Sérgio Cabral cobrou propina da Azul para transformar o galeão no seu hub. Foram ações absurdas da concessionária RioGaleão e dos governos na época que esvaziaram o aeroporto. Espero realmente que o Galeão volte a ser o que era antes da copa do mundo mas com esse desgoverno que aliás foi quem fez essa concessão atual acho muito difícil.

  16. Eu sou carioca e sempre usei o Galeão, minimizar o problema de deslocamento, transporte público, segurança e acessos é simplesmente querer resolver uma parte do problema e deixar a pior parte para os usuários que não moram na ilha e nem tem carros blindados ou grana para serem estorquidos pelas máfias lá existentes. Simples, numa canetada restringe os voos no Santos Dumont e foda se a população.

  17. Que excelente solução hein Wagner? Que tal se a gente limitasse a entrada na praia de Copacabana por que as outras ficam vazias? Ou se a gente limitasse a quantidade de Uber no rio pois não tem ninguém usando táxi? O Santos Dumont tem mais vôos por que simplesmente todo mundo quer usar ele, companhias aéreas e usuários. Fica no centro do rio é de fácil acesso, comporta os voos que precisa, ou seja é perfeito. Isso se chama Mercado, não adianta querer interferir pois o mercado se ajusta com oferta de demanda. O rio de janeiro encolheu devido as trágicas políticas das últimas décadas, não é a toa que somos campeões de governadores presos. Temos um Mastodonte de um aeroporto que ainda foi expandido durante a copa e olimpíada para que alguns ganhassem uma graninha que fica em uma ILHA! no meio de uma área controlada pelo tráfico e que só tem uma entrada e saída somente por via rodoviária. Não é perfeito para um aeroporto? O problema do Galeão, não é o aeroporto em si, é que a economia da cidade encolheu, é onde ele se encontra, como se chega lá e saber se vc volta vivo de lá.

    • Augusto, entendo que você defende a liberdade de mercado e a preferência dos usuários pelo Aeroporto Santos Dumont. No entanto, gostaria de oferecer alguns pontos de vista diferentes para consideração.

      Diversificação do transporte: A limitação de voos no Santos Dumont e a promoção do Aeroporto do Galeão não equivale necessariamente a interferir no mercado, mas sim a diversificar as opções de transporte e melhor distribuir a demanda entre os aeroportos. Isso pode ajudar a evitar a sobrecarga e proporcionar uma melhor experiência aos usuários.

      Infraestrutura e desenvolvimento: Embora o Aeroporto do Galeão esteja em uma área menos acessível, investir em sua infraestrutura e melhorar o transporte para o local pode beneficiar o Rio de Janeiro a longo prazo, atraindo mais negócios e turismo.

      Estímulo à economia local: A promoção do Galeão também pode contribuir para a revitalização da área e ajudar a reduzir a criminalidade, estimulando o desenvolvimento socioeconômico.

      Redistribuição do tráfego aéreo: Incentivar o uso do Galeão pode aliviar o congestionamento no Santos Dumont e permitir uma melhor distribuição do tráfego aéreo. Isso pode resultar em menos atrasos e cancelamentos de voos, beneficiando os passageiros e as companhias aéreas.

      Por fim, acredito que a promoção do Aeroporto do Galeão não precisa ser vista como uma limitação à liberdade de escolha, mas como uma oportunidade para melhorar a infraestrutura e a economia da cidade. Investir em ambos os aeroportos e melhorar o acesso ao Galeão pode oferecer benefícios substanciais a longo prazo para o Rio de Janeiro.

    • Ordenamento de aeroportos não é mercado ou big bbrother. Há de considerar externalidades ! Aliás no seu péssimo paralelo há praias que se limitam Veja Fernando de Noronha

  18. O caro ex-Secretário é mais um a achar que a questão do Galeão vai ser resolvida em uma simples “canetada” e a empurrar para um futuro ad eternum a ligação do aeroporto à cidade por um sistema de transporte rápido, seguro e eficiente por trilhos (que atenderia não só a passageiros dos voos, mas aos trabalhadores do Galeão e moradores da Ilha do Governador, tão mal servidos por transporte de massa). Limitar os voos no Santos-Dumont não vai dar mais voos ao Galeão, mas sim concetrar a ponte aérea Rio-SP e deslocar os voos para os demais Estados para os hubs paulistas. Creio que, uma vez dada a partida para a integração do aeroporto à cidade por trilhos, à solução do problema do roubo de cargas no RJ (que permitiria integrar de forma mais efetiva o Terminal de Carga aos modais marítimo e rodoviário) e a captação de indústrias do ramo aeroespacial e MRO para a área industrial do aeroporto (que o RJ vem perdendo para seus vizinhos SP e MG e até para o RS), o fortalecimento do TECA com a criação de um centro de triagem e distribuição de encomendas internacionais dos Correios e Receita Federal (hoje limitados a SP e Curitiba) e a redução das tarifas aeroportuárias praticadas pela RIOgaleão (uma das principais queixas das companhias aéreas) permitiriam, sim, que posteriormente se pensasse em limitar o Santos-Dumont aos voos “business” (direto ao centro de São Paulo e Belo Horizonte, leia-se Congonhas e Guarulhos, a Brasília e a aeroportos regionais dos Estados vizinhos) e transferir todos os demais para o Galeão.

    • A limitação de voos é fundamental pois é a única que garante a conectividade via galeao e o transforma em hub de voos internacionais. Quanto aos trilhos não sairá agora é muito bom para Ilha do Governador mas não tão necessário ao galeao e basta vê o caso de Heatrow em Londres

      • O que ocorre em Heathrow? Explique melhor. Trata-se do aeroporto mais movimentado da Europa com quase 80 milhões de passageiros/ano. Se não me engano, trata-se do maior aeroporto internacional do mundo. Se não for o maior, é o 2° maior, já que Dubai cresceu muito nos últimos anos. É conectado à cidade seja por metrô, seja pelo trem Heathrow Express, que é um trem rápido que faz a conexão direta de Heathrow com a estação de Paddington, no centro de Londres. Trata-se de um trem especial, que transporta um número menor de passageiros, mas há espaço para malas grandes dentro do trem. Sua passagem é bem mais cara, já que leva-se menos de 20 minutos de Paddington a Heathrow, numa distância de quase 30 km. Mas, se você não quiser pagar mais, use o metrô comum. A única limitação séria de Heathrow está no fato de só ter duas pistas. Para um aeroporto que recebe esse número de passageiros e um número enorme de voos, é um complicador.

        • Em Heatrow nem 20 % dos passageiros são alimentados pelo sistema de trilhos que aliás tem seu uso maior por funcionários. Transporte por trilhos é um complemento importante porém não sairá pela complexidade em menos de 10 anos após se tomar a decisão de fazer. Há um conjunto de outras intervenções que são rápidas e mais baratas as. Aliás pesquise aqui n site pois fiz esse estudo e publiquei

          • Os principais aeroportos da Europa têm transporte ferroviário ligando a cidade a eles (Heathrow, Gattwick, em Londres, Charles de Gaule, em Paris, Barajas, em Madrid, Schipol, em Amsterdam. Todos aeroportos de grande porte. São Paulo já faz isso com GRU, com o trem que vai da estação da Luz ao terminal 1 e um futuro aeromóvel ligando o terminal 1 aos demais. Eu mesmo usei o Heathrow Express e achei excelente. Lembrando que o Heathrow Express não é um trem comum. Concordo com você que a ligação ferroviária não sairá no curto prazo, mas temo que, dando-se uma solução de curto prazo, a de longo prazo seja engavetada, e GIG nunca venha a deslanchar. Como eu já disse em outros comentários, já tivemos inúmeras oportunidades de construir essa ligação ferroviária (na construção da linha Amarela, na preparação para a Rio 2016), e nada saiu do papel e nem foi cogitado. Além disso, não é só a insegurança das vias que trava o crescimento de GIG, mas também o congestionamento delas, aumentando consideravelmente o tempo de deslocamento das pessoas do e para o aeroporto.

  19. O Rio de Janeiro não tem um minuto de paz e nós ainda somos considerados os malandros, a malandragem paulista não encontra limites e não é só na questão do Galeão viu, são em várias coisas.

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