A Vinícola Maturano, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio, realizou no último dia 14 de julho a sua primeira colheita. Cerca de 50 pessoas acompanharam de perto a vindima em evento promovido pelos sócios Marcelo Maturano, Fernanda Maturano e Manuela Maturano. De acordo com Manuela, atualmente, a propriedade tem 18 hectares já implantados, sendo que a meta é adicionar mais 32, totalizando 50 hectares com três terroirs diferentes. “Todos tiveram a chance de degustar as uvas diretamente do pé e ainda apreciaram as explicações da nossa enóloga Mônica Rossetti e do nosso agrônomo Frederico Novelli”, destaca a sócia.
Segundo Manuela, o empreendimento tem 100% de mão de obra local. “Faremos a nossa primeira produção de vinhos com um parceiro da região e, em setembro de 2025, estaremos com a Vinícola Maturano totalmente implementada”, afirma Manuela. De acordo com ela, o objetivo para este ano é produzir 40 mil garrafas. Já para o ano que vem, a expectativa é chegar a 100 mil garrafas. A programação também contou com palestra de Marcelo Maturano e de um vídeo sobre o empreendimento. “Ao longo da minha vida profissional, fundei 23 empresas e a vinícola, certamente, é o meu filho favorito”, ressalta o empresário.
Na avaliação da enóloga Mônica Rossetti, a vinícola será de grande importância para a região e para o país. “Com toda a experiência que tenho entre Brasil e Itália, fiquei impressionada com o desenvolvimento da Vinícola Maturano, pois os vinhedos estão demonstrando um retorno muito positivo. Para esse grande empreendimento, estamos buscando um conceito que valoriza o terroir de produção, mas sempre com um olhar internacional. O nosso objetivo é que a vinícola seja uma referência no Brasil e no exterior”, explica a especialista.
Uva cuidada por monge beneditinos
Outra novidade é que a Vinícola Maturano terá, em breve, uma uva rara, de mesmo nome, por meio de acordo assinado com a Pesagro Rio (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro). A uva Maturano é originária da região de Lazio, na Itália, especificamente de Picinisco, na província de Frosinone. A espécie é de extrema importância para os habitantes locais. “A Maturano é uma variedade autóctone, ou seja, ela não tem ‘pais’ conhecidos. Cuidada por monges beneditinos por mais de 500 anos, essa raridade foi catalogada apenas na década passada durante um programa para reconhecimento de castas nativas italianas. Com o apoio da Pesagro Rio, agora teremos um legado centenário para a vinícola Maturano, enriquecendo a nossa produção com uma joia italiana”, comemora Manuela.
Além da vinícola, o empreendimento terá hotel de 48 quartos em cima e 13 lofts na parte de baixo, um heliponto com serviço de hangaragem de até cinco helicópteros e um condomínio de 206 terrenos, com uma área de lazer de 14 mil metros quadrados, que inclui quadras de tênis e beach tênis, duas áreas gourmets e piscina, entre outros itens.