Durante o período de pandemia da Covid 19 uma das questões importantes definidas pelos aplicativos de transporte foi a necessidade da verificação prévia do uso de máscaras, muitas vezes exigindo fotografias dos passageiros e até motoristas. Aliás, esses apps, apesar de uma série de problemas que possuem na cobrança extremamente elevada de encargos aos seus motoristas, verificam a regularidade do veículo e se o motorista possui habilitação, que é o mínimo que se espera de um serviço que se oferta a clientes.
Infelizmente, os aplicativos de alimentação têm sido extremamente lenientes em uma série de questões, não somente com seus consumidores, mas também com toda a sociedade, pois não exigem dos seus parceiros, os motoqueiros, tenham suas motos devidamente habilitadas e que usem equipamentos de proteção como capacetes, sapatos fechados e principalmente que as motos tenham placa e que sejam habilitados junto ao DETRAN.
Em diversos bairros do Rio de Janeiro, e posso dar como exemplo a Ilha do Governador, se tornou comum ver motoqueiros portando as belas mochilas da Uber eats e do Ifood sem capacete, com a moto sem placa, e possivelmente dirigindo sem a devida habilitação.
É claro que a grande maioria dos motoqueiros são pessoas trabalhadoras e honestas e que transformam essa atividade no seu meio de vida profissional, diante da falta de oportunidades no mercado de trabalho, mas essa bagunça e total falta de controle abre brecha para que se tenham assaltos já que existem diversos registros quanto a isso no próprio bairro exemplificado.
Não é difícil, tal qual os aplicativos de transportes fazem, que os aplicativos como de comidaexijam que os motoqueiros que trabalham em parceria mostrem que suas motos estejam devidamente regularizadas e com placas e que seus motoqueiros comprovem estar habilitados, e principalmente que estejam saindo com equipamentos de proteção.
A própria Uber eats e o Ifood tem a obrigação de criar programas ajudando pra que as motos sejam habilitadas, evitando que se utilizem, até motos roubadas, e inclusive financiando para que seus prestadores de serviço indiretos possuam obter a habilitação e fazer a regularização da moto.
É um absurdo completo que essa situação perdure e que esses aplicativos que tem como seus detentores as grandes corporações, não tenham essa preocupação e o mínimo de colaboração a sociedade e especialmente à segurança daqueles que trabalham, pois pessoas sem equipamentos de segurança e dirigindo não habilitados colocam em risco a sua própria vida, pois além de tudo, não possuem qualquer cobertura social posterior para acidentes já que sequer possuem relação de emprego formal.
Uma cidade como o Rio de Janeiro, e sua vasta região metropolitana que abrange mega regiões como a Baixada, Niterói e São Gonçalo, não pode permitir tal atividade. E os próprios órgãos de segurança, como a PM, certamente estão muito preocupados quanto a isso, pois milhares de motos rodando sem placa é algo inaceitável e uma situação permanente de insegurança e sequer impossível rastrear em sistemas de câmeras de vias públicas.
Não dá para esses aplicativos continuarem com essa postura de avestruz. Eles devem agir imediatamente, fazer também a sua parte estabelecendo um mínimo de ordenamento e rotinas para que suas atividades empresariais não sejam pavimentadoras da desordem, do crime e de acidentes fatais de trânsito. O que se espera são atitudes e rotinas práticas, não só proibindo, mas oferecendo canais para que esses seus colaboradores indiretos possam estar regulares com seus veículos e utilizando equipamentos modernos de proteção e, principalmente, não permitindo que qualquer entrega se faça com motos sem placas e através daqueles que não estejam habilitados.
PS. Recebi uma ligação do Jornalista Danilo da Uber esclarecendo que a Uber Eats não opera mais no Brasil desde março desse ano o que realmente procede e aqui registro a pedido. Durante o diálogo de esclarecimento o Assessor de Comunicacao não soube, porém me responder se existe pela Uber Eats um programa de recolhimento das mochilas que ainda continuam circulando com sua marca em motos, muitas sem placa e a razão de, enquanto operaram, não terem desenvolvido um programa diário de compliance com a verificação da regularidade dos motoqueiros e motos que prestavam serviços a seus parceiros.
a responsabilidade do motorista não pode ser da empresa. não será o Ifood que reverterá o índice de acidentes anual, se um motoqueiro não respeitar as regras de trânsito e de segurança.
Esse tal de Victer (aquele que vive pulando de cargo em cargo no governo) só dá palpite infeliz. Lamentável
A situação é tão grave na cidade de Belo Horizonte que esses entregadores do iFood não respeitam nenhuma regra de trânsito.
Transitar na s calçadas , na contra mão de direção, avançar o semáforo vermelho, estacionar a motocicleta em locais proibidos, tudo isso se tornou rotina na cidade.
COM TOTAL LENIÊNCIA DA POLICIA MILITAR.
EM BH, A POLICIA MILITAR FECHOU OS OLHOS PARA ESTA SITUACAO.
Muito estranha a matéria.O estado democrático de Direito está terceirizado seus mínimos afazeres.
Já está tudo privatizado???Fala aí Redação…..
Achei que habilitação e emplacamento fossem normativas do estado, não?!? Equipamento de segurança, responsabilidade do indivíduo, não?!? O estado é ineficiente, péssimo em gerir suas próprias regras e deseja repassar sua responsabilidade de fiscalizar para o privado?!? Qual a lógica no conteúdo dessa matéria?!? É querer falar mostrar como governo não serve pra nada e a iniciativa privada resolve a questão por saber gerir melhor do que políticos?!? O autor quis dar uma “canhotada” mas deu errado..