Muitas pessoas no cotidiano não conseguem decodificar algumas questões que têm importância em suas vidas, tanto na escala macro da economia do país, quanto na micro como: na aplicação no seu próprio jardim.
Como estamos vivenciando a chamada crise diversa derivada do conflito Rússia x Ucrânia, tem repercutido muito na grande mídia a questão da dependência de fertilizantes que o país tem para dar continuidade à sua elevada fronteira agrícola, especialmente o agribusiness.
Aqueles que já foram em lojas de venda de produtos para jardinagem ou grandes centros de venda de mudas, já devem ter se deparado com alguns saquinhos que parecem bolinhas tricolores (e que muitos consideram ser uma homenagem ao meu grande Fluzão). Na verdade, esses são os fertilizantes NPK, e cada cor representa uma dessas 3 letras.
Decodificando em uma abordagem simplista para leigos, NPK é o resumo dos chamados fertilizantes a base de nitrogênio, fósforo e potássio, em referência às letras que representam os elementos na tabela química periódica. A letra N se refere aos nitrogenados (à base de nitrogênio), P aos fosfatados (à base de fósforo), e K aos que contêm potássio.
Cada um desses 3 tipos de fertilizantes tem a sua própria cadeia de produção e todos os 3 são igualmente necessários para uma agricultura de sucesso. Portanto, ao passar em um horto ou floricultura e pedir um NPK, você estará vendo uma situação para um micro belo Jardim que também se aplica para um macro latifúndio. É um olhar simples do cotidiano e que vale a pena reparar e até usar.
Um deles ainda se relaciona com a guerra na Ucrânia: os chamados fertilizantes tipo N, Nitrogenados, são fabricados majoritariamente na Rússia com o gás local, e graças às recentes sanções econômicas, o mercado internacional passou a ter uma escassez desse tipo de produto, que é fundamental para a continuidade da agricultura brasileira já que temos produção mínima de fertilizantes nitrogenados no país.
Nessa linha, o legislativo estadual, pela ALERJ, acaba de produzir um Plano Estadual de Fertilizantes por meio da Lei estadual 9716/2022. A lei é bastante pioneira e traz perspectivas para o Rio de Janeiro por conta de seus Portos. Sem dúvida alguma, a importância desse tema faz com que cada vez mais isso esteja presente na mídia.
Um detalhe para os leitores dessa crônica é o de nunca colocar muito dessas bolinhas juntos as raízes, basta espalhar próximo, porque com a própria umidade e com a rega ela irá com o tempo se dissolver e tornar seu jardim ainda mais bonito.
Perdi meu tempo lendo a lei kkkkkkkk tanta burocracia, comitê e etc… pra ter isenção de ICMS… o “custo” Rio de Janeiro não vale merecemos… mais uma lei inútil kkkkkk
Sorte que com a concessão à iniciativa privada, o investimento no saneamento começará a ser feito para tudo isso mudar. E aí “fertilizante” será apenas o composto nitrogenado que a matéria está comentando. Amém.
Wagner Victer, ex-presidente da CEDAE. Já esqueceu daquela empresa estatal que garantiu por mais de 50 anos que muito “material orgânico” não tratado fosse e seja jogado in natura nos rios, baía e mar? Os fluminenses estão cheios de sedimentos orgânicos de toda sorte – inclusive andamos bebendo na água do Guandu. Os fluminenses sabem muito bem desses “fertilizantes”… Um brinde à saúde, com um gostoso copo de água gelada cheia de coliformes e geosmina!