Na Engenharia, grandes acidentes normalmente dão um sinal antes de acontecer, até porque o processo que leva a um colapso acaba sendo progressivo a partir da deterioração de uma estrutura. Isso não acontece somente nas construções de Engenharia Civil, mas com a própria natureza, como é o caso das encostas e de seis Amendoeiras que ficam na Rua Aristarco Ramos, entre a Rua Domingos Segreto e a Praça Papai Noel no Monero, na Ilha do Governador.
A Amendoeira é uma espécie invasora, não sendo original da Mata Atlântica. No passado foram plantadas na urbanização em muitas ruas da nossa cidade, em especial na Ilha.
O problema é que as amendoeiras têm um crescimento fora do padrão de uma árvore de urbanização, chegando a uma altura superior a 20 metros, como já é o caso dessas seis amendoeiras, que ao mesmo tempo, em função da falta da rotina de poda da “copa”, acabam iniciando seu processo de crescimento de raiz com queda de calçadas e inclinação e, nesse caso especificamente, além de colocar em risco a vida de pessoas e veículos, seu porte pode derrubar a rede elétrica aérea da Light, deixando o bairro alguns dias sem energia elétrica pela dimensão do acidente que acontecerá.
A reação ao crescimento que se observa nas raízes arrancando o solo é uma própria reação natural a falta da poda de “copa”, pois é uma maneira da árvore naturalmente buscar sua sustentação física, acabando logicamente com as passagens para idosos e pessoas com deficiência nas calçadas e transformando em um caos o sistema de mobilidade. Essa é uma questão que conseguimos observar na Engenharia para quem estuda a disciplina de “Mecânica I”, como um momento aplicado na raiz em função da elevação do centro de gravidade da árvore e os esforços aplicados pelo vento constante na copa, que funciona como coletor dessa intempérie.
Essas árvores, portanto, vão cair. Basta ver a inclinação de algumas… e requerem, todas, uma poda de “copa” imediata, como podemos ver em fotos.
Sem querer mais uma vez pré-anunciar um acidente, mas já colocando que é fundamental a parte que se coloca para uma ação preventiva, e aí não é somente a atribuição da Light, pois não há até o momento conflito com a fiação aérea, mas é fundamental a poda brutal dessa “copa”, para reduzir os esforços que acontecem naturalmente com o próprio vento.
Tenho a expectativa que a Comlurb, que a Subprefeitura da Ilha e até a Fundação Parque e Jardins (não sei se cabe a eles), entrem imediatamente podando as “copas” dessas árvores, que por acaso fotografei quando o Prefeito Eduardo Paes, está vindo na Praça Papai Noel, anunciar o seu restauro, o que foi uma boa notícia.
As seis Amendoeiras que irão cair e vistas nesse texto são apenas um exemplo do olhar cotidiano que temos que ter na prevenção de acidentes de grande monta.
Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.
Em 2009 com muito esforço conseguimos a REMOÇÃO completa de uma amendoeira enorme em frente ao prédio 241 da Rua Repouso, onde a minha finada avó morava no segundo andar.
Nesse caso específico, faltava pouco para cair sobre o prédio, mas esse nem era o principal problema. O principal era que a amendoeira estava colada a um poste com transformador. Na verdade, ou mudava-se o poste com o transformador, ou a árvore. Para os moradores não fazia diferença, desde que o risco de acidente fosse gerenciado. Na época optou-se por remover a árvore que foi mais barato.
Curioso é ver que ele só defende esses problemas no bairro dele, Monero, a Ilha do Governador precisa de serviços emergenciais, como saneamento, despoluição das praias, entre outros problemas maiores, coisa que não vejo ele tratar.
Será que a Ilha só tem esses problemas no Monero?
Baoba também não é árvore originária da Mata Atlântica.
Vamos cuidar dos mangueiras que estão morrendo a cada dia.
Que se pode as amendoeiras mas que a Comlurb não as suprima, mesmo sendo invasoras, já que com certeza após as supressões não se farão as destocas e e FPJ não fará os replantios conforme legislação vigente…
Que se pode as amendoeiras mas que a Comlurb não as suprima, mesmo sendo invasoras, já que com certeza após as supressões não se farão as destocas e e FPJ não fará os replantios conforme legislação vigente.
POR OPORTUNO, PEDIDO DE PODA AMENDOEIRA RUA GRAO DE AREIA -CALÇADA DO Nº68
SOLICITADA EM DEZ 2021,DETERMINADA A REMOÇÃO, AGUARDANDO LIGHT –
PERMANECE SEM PROVIDÊNCIAS, risco de acidente para pedestre e trânsito devido
estar a árvore com tronco e galhos secos- sem folhagens, galhos se desprendendo….
Reiterado a solicitação com alerta do risco e até presente data não atendida.
Lamentável, que essa amendoeira chegou a tal estágio justamente por erros de poda e
posteriormente, cerca de 4 anos, ausência do serviço.
É descaso subprefeitura, prefeitura, parque e jardins, ou melhor, descaso comportamental
das pessoas.
Socorro PREFEITURA RIO para Ilha do governador!
Está havendo muita poda assassina pela Comlurb e Light em todo canto da cidade.
Árvores de rua estão recebendo poda drástica, mutilando e que resulta na morte de muitas.
Há parques que de verde só sobrará as gramas.
Estive no Parque do Flamengo e, cada visita, está uma vergonha de Parque – triste para um projeto de tão importante paisagis
O problema não são as amendoeiras… mas, sim, quem não planeja e trata direito da questão.
Muitas árvores tem o seu redor encoberto por cimento, pedras e até azulejos. Sem receber água, as raízes começam a fazer diferentes caminhos.
Tem as que caem de doentes, sem cuidados, enfraquecem, sofrem ataque de pragas, cupins…
E a questão da afetação da rede aérea de energia, estamos no século XXII, e várias grandes cidades do mundo as redes passaram para subterrânea.