Quem usa o Waze no Rio de Janeiro sabe que as vezes o caminho mais rápido para determinado destino as vezes te joga em cada quebrada, aqui de casa (Freguesia) para Curicica, por exemplo, me joga dentro de uma favela. E quando tenho de ir para a Tijuca quase me faz subir o Boréo. Ou seja, não é exatamente uma boa para alguém que desconhece completamente a cidade, como é conhecido caso de quem foi assaltado ou até assassinado por confiar demais nos programas de GPS.
Pois então, o Waze disponibilizará a partir da próxima quarta-feira (3) o recurso “alerta de área com risco de crime” emitirá um aviso visual e sonoro aos motoristas da cidade. Será a primeira cidade do mundo com o recurso.
A funcionalidade mostra quando um usuário se aproxima de uma zona considerada perigosa. Vinte e cinco regiões foram mapeadas a partir do cruzamento de informações do Waze – que identificou quais vias já costumam ser evitadas por motoristas – com a base de dados do Disque-Denúncia, iniciativa sem fins lucrativos que faz a conexão entre cidadãos e autoridades governamentais. A nova configuração-padrão faz parte do conceito do Waze em disponibilizar o máximo de informações aos motoristas, como a notificação de congestionamento, de buracos nas ruas, de perigo climático, de acidente e da presença de polícia.
“Há três anos, nossos editores de mapas passaram a discutir como implementar a função. O desafio foi grande porque sabemos que o Rio tem centenas de favelas, mas muitas são comunidades vibrantes, com uma cultura incrível, em que as pessoas são encorajadas a explorar.” O recurso exigirá que os motoristas confirmem o endereço pretendido antes de dirigirem. Ele também redirecionará os usuários que, por acidente, entrarem nas áreas mapeadas com o Waze aberto, mas sem destino determinado. “Devido à geografia do Rio, é fácil se perder. Essa configuração dá a informação de antemão aos motoristas leigos na cidade, para que tenham a chance de contornar determinada rua caso desejem. Com o cruzamento de dados, nosso critério foi reunir as áreas com o maior histórico de criminalidade“, diz Paulo Cabral, responsável pelo crescimento do Waze na América Latina.
A função será atualizada de forma constante e não terá interferência direta do usuário. A partir do momento em que determinada região for notificada com assaltos ou, o contrário, se tornar mais segura, ela será revisada pela equipe do aplicativo.
Fonte: Experiências Digitais/Época