Neste sábado, dia 2 de setembro, acontece a 7ª Caminhada de Combate à Intolerância Religiosa na Zona Oeste, ato organizado pelo Movimento Inter-religioso da Zona Oeste (MIRZO) e o Coletivo TudoNumaCoisaSó, contra a discriminação às diferentes formas de crença. Tenho a alegria de ter sido um dos responsáveis pela criação dessa manifestação pacífica, que se mostra cada vez mais importante nos dias de hoje.
Minha trajetória está intrinsecamente ligada à luta por direitos e no combate às desigualdades que cortam a cidade do Rio. Professo a fé cristã e foi com Cristo que aprendi a praticar e partilhar o amor, sabendo que bem-aventurados são os que têm fome e sede de justiça, pegando emprestadas algumas das palavras do apóstolo Mateus (5:6). Por isso, minha atuação como vereador do Rio de Janeiro não poderia ser diferente: desde o primeiro dia como representante eleito da cidade, estou empenhado no enfrentamento a todas as formas de preconceito. E não é para menos.
Segundo as informações recebidas pelo Disque 100, o estado do Rio de Janeiro fica em segundo lugar, atrás apenas de São Paulo, quando o assunto é intolerância religiosa. Infelizmente, são muitos os casos de ataques físicos e verbais contra aqueles que praticam a sua fé, além da depredação de templos. Constantemente vemos reportagens sobre alguns desses episódios, principalmente contra as religiões de matriz afro-brasileira, descortinando mais uma face cruel do racismo estrutural no país.
Como nos ensina o professor doutor Babalawo Ivanir dos Santos, “a intolerância religiosa e o racismo estão entranhados nas relações sociais cotidianas, culturais, políticas e econômicas. E é ela, a intolerância, que vem se apresentando como um dos nossos maiores desafios contemporâneos diante das possibilidades para a promoção e o fortalecimento das tolerâncias e das equidades religiosas”.
Também é importante frisar que seis a cada dez vítimas que sofrem com a intolerância religiosa são mulheres, um dado que também deixa claro o componente de ódio contra o gênero nesses casos de violência. Por isso, precisamos tanto reconhecer a nossa sociedade como racista e machista, para romper uma estrutura nociva através da educação, do diálogo e da responsabilização criminal. Normalizar, atenuar e relativizar a gravidade desses atos nos condena ao atraso e à barbárie.
Nossa constituição garante o direito à liberdade de culto e crença. Logo, fortalecer o diálogo, combatendo os discursos de ódio e discriminação, além de urgente, é um posicionamento a favor da democracia.
A exemplo dos anos anteriores, estarei na 7ª Caminhada Inter-religiosa da Zona Oeste e convido a todos para lutar lado a lado por igualdade e justiça para todas as manifestações de fé. Precisamos dar um basta ao racismo religioso e à intolerância que assombram a nossa cidade e toda a região metropolitana.
Como representante do Poder Legislativo do Rio de Janeiro, reitero minha disposição na linha de frente dessa luta.
cada um segue a fé que quiser. ninguém tem o direito de atacar e destruir simbolos religosos. que os exaltados aprendam isso.