O governador do estado, Wilson Witzel, afirmou nesta sexta-feira (08/11) que destinará a verba para os hospitais da rede municipal de saúde, Albert Schweitzer, em Realengo, e Rocha Faria, em Campo Grande, mesmo sem a assinatura do contrato de cessão do Sambódromo entre o estado e a prefeitura. De acordo com o Witzel, prefeito Marcelo Crivella pediu mais 15 dias para assinar o documento que transfere o espaço ao estado.
A afirmação foi feita pelo governador a jornalistas, após a cerimônia de formatura da nova turma de soldados da Polícia Militar, no centro de formação da corporação, em Sulacap, Zona Oeste.
A Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu adiar a transferência do Sambódromo para o governo estadual. A decisão segue uma orientação da Procuradoria-Geral do Município e de alguns vereadores que acreditam que a cessão do equipamento poderia ser contestada na Justiça.
“Independente da assinatura da cessão do Sambódromo, vamos fazer o aporte dos recursos para os hospitais. Vamos tratá-lo como uma questão à parte. Estamos muito preocupados com as obras que temos que fazer no local e também com o tempo. O prefeito me pediu mais 15 dias porque os vereadores entenderam que tem que ter uma lei autorizando a cessão ao estado. Do meu ponto de vista, não existe previsão legal para isso, mas vamos conversar com os vereadores para resolver esse impasse o mais rápido possível”, disse o governador.
Ainda segundo Witzel, o município não tem condições de fazer as obras necessárias ao Sambódromo.
“São intervenções de quase R$ 40 milhões. Nós vamos fazer apenas R$ 9 milhões em obras necessárias para evitar que o espetáculo sofra qualquer paralisação, como aconteceu este ano quando, pouco antes da abertura da avenida, tudo foi fechado por decisão judicial”, destacou Witzel.