Desde a fusão entre os estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, e aí se vão quase 45 anos, nunca antes na história teve um governador com tão pouco apoio na ALERJ quanto o Wilson Witzel (PSC). A informação é do Agenda Poder, que lembra que sua vitória não foi fruto de uma construção política das forças partidárias, e sim de do distanciamento da política tradicional.
Witzel tem, ou teria, apenas 2 deputados em sua base Márcio Pacheco e Chiquinho da Manqueira, ambos do PSC, mas o último está preso devido as operações do Furna da Onça. Mesmo que levasse em conta a proximidade ideológica com o PSL, a base seria de apenas 13 parlamentares. Bem menor do que os 19 deputados estaduais eleitos na base de Garotinho em 1998.
E o governador ainda tem um problema maior, o PSL está longe de estar próximo dele. O Zero Dois, como é chamado o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o vereador Carlos Bolsonaro, disse em twitter que ele, seu irmão Eduardo Bolsonaro e seu pai não tem nenhuma ligação com Wilson Witzel. E deixa claro que a ligação do governador é apenas com o senador eleito Flávio Bolsonaro, fato lembrado por Paulo Capelli em O Globo.
Sabendo que agora vai ter de dançar conforme a música, Witzel diz que não se meterá na campanha para presidente da ALERJ.Só que ele tem dado sinais que apoia o, vejam só, petista André Ceciliano. Além disso, nomeou hoje, 11/1, como Secretário de Administração Penitenciária, cita Berenice Seara/Extra, o ex-PM Alexandre Azevedo de Jesus, que já trabalhou no setor — e, de lambuja, ainda é uma pessoa querida na Assembleia: ele recebeu a Medalha Tiradentes de Marcos Muller (PHS), cotado para o cargo de 1º secretário na chapa costurada por André Ceciliano (PT). O secretário anterior, André Caffaro, ficou menos de 10 dias na cadeira.
Acho que mais uma vez fomos enganados!