Na quinta-feira comentei que Eduardo Paes não poderia ser candidato, afinal ele deveria ter pedido afastamento no dia 4 de junho, quarta-feira, para que sua exoneração saísse no Diário Oficial do dia 5 de junho. Tanto é isso, que inventaram que sua exoneração foi retroativa. Apesar de que nem Paes sabia que ia pedir exoneração até a briga do PMDB com o PT.
Se assim não fosse, Regis Fitchner também teria saído ontem e não no dia 4.
Cabral e os aliados de Eduardo Paes, como o vice-governador Luiz Fernando Pezão, sabe de como a candidatura de Paes é arriscada juridicamente. Tanto que para defender a esquisita exoneração feita às pressas, Pezão disse o seguinte:
Fui eu que assinei a exoneração. Não há problema algum nela. Já tínhamos programado que ele seria candidato a vereador, como puxador de legenda – defende Pezão.
Hummm…. ok… mas se Eduardo Paes fosse candidato a vereador, deveria ter sido exonerado dois meses atrás. Esse é o prazo de descincompatibilização (seis meses antes das eleições) para que ocupantes de cargos como o dele concorram a vereância.
Então fica a pergunta, por que mentiu Pezão?
Isso pode atrapalhar muito os ânimos exaltados na reunião que os caciques do PMDB terão segunda-feira. E quem sabe, Marcelo Itagiba acabe por se consagrar candidato do partido?