O presidente da República, Jair Bolsonaro, terá até 72 horas – a contar a partir desta quarta-feira (06/05) -, para explicar à Justiça Federal de Brasília os motivos que levaram à troca no comando da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro.
Na última segunda-feira (04/05), o novo diretor-geral da PF, Rolando de Souza, tomou posse do cargo e uma de suas primeiras atitudes à frente da pasta foi a substituição das superintendências de 5 estados brasileiros: Alagoas, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins.
No RJ, então superintendente, Carlos Henrique Oliveira – que, agora, ocupará o cargo de diretor-executivo da Polícia Federal -, deu lugar ao delegado Tácio Muzzi.
As explicações à Justiça Federal de Brasília atendem a uma solicitação de Rubens Nunes, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL). Segundo ele, a troca no cargo, considerado estratégico em investigações, pode ser considerada ilegal.
A Advocacia-Geral da União, por sua vez, disse não ter sido notificada oficialmente sobre a decisão e que, por isso, tomará as ”medidas judiciais cabíveis”.
Quem também irá analisar a substituição no cargo será a Procuradoria Geral da República (PGR). Essa investigação será um desdobramento pertinente ao inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito das denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, contra Bolsonaro, argumentando que o atual presidente estaria tentando interferir politicamente na PF.