Na segunda matéria da série #RioDoente, que mostra a desigualdade social da cidade do Rio Janeiro refletida na saúde, falaremos sobre a mortalidade materna, que é quase 6 vezes maior nas áreas mais pobres do Munícipio.
Na cidade do Rio de Janeiro, a mortalidade materna é de 88.3 para cada 100.000 habitantes. Segundo os especialistas, os números são graves e pioram dependendo da região onde se está.
De acordo com dados do gabinete do vereador Paulo Pinheiro, na Área de Planejamento (AP) número 5.2, correspondente ao bairro de Campo Grande e adjacências, a mortalidade materna é de 153 mulheres para cada 100.000 habitantes. Na Zona Sul, AP 2.2, é de 30.6.
Em Bangu, Área de Planejamento 5.1, é mais baixo que Campo Grande, mas o dobro da Zona Sul. São 65.3 mortes de mães para cada 100.000 habitantes.
Segundo dados da Coordenação Geral de Atenção Primária do município, a OS Iabas era a responsável pelo atendimento das clínicas da família da AP 5.2, região de Campo Grande, que registrou de 2018 para 2019 um aumento de 291% da taxa de mortalidade materna.
“São números inaceitáveis para uma cidade com a capacidade, importância e tamanho como é o Rio de Janeiro. É preciso retomar o investimento em massa na saúde básica, que salva vidas todos os dias, em ações, aparentemente pequenas, mas que acabam evitando que problemas maiores aconteçam posteriormente”, opina o médico André Correa.
A primeira matéria da série #RioDoente foi sobre a mortalidade de recém-nascidos. A última falará sobre a tuberculose na cidade do Rio de Janeiro.
Que absurdo! É claro que a Zona Oeste da Cidade vai apresentar um índice estatístico maior do que a Zona Sul da Cidade. Aqui está a maioria da população da Cidade. Campo Grande é o Macro Bairro que mais cresce em população, graças aos vultosos investimentos do setor imobiliário. O que o Vereador não informa é montante dos recursos destinados à Saúde que são aplicados na Zona Oeste.