Motoristas de ônibus voltam ao trabalho após paralisação no Rio, diz TRE-RJ

Na manhã deste domingo de eleições (29/11), o TRE-RJ acionou a Polícia Federal contra uma paralisação de motoristas de ônibus no Rio. Segundo o tribunal a “paralisação é ilegal e representa grave impedimento e embaraço às eleições”

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TRE e PF entram na empresa para tentar negociação — Foto: Marcos Serra Lima/G1

Os motoristas de ônibus das viações Redentor e Futuro voltaram a circular normalmente às 11 horas deste domingo (29) após uma paralisação nesta manhã, segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ).

A Polícia Federal chegou a ser acionada para intervir. Para o TRE-RJ, a “paralisação é ilegal e representa grave impedimento e embaraço às eleições”.

Os funcionários decidiram entrar em greve durante a madrugada. A paralisação atingiu moradores das regiões de Jacarepaguá, Barra da Tijuca e Recreio, na Zona Oeste da cidade.

Os motoristas dizem que as empresas querem dividir o 13º em oito parcelas e não estariam recolhendo o FGTS e o INSS, entre outras reclamações.

O TRE disse ainda que as “lideranças do movimento serão responsabilizadas”, conforme previsto na legislação. Os crimes, no entanto, ainda estão sendo apurados.

A Polícia Federal é sempre acionada em casos relativos à Justiça Eleitoral.

O juiz Luiz Márcio Pereira foi designado para acompanhar as negociações. Por volta das 9h40, ele estava em frente à garagem da Viação Redentor.

Consórcio Transcarioca

Em nota, o Consórcio Transcarioca, responsável pelo transporte na região, disse que foi surpreendido pela paralisação e que as empresas vinham negociando o parcelamento do 13º salário (confira abaixo a íntegra da nota).

“O Consórcio Transcarioca informa que rodoviários das viações Redentor e Futuro decidiram paralisar as atividades na madrugada deste domingo, o que vem impedindo a saída de ônibus das garagens. O movimento tem impacto nas regiões de Jacarepaguá e Barra, incluindo localidades como Rio das Pedras, Cidade de Deus, entre outras.

As empresas vinham negociando o parcelamento do 13º salário, inclusive com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT), e foram surpreendidas com a paralisação neste domingo de segundo turno de eleição no Município do Rio.

A dificuldade das empresas de ônibus vem sendo anunciada publicamente há tempos, sendo consequência da mais grave crise já enfrentada pelo setor no Município do Rio.

O congelamento da tarifa há quase dois anos e a concessão de gratuidades sem fonte de custeio são algumas das causas do colapso econômico-financeiro que vem atingindo as empresas que circulam na capital, impactadas por uma brutal queda de receita que foi agravada pelas medidas implementadas de combate à Covid-19.

O Consórcio Transcarioca reitera seu respeito pelos rodoviários, mas faz um apelo aos profissionais para que as negociações sejam retomadas imediatamente e possam evitar que a paralisação neste domingo prejudique milhares de usuários eleitores que utilizarão o transporte público por ônibus para exercer o democrático direito ao voto.”

Falta de ônibus da Zona Oeste e denúncia de vans da Universal levando eleitores para votar em Marcelo Crivella.

De acordo com informações obtidas pelo DIÁRIO DO RIO, moradores de vários locais que estão enfrentando a greve dos rodoviários, relataram que vans estão saindo lotadas de Igrejas Universais para levar eleitores do atual prefeito às urnas.

Ainda de acordo com as fontes do DIÁRIO DO RIO, muitas dessas vans estão andando cheias de material de campanha de Marcelo Crivella.

Em regiões como as Vargens (Grande e Pequena), só tem van circulando. Os ônibus estão demorando mais de uma hora para passar e muita gente está desistindo de ir votar.

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