O jornal O Globo decidiu terminar com a coluna diária de Ancelmo Gois, um corte que pegou a todos de surpresa. Afinal, Ancelmo é um dos nomes mais conhecidos do jornalismo carioca, e sua coluna a favorita entre os leitores do O Globo, incluindo este que aqui escreve. Não eram poucos os anunciantes que pediam para que o anúncio saísse na página da coluna de Gois.
A coluna do Ancelmo continuará diária, na internet. Já no impresso, passa a ser semanal, aos sábados. Perde então quem assina e compra o jornal na banca, ou mesmo aqueles que leem O Globo direto no iPad ou outros tablets.
Essa perda no impresso do O Globo, faz com que o jornal perca, quase que totalmente sua carioquice. Isso, inclusive, é visto por terem contratado Vera Magalhães, que era do Estado de São Paulo, e falará de política nacional. E esse, parece, que será o maior enfoque do jornal a partir de agora.
Sem Ancelmo, não terá a mulata de Gois, os comentários sobre fatos do Rio que apenas ele dava, ou mesmo sua ironia com palavras estrangeiras. Ele representava o jornalismo carioca, a ironia, a informalidade, o amor pela cidade e seus encantos e desencantos. Ancelmo era um representante do jornalismo de outrora, sem ser antiquado.
O Rio perde sem Ancelmo diário, O Globo também. Aos poucos o jornalismo local do Rio de Janeiro vai se limitando aos espaços online, como o DIÁRIO DO RIO.
Mas nem fedendo (sic). O jornalismo marrom do colunista e sua equipe é forçado.