Algumas pessoas se enganam em questões caras a um município, afinal:
- Favela não é solução para crise habitacional;
- Camelô não é emprego;
- Vender produto pirata ou sem procedência não é trabalho honesto;
- E morar na rua não é digno.
Não vamos entrar no mérito da favela, afinal, a crise habitacional é esquecida pela esquerda e pela direita do Rio de Janeiro, que preferem discutir outros temas sobre a favela, menos acabar com ela e dar moradias dignas. Mas vamos falar de um dos maiores problemas da cidade, e que a Prefeitura do Rio prometeu resolver a partir de uma ação piloto no Centro do Rio: camelôs e moradores de rua.
Desde esta segunda-feira, 26/04, vários órgãos da Prefeitura começaram uma operação no Centro do Rio, mais especificamente no trecho que vai da Cinelândia até a Almirante Barroso, a operação foi chamada de “Área de Excelência Urbana 1“. Consiste, basicamente, em fazer todos os serviços públicos que se deve ter na cidade, limpeza, luz, segurança e ordem pública. Isso inclui, tirar os ambulantes e os moradores de rua (neste caso, continuam podendo dormir mas não morar na rua). E com ela o Centro revive, basta ver a foto do Bistrô Villarino com suas cadeiras na calçada.
A maioria dos cariocas é contra o atual número de ambulantes no Rio de Janeiro, de acordo com pesquisa do Instituto Rio21, 61,8% dos cariocas concordam que a atual quantidade de camelôs é prejudicial à cidade. E, sim, é altamente prejudicial! Atrapalha a movimentação do cidadão, o comércio legal é afetado, gera desemprego, incomoda o carioca e enfeia a cidade.
A desculpa dada é que o camelô está ali por causa do desemprego, é balela. Óbvio que há casos de quem ficou desempregado e teve de virar ambulante, mas muitos estão ali há anos. Outros falam que eles poderiam estar roubando, mas e aqueles que vendem produtos piratas e mercadorias roubadas? Estes também não estão cometendo crimes?
Vemos muitos ambulantes no Centro do Rio de óculos e produtos eletrônicos. Os óculos? Marca RayBan, piratas, claro. O mesmo com os produtos eletrônicos, que sem selo do Inmetro, são perigosíssimos. Fora que são produtos que se vendem em comércio formal.
Vale ressaltar que cada dia mais há ambulantes estrangeiros. Isso sem contar o pagamento pelos seus “pontos comerciais” às milícias e máfias que controlam algumas áreas da cidade.
E àqueles que ainda defendem o ambulante, no Centro tem o camelódromo da Uruguaiana, e se pode fazer outras locais onde eles sejam legalizados e não tornem a vida local insuportável. Já tentaram andar na Sete de Setembro? Certos trechos são impossíveis, especialmente quando passa o VLT.
Há vereadores criticando o projeto, pois acontece em um momento de pandemia. Mas o camelô irregular atrapalha justamente o regular, se canibalizam, vendem o mesmo produto um do lado do outro, enquanto um paga taxa e obedece as medidas da Prefeitura, o outro lucra mais e não obedece a nada. No lugar de ser contra a operação, alguns vereadores deveriam procurar forma de dar empregos dignos a quem procura neste momento. Quem sabe em um acordo com as empresas que hoje são atrapalhadas pelos mesmos ambulantes?
Quanto aos moradores de rua, já foi dito aqui no DIÁRIO DO RIO, a imprensa e parte dos cariocas os glamurizam, fazendo matérias de famílias que moram na rua, e mantém tudo limpinho. Uma besteirada, não se deve morar na rua, ao Poder Público deve se ter espaços para que estas pessoas vulneráveis possam viver com dignidade. E ainda mais, permitir colchonetes, pessoas deitadas durante o dia todo é uma vergonha para a cidade.
Isso acontecia exatamente na área em que está ocorrendo a operação da Prefeitura, a parte do prédio da Caixa Econômica Federal há anos é uma verdadeira favela, com as pessoas vivendo ali como se fossem casas. Não é, é local de passagem, é indigno, repito, uma vergonha pela cidade.
As Áreas de Excelência vêm um momento necessário, precisa-se recuperar o Centro do Rio. No dia da limpeza, restaurantes já colocavam suas cadeiras na calçada, ideal para períodos de pandemia, ideal para uma cidade turística. Que Paes e seus secretários continuem com este trabalho, e esqueçam esta parte minoritária da população que acredita defender os mais pobres, mas só os prejudicam.
Vai tomar no c*
O tema não é simples e é preciso cuidar para que não se torne mais uma cena política, como tantas outras que temos assistido sem nenhum resultado prático. Não se anunciam propostas capazes de acabar ou reduzir a incidência de moradores de rua e de camelôs na cidade. Se não houver um conjunto de ações coordenadas e que sejam capazes de atacar o problema em sua gênese, o que se vai fazer é transferir as mazelas de endereço. Os moradores de rua e camelôs reprimidos do centro partirão para Copacabana, Tijuca e outros bairros, e tal qual uma massa mole que, pressionada na mão, se esvai por entre os dedos, o problema apenas mudará de lugar, mas as fotos do centro ficarão lindas.
Cada caso é um caso o e deve ser avaliado com cautela.Pois nem todos estão nas ruas porque querem.
Os governos tanto federal como estadual e Municipal vem ja a alguns anos valorizando cada vês mais abrigos e abandonando projetos sociaiis ja existentes como O o aluguel social e o minha casa minha vida.
Sabemos que os abrigos são cabide de enprego e acaba gerando uma despesa maior do que pôs pronetoos sociaiis ja esistentes como o aluguel social e o minhha casa minha vida.
Digo isso na condissão de quem esta poor dentro do assunto na condissão de morador de rua.
(NEM TODO MUNDO ESTA NA RUA PORQUE QUER)
Perfeito, concordo plenamente com a matéria. E as pessoas viciadas deviam ser recolhidas e tratadas à força, sim, à força, pois não sabem se tratar sozinhas, estão sob efeito de drogas, não estão de posse de suas faculdades, infelizmente partidos de esquerda que se alimentam da desgraça alheia não deixam, emperram as leis e impedem na justiça o recolhimento compulsório, a miséria não é uma opção então o governo tem a obrigação de recolher e tratar; pessoas que vieram de outros estados deviam receber passagem para voltar de graça, favelas tinham que ser demolidas, o Rio precisa voltar a ser maravilhoso, cuidadno das pessoas, mesmo que elas não queiram, morar na rua não pode ser opção de vida.
Em 2019 tínhamos pouco mais de 5 milhões de pessoas vivendo em favelas. Hoje isso deve estar próximo de 5,5 milhões. Demolindo as favelas… Não vai ter muito mais gente morando na rua?
Finalmente alguém teve a coragem de falar sem hipocrisia. Embora tenham pessoas empobrecidas e desempregadas que moram na rua contra a vontade e estas precisam de acolhimento, existem outros que querem viver nas ruas para alimentar os seus vícios, sem assumir nenhuma responsabilidade. Espero que a Prefeitura veja a situação caótica da Zona Sul e tome as devidas providências, pois com a pandemia a população de rua do Centro invadiu os bairros dessa região, principalmente em Copacabana.
Estou lendo um jornal ou textão de Facebook?
Primeiro de tudo tem que fazer o senso da população em situação de rua.
Desenvolver Política para cada perfil, do que está na rua por conflito familiar ao que perdeu tudo por questão econômica mesmo.
Em todo caso, criar casas de passagem onde tenham lugar, no mínimo, para dormir – em diferentes pontos da região Central da cidade e de outras regiões que convivem com muitos casos.
Some-se a isso o fornecimento de apoio psicosocial, de saúde e de formação.
Do contrário remete à memória aquela política higienista…
Não existe política higienista… Isso é uma desculpa esfarrapada para manter a cidade do Rio de Janeiro maltrapilha e imunda como foi deixada nos últimos quatro anos.
Existem políticas que visam manter a cidade limpa e funcionando a contento, e com condições dignas de atrair turistas nacionais e estrangeiros, como qualquer cidade civilizada do mundo.
Você já viu algum camelô e moradores de rua na Torre Eiffel, na Estátua da Liberdade, na Torre de Pizza ou até mesmo na Praça Vermelha em Moscou ?
Esta cidade do Rio de Janeiro e este país precisam urgentemente sair da Idade da Pedra Lascada em termos de civilização e urbanidade.
Camelôs e moradores de rua precisam ser atendidos e requalificados, para serem inseridos na economia das cidades brasileiras.
Esta certíssimo! Temos que acabar com essa indústria da miséria. Os municípios precisam levar o urbanismo a serio.
Coerente e verdadeiro.
Colocou o dedo na ferida.
Só se começa a resolver um problema quando se reconhece o mesmo.
Eita!!! Acha menso que Paes e sua equipe estão pensando no bem do nosso combalido Rio? Alguém já parou pra pensar que isso é jogar pra debaixo do tapete? Ninguém faz um questionamento? Apenas um? Que tal: Será que não seria melhor investir em educação? Em moradias? Em empregabilidade?
Texto elitista.
São mais de uma dezena de milhões de desempregados e muitas tantas várias dezenas de milhões em subempregos informais, mas tem (racista?) que defende a eliminação dos indesejados como ação de limpeza e revitalização urbana…
Excelente texto e constatação, Quintino! O centro do Rio virou um lugar absurdamente perigoso, feio, fedorento, e dessa forma não tem a menor possibilidade de reabilitar a região. Sabemos que tem pessoas que precisam, mas há tbm aquelas que tiram proveito da situação, fazendo todo tipo de crimes e contravenções.
O poder público e a sociedade como um todo, tem que ajudar à tirar essas pessoas das ruas e não estimular sua perpetuação nessa situação desumana. Mas para isso, o poder público tem que agir de forma mais coerente, ajustada ao momento em que vivemos e firme, coisa que ainda não vemos.
Exato!!!Tem gente q entende tudo de uma forma torta!!!
Será que quem escreveu e quem apoia o post, acha que as pessoas que dormem na rua estão lá porque querem??? Ou quem se propõe a vender produtos na rua estão fazendo por hobby??? Até onde vai essa hipocrisia, de gente que nunca sentiu fome e sempre teve um teto pra se abrigar???
A grande maioria das pessoas q estão nas ruas tem família!!!Alguns saem de suas casas porque a família não admite conviver com um viciado,ou o viciado não quer ser controlado pela família!!Uma ínfima parcela(esses sim,dignos de pena)tem problemas mentais sérios!!!
O artigo está falando de décadas de abandono por parte da administração ,não está falando do momento q o mundo está passando agora….
O caso do editor-executivo que não lê o próprio veículo que dirige:
https://diariodorio.com/temgentecomfome-os-numeros-da-miseria-no-rio-de-janeiro/
Perfeito
Texto excelente!!!
Só um adendo….existem favelas com vista para o mar,cujos aluguéis, superam em muito ,aluguéis em bairros da zona norte ou na baixada,por exemplo….Então as vezes não é falta de opção de moradia não!!!É falta de vergonha na cara mesmo!!! Mata Atlântica arrasada, a cidade fica horrorosa…..essa administração e as anteriores ,nada fazem pra barrar essa corja de espertinhos,q dão uma de “coitadinhos,desvalidos”,as vezes explorando comercialmente as invasões!!!
Acredito que o problema vai muito além do básico. Na verdade temos que tentar “Desfavelizar” o Rio de Janeiro (e o Brasil), como? Oferecendo um “trabalho digno” na terra com todo apoio do estado e no caso do município do Rio de Janeiro (e outros) dar uma moradia decente como uma sede de fazenda com cozinha ampla, quartos e uma boa sala. No local um posto de saúde e uma escola técnica com estudos de como ser um “fazendeiro” e trabalhar com o solo. E a própria prefeitura comprar os produtos para abastecer as escolas municipais e e os estados também podem fazer o mesmo. Projeto tem, ideia também falta falta de vontade!
“Não pode morar na rua, mas apenas dormir nela”. Que que é isso? É indigno para o ser humano estar na rua, que não seja de passagem, e ponto final. O Capitalismo, e não as Cidades, é que precisa ser debatido, discutidas e superadas todas as suas mazelas, senão, superarmos o próprio Capitalismo. A Democracia tem como principal princípio pétreo a Liberdade, mas essa liberdade não é sinônimo de libertinagem, dos Indivíduos e suas Sociedades, portanto, Cidadãos e Empresas precisam estar sob a égide das Leis. O Rio de Janeiro é uma das sínteses do Brasil, para o Bem e para o Mal. O Rio de Janeiro, cidade sempre maravilhosa, sintetiza as belezas do nosso imenso Brasil. O Rio de Janeiro, cidade caótica, sintetiza as mazelas de um Sistema Econômico, explorador e perverso, de um modelo político corrupto e devastador e, sobretudo, de uma desorganização comunitária resultante da Sociedade desigual e concentradora de privilégios e riquezas que insistimos em ser. O Brasil persiste em não querer ser uma Nação, Justa e Próspera, e nem mesmo um País, democrático e desenvolvido, mas um território colonizado e aberto a todas as ignomínias. O Rio de Janeiro, insisto, é nosso farol e nossa latrina, nossa sala-de-visitas e nosso esgoto à céu aberto. Querer vê-lo por apenas um ângulo é seguir desprezando e/ou jogando para debaixo dos tapetes a nossa realidade, que aliás não é só nossa, mas de todo nosso desafortunado Brasil, que escraviza a maioria do seu povo para satisfazer o apetite voraz de sua atrasada e sórdida elite. Banhos e Maquiagens urbanas não revivem, ou salvam pessoas e cidades, apenas disfarçam e perfumam suas agonias…
Verdade
A discussão aqui deveria ser muito mais profunda do que essa:
Porquê temos tantos moradores da rua na cidade?
De onde vêm tantas pessoas?
Cadê as oportunidades? A empregabilidade?
Cadê as instituições?
Muita gente mora na rua pq nao tem opção. o projeto de lei do vereador do PSOL de permitir que moradores de rua levem seus animais para o abrigo é um bom começo.
E como estão esses abrigos? Precarios? Moradores de rua são constantemente roubados la dentro? Agredidos? Até violentados?
São pessoas. E elas precisam ir pra algum lugar. Que se cuide desses lugares também e não só as retirem das ruas esquecendo para onde foram como se fossem menos humanas que as outras.
Se trata apenas disso.
Concordo demais!!!
Exato!
O censo teria um papel fundamental nessas questões que você apontou. A solução tem que conversar com a realidade, senão é jogar poeira pra baixo do tapete, como já apontaram.
Perfeita abordagem. O Quinto não consegue conter a euforia, pois essa ação da prefeitura irá resultar em grandes ganhos nos seus empreendimentos imobiliários do centro, ele só tem a ganhar. Entendo perfeitamente a posição dele, porém ele se esquece de todo o outro lado da história, dando um show de desinformação e falta de empatia com os necessitados. Essa pseudo-preocupação com quem mora na rua a gente sabe qual o nome. O caso deveria ser abordado de forma mais profunda e humana. Sabemos que a longo prazo de nada vai adiantar reviver o centro se não revivermos a capacidade do cidadão carioca “sobreviver” de forma mais digna com emprego e uma economia favorável, o começo deveria ser por aí. Na real isso parece um textão de Facebook de um reacionário… Opa! Esse é mesmo perfil do Quintino.