Nesta segunda-feira (13/02), o Procon Estadual instaurou ato sancionatório contra os organizadores do Rep Festival, festival de música que aconteceria inicialmente na região da Barra da Tijuca e foi transferido, 10 dias antes de seu início, para Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. O fornecedor terá 15 dias para apresentar defesa e poderá ser multado em mais de R$12 milhões, após análise do faturamento da empresa já solicitado pelo Procon-RJ.
As denúncias e reclamações recebidas pelo Procon-RJ, comprovadas através de fotos e vídeos feitos pelos consumidores, relatam que o local do evento encontrava-se insalubre, coberto de lama, dificultando a locomoção e acessibilidade, havendo, inclusive, o registro do aparecimento de cobras no espaço destinado ao público. As grandes filas para embarque nos ônibus que conduziriam ao evento, bem como atraso de mais de três horas para o início dos shows, também foram objeto de reclamações.
O segundo dia de evento foi cancelado, após as reclamações do primeiro dia. A produção do festival alegou que a forte chuva que caiu na cidade na noite deste sábado (11/02) “causou danos a estrutura do local”
“Já havíamos realizado, antes do evento, notificação para esclarecimentos quanto à alteração do local de realização, que ainda não foi respondida. E agora, com os últimos acontecimentos, se tornou imprescindível a instauração de ato sancionatório, tendo em vista que, apesar das fortes chuvas que aconteceram no Estado e que estavam previstas, um evento, que se anuncia como o maior festival de Rap do Brasil, com expectativa para abrigar mais de 60 mil pessoas, deveria estar estruturado, assegurando ao consumidor a proteção à vida, saúde e segurança, garantindo aquilo que foi ofertado, o que não aconteceu“, aponta Cássio Coelho, presidente do Procon-RJ.
Entre os motivos que levaram a abertura do processo sancionatório contra os organizadores do evento estão o desrespeito a direitos básicos,a prestação de serviço que acarretou riscos à saúde e segurança dos consumidores, protegidos pela constituição e pelo código de defesa do consumidor, além do não cumprimento da oferta.
Porque não usaram a estrutura deixada pelas olimpíadas?já que seria um dos melhores legados deixados por ela?
Era para dar certo? No mesmo terreno onde foi pago uns dos maiores micos da cidade, a mudança da missa campal da JMJ de 2013 levada as pressas para Copacabana por causa de um temporal…Isso mostra que nem sempre tentar emplacar potencial imobiliário de um local dá certo. Na época se dizia que essa gleba pertencia a empresários do setor de ônibus da cidade que com a missa valorizariam exponencialmente o local, com o cancelamento muita gente ficou com prejuízo comercial. Agora prejuízo de milhões na produção e com os espectadores. E onde a prefeitura entrou nisso…houve liberação senão não tinha tido show…Cadê o ministério do vai dar m….(saudoso Millor!)
Jorge, você tem boa memória. Foi dali mesmo que a JMJ desistiu pra Copacabana após o temporal! No tempo da JMJ tinha gente até preparando banheiros pagos ao redor. Com a alteração do local, todo mundo perdeu a grana investida. Exatamente, houve liberação pra este show: cadê a responsabilização da esfera pública?