Mandando a real, para carioca P* é vírgula. Um estudo da Preply confirma que o Rio de Janeiro é campeão quando se trata do uso de palavras de baixo calão, bem, diz que estamos empatados com Fortaleza e Brasília, balela. Em uma cidade que até o prefeito chama de M* um cidadão e isso é levado na boa, não tem como perder para qualquer outra cidade do mundo, né?
Um amigo comentou que foi levar o “filho na van 8h em ponto, a van estava parada aqui em frente, quando eu estou chegando perto com ele passa um cara de bicicleta gritando na direção da van, “FALA, FDP, Ô ARROMBADO”. Eu achei que ia começar uma briga, mas o motorista riu, “não é com a gente não, ele está cumprimentando um amigo“. São coisas que só podem acontecer no Rio, imagino que em Fortaleza já começaria uma briga, em Brasília ia parar no STF.
Na verdade, quando o carioca quer xingar mesmo, ele precisa reforçar. O carioca é educado, quase um cavalheiro, antes precisa falar um “com todo respeito”, como mostra o TikTok abaixo:
@fernandovpa Procede? #palavrao #riodejaneiro #comtodorespeito ? som original – nandin
A Pesquisa
A Preply foi a mesma que fez a pesquisa que mostrou que o Rio é 2ª cidade mais rude do Brasil, entrevistou mais de 1.600 residentes de 15 municípios, que puderam compartilhar em que situações falam mais palavrões, com quem costumam ser mais “desbocados” e quando evitam dizer tais xingamentos. Em seguida, os respondentes tiveram suas respostas compiladas e analisadas, de modo a se calcular o número médio diário de vezes em que as pessoas xingam em cada cidade.
Principais conclusões
- No geral, um brasileiro diz de 6 a 7 palavrões diariamente;
- Fortaleza, Brasília e Rio de Janeiro são as cidades que mais falam palavrão, com uma média de 8 palavrões por dia;
- São Luís é a cidade menos “boca-suja” entre as envolvidas na pesquisa;
- Os homens brasileiros xingam com mais frequência (8 vezes por dia) do que as mulheres (5 vezes por dia);
- Os brasileiros são mais propensos aos palavrões dentro de casa (47,83%) do que em outras situações
- 56,99% da população se incomoda com a linguagem vulgar de outras pessoas
Embora o sudeste concentre o maior número de “bocas-sujas”, de forma geral, o estudo revelou que cada região do país possui seus bons e maus representantes. Isso porque, segundo os próprios residentes, são três as cidades que se superam quando o assunto é falar palavrões: Fortaleza, Rio de Janeiro e Brasília, todas com uma média de 8 xingamentos diários feitos por alguém. O segundo lugar fica a cargo de São Paulo e Belo Horizonte, com 7 palavrões por dia, enquanto Manaus (6) ocupa o terceiro lugar.
Já a maior porcentagem de habitantes incomodados com palavras grosseiras ou ofensivas aparece em São Luís, no Maranhão, cidade cuja média é a mais baixa de toda a pesquisa: apenas 1 palavrão dito por dia.
Vale pontuar que, se comparado a outros países, o Brasil está longe de ser o mais desbocado do mundo. Muito pelo contrário, aliás: segundo o estudo, também realizado na Inglaterra e Estados Unidos, somos quem mais dá bons exemplos em comparação com ambos, em que a taxa média de palavrões por dia é cerca de 10 e 21, respectivamente. Por aqui, a média nacional de xingamentos é de apenas 6,61 — três vezes menor, portanto, que o registrado pelos estadunidenses.
A quantidade de palavrões diários também costuma variar dentro de grupos específicos. Na comparação entre homens e mulheres, eles (8,48 vezes por dia) tendem a xingar mais do que elas (5,35 vezes por dia). O mesmo acontece entre os mais jovens e os mais velhos: como imaginado, brasileiros entre 16 e 24 anos (8,9 vezes) falam quase o dobro de palavreados por dia do que aqueles acima de 55 anos (4,74 vezes).
Onde e quando surgem os palavrões
Para entender em que locais e circunstâncias os brasileiros mais falam palavrão, os entrevistados foram questionados sobre que tipo de situação tende a despertar os xingamentos. Embora as discussões de trânsito sejam típicas no Brasil, curiosamente, apenas 16,65% dos brasileiros revelaram xingar enquanto dirigem. O comportamento é mais provável de acontecer em Campinas, onde 33,33% disseram recorrer a ofensas do tipo ao dirigir.
Na verdade, a liberdade parece mesmo morar dentro de casa, considerando que quase 50% dos respondentes selecionaram o local como aquele onde costumam praguejar como quiserem. Em São Luís, o município nacional menos “boca-suja” entre os considerados, 60% dos habitantes xingam mais quando estão no próprio lar.
Em contrapartida, o baixo número de brasileiros (9,53%) que revelaram dizer palavrões durante o trabalho reflete uma máxima do mundo corporativo: não é de bom tom usar linguagem obscena em contextos profissionais. Nem mesmo em Porto Alegre, cujos residentes são os mais propensos a isso (19,05%), a porcentagem chega a ser considerável.
Os adeptos aos palavrões sabem que nem sempre eles são usados para ofender outras pessoas. Muitas vezes, aliás, os xingamentos aparecem quando ninguém está por perto, em momentos de excesso de raiva e autodepreciação — exatamente como sugerem as respostas do levantamento.
Para se ter uma ideia, de acordo com a maior parte dos entrevistados, os palavrões são geralmente ditos a si mesmos (26,85%) ou a ninguém em particular (20,60%). Só em seguida aparecem outros envolvidos, como os amigos (17,42%), parceiros amorosos (12,99%), colegas de trabalho (7,70%), irmãos (6,54%) e até mesmo os próprios pais (0,96%).
Palavrão com hora e lugar: quando evitamos soltar palavrões
Pelo visto, ao que indicam as respostas, existe mesmo hora e lugar para dizer palavrão. Afinal, quando perguntados sobre o que os inibe de recorrer à linguagem chula, quase 80% da população revelou se abster de usá-la na frente de crianças (78,10%), do próprio chefe (76,88%) ou à mesa de jantar (76,57%).
Uma grande parcela dos respondentes ainda assinalou evitar palavreados do tipo perto de pessoas idosas (70,10%), enquanto um número menor disse dispensá-los mesmo quando estão com estranhos (60,89%).
Há quem se incomode com o palavrão no Brasil?
Segundo as descobertas, a batalha entre os que se constrangem e aqueles que não se importam está bastante dividida no Brasil, pois o número geral de incomodados beira os 60%. O mesmo se aplica à comparação entre homens e mulheres: há pouca diferença de opinião entre os gêneros, mesmo com elas (60,41%) se mostrando um pouco menos tolerantes do que eles (51,90%).
Talvez a maior diferença em relação ao incômodo com os palavrões apareça quando colocadas lado a lado diferentes idades. Se, entre jovens de 16 a 24 anos, apenas 47,49% disseram não tolerar tal tipo de linguagem, 61,11% das pessoas com mais de 55 anos se mostraram intolerantes aos xingamentos.
Por fim, para aqueles que não dispensam um bom palavrão, a dica é fugir de São Luís, Natal e Salvador, os municípios com o maior número de pessoas que demonstram incômodo com os palavreados. Manaus, Recife e Rio de Janeiro podem ser os destinos ideais nesse caso, tendo em vista os residentes mais abertos da pesquisa aos famosos “desbocados”.
Metodologia
Entre 2 a 7 de novembro de 2022, foram entrevistados, via Censuswide, 1.639 brasileiros residentes em 15 cidades do país (necessária residência de pelo menos 12 meses no município). Para determinar as localidades que mais xingam, os entrevistados compartilharam o número de vezes que xingam por dia, número posteriormente utilizado para calcular e classificar a média em cada município.
O tio tá muito tolerante,
Aqui em Recife, desde sempre, se xingar pode morrer logo em seguida… Então tem que saber que essas coisas acontecem aqui… Ou morre cedo…. Vi muitos morrerem assim por serem engraçadinhos ou brabos …
N???OOOO….
Sério que é o RJ a cidade que mais xinga ????
Não acredito…..
EU PENSEI QUE FOSSE APARECIDA DO NORTE a cidade que mais xinga….
??????????????
Porra mas que matéria do caralho hein! Ta de parabéns!
Quando vcs não ficam querendo falar mal do Freixo e de camelôs até que vcs acertam e trazem uns conteúdos interessantes. Pesquisa foda essa!
Só uma dica, na classificação ordinal, quando há empate entre dois na primeira colocação, o segundo lugar fica vago, quando há empate entre três, o terceiro lugar fica vago também, e assim por diante. Tanto é que nas Olimpíadas quando há empate entre dois pela medalha de ouro, a medalha de prata fica vaga, o bronze não vira prata, e o quarto lugar não vira bronze.
A que mais fala palavrão e a que menos fala o português correto…hahahah
Rio de Janeiro é bom quando vc está bem distante dele! Oh, lugarzinho…